Os promotores de Angola perderam de vez a paciência Igreja Universal. Nada menos que sete edifícios da IURD foram apreendidos na mão grande e botaram todos os pastores, bispos e mandantes pra fora, expulsando todo mundo dali. Motivos? Pouca coisa: fraude fiscal e outros crimes dando um balé nos impostos; mas não é só isso. A sede angolana já não se entendia direito com a matriz brasileira.

A briga começou em novembro de 2019, quando um grupo de pastores angolanos se manifestou contra a forma como a IURD geria a sua sucursal angolana. Naquela época, os pastores angolanos assinaram um manifesto acusando os brasileiros de corrupção, racismo e por não está devidamente conectada com a cultura africana. Isso associado a denúncias de uma política de vasectomia forçada.

Sim, nada de gerar filhinhos. Jesus Universal do Reino do Edir não queria. Amém, Jesus!

Em junho de 2020, a pastorada angolana mandou a matriz da IURD aqui no Brasil catar coquinho, formando a Igreja Universal de Angola, assumindo o controle de 42% dos templos do país. Eu não consigo imaginar o motivo

As acusações começaram em novembro de 2018, em que foram denunciados vários crimes cometidos por cerca de 200 bispos e pastores brasileiros em Angola contra angolanos e o governo angolano, sob acusação de evasão de divisas, lavagem de dinheiro e venda de mais de metade dos bens da IURD Angola “sem consulta prévia” aos angolanos. O Ministério Público de Angola, capitaneada pelo procurador-geral Álvaro da Silva João, achou que era mais que o suficiente e ordenou o fechamento de locais de culto, acusando de corrupção generalizada e racismo, já que os pastores de lá receberam ordens da matriz aqui do Brasil que todos deveriam passar por vasectomia. Isso ajudou a instaurar um processo por racismo.

Obviamente, os funcionários da IURD descreveram as acusações como “difamatórias”, já que ela é boazinha, promove a “teologia da prosperidade”, blábláblá. Álvaro João não deu a menor pitomba pra isso e anunciou a apreensão de sete templos. Não gostaram, vão reclamar com o Papa… ops!

Fonte: BBC