Diabetes é uma doença séria. Mais de um quinto da população brasileira acima dos 65 anos sofre desse mal. Os índices sobem a cada ano, ou seja, mais e mais pessoas têm a doença. Não é só um probleminha de açúcar no café da dona Creozonilda. Várias pessoas se tratam com Homeopatia, florais e até benzedeiras. Qualquer relação com o aumento absurdo dos casos e de morte não é mera coincidência.
Enquanto isso, ciência de verdade pesquisa, se não a cura, um modo de minimizar os males, como um grupo de pesquisadores canadenses que estão pesquisando um remédio promissor, que nada mais é do que uma proteína capaz de matar bactérias.
Claro, se você estivesse lendo esta notícia no G1, o jornaleiro daria a entender que diabetes são causadas por bactérias. Então, aproveite, porque aqui não tem jornaleiro, e quem está liderando a pesquisa não é a escória que acha que Homeopatia é mais que um engodo.
O dr. Fraser Scott, apesar de ter nome de arqueólogo aventureiro, é pesquisador e diretor de Inciativas Científicas da Universidade do Sul da Califórnia. Ele e seu grupo pesquisam porque certas proteínas que passam o cerol em bactérias estão presentes em lugares em que normalmente não tem bactérias, como o pâncreas, por exemplo. O pessoal dos jalecos amarrotados, machados de reagentes e que você odeia, pois eles não estão de roupa passada, vincada, sapato engraxado e gravata retinha, mas que silenciosamente são os guardiões que protegem a sua saúde, descobriu algo interessante.
Se você frequentou colégio, sabe que o pâncreas secreta um hormônio chamado “insulina”. A insulina controla as taxas de açúcar no sangue, e diabetes e quando a produção de insulina fica doida ou cessa, mesmo. E é justamente no pâncreas que foi encontrada quantidades expressivas de catelicidina. Ela é uma proteína produzida por neutrófilos e células epiteliais, mediada por citoquinas inflamatórias etc. etc. etc. Isso não é importante. O importante é que a catelicidina age como um antibacteriano natural, mas essa ação pouco (ou nada) tem a ver com o controle da diabetes.
No caso, o que esta proteína faz é ajudar a regenerar pâncreas, ajudando a produzir insulina. Esta pesquisa foi publicada no periódico Diabetes, da Associação Americana de Diabetes, e promete novas possibilidades para futuros tratamentos para esta bosta de doença.
Fico tão contente com ciência de verdade sendo produzida, testes clínicos sendo feitos e tudo devidamente publicado em periódicos com revisão de pares. Um dia pseudocientistas aprenderão o significado disso.
Né, não, ô Gilberto?
