Obviamente, esta notícia é patrocinada pela indústria da morte, onde criaturinhas éticas são dilapidadas em prol da sanha onívora que quer aniquilar os pobres coelhinhos (se fosse como vós, tirava a mão do bolso…). Estudos recentes demonstram que uma dieta com baixa concentração de vitamina B12 acarreta em problemas cognitivos, devido à diminuição do volume ocupado pelo cérebro. Obviamente, os éticos vegans dirão que isso é mentira, e não passa de um ardil dos onívoros de forma que você coma defunto (ou alguma metáfora retardada criada pelos seus cérebros atrofiados).

A pesquisa conduzida por cientistas do Rush University Medical Center se baseou em 121 idosos que moram em Chicago, no estado norte-americano de Illinois. Tal pesquisa faz parte do projeto Saúde e Envelhecimento de Chicago, cuja meta é atender a 100 mil pessoas com mais de 65 anos. Assim, as 121 pessoas supracitadas se submeteram a exames de sangue para medir a concentração de vitaminas do complexo B, em especial a vitamina B12. Em seguida, as cobaias, digo, os queridos anciãos fizeram testes para analisar a memória e outras habilidades cognitivas.

Estes ensaios iniciais já têm mais de 4 anos. Agora, os voluntários se submeteram a exames de emarái, digo, de ressonância nuclear magnética, de modo que os pesquisadores pudessem examinar a estrutura do cérebro dos pacientes, e põe paciente nisso por ficar participando de pesquisas que duram mais de de 5 anos. Normalmente, ninguém tem saco pra isso, mas levando em conta que estavam examinando o cérebro e não partes anatômicas abaixo da cintura, creio que não fez muita diferença afinal.

A drª Christine Tangney é professora associada do Departamento de Nutrição Clínica da Rush, além de ter um penteado medonho, capaz de espantar qualquer zumbi nas proximidades. Ela é a principal autora do trabalho e concluiu que uma menor concentração de vitamina B12 acarreta em uma diminuição do volume encefálico, acarretando problemas cognitivos, hipersensibilidade da matéria branca e aumento da incidência de infartos cerebrais (sim, isso existe. Pergunte à UNICAMP). A pesquisa da doutora que carrega um poodle morto na cabeça foi publicada no periódico Neurology.

Como todo bom brasileiro, é bem capaz de você estar pensando: "Rá! Basta eu encher a cara da minha avó de suplemento alimentar e resolvo a parada".

É uma boa ideia. Principalmente se sua intenção for matar a véia. De acordo com a própria drª Tangney (Jesus, que diabo de cabelo é aquele?), não basta encher as pessoas de suplementos alimentares já na 3ª Idade (ou Melhor Idade ou seja lá como o politicamente correto instrui a chamar as pessoas idosas). É um tanto cedo afirmar que administrar suplementos alimentares fará o quadro retroceder.

O problema, entretanto, é que é difícil determinar o quadro de deficiência de vitamina B12 em pessoas idosas, ainda mais se for observado apenas por exames de sangue. Exames de sangue são importantíssimos, mas não dizem tudo do histórico do paciente. Para isso, o que a equipe buscou não foi bem a vitamina B12 e sim "marcadores", que servem como "pegadas" que indicam a quantidade relativa de mg de vit. B12 que o organismo efetivamente tem e metaboliza. Bioquímica é um saco neste sentido.

A questão é, portanto, ver o histórico nutricional do paciente e acompanhar os detalhes de sua dieta ao longo da vida. Depois, não adianta chorar o leite de soja derramado.