A presença da ciência em nossos dias é o que se chama de truísmo – uma verdade tão clara que enunciá-la se torna uma redundância das mais desnecessárias. Ninguém negaria que vivemos em um mundo em que os frutos da ciência cada vez mais se tornam presentes em nossa vida cotidiana. E esses frutos não se limitam a essa gama de ferramentas da vida prática e material que o desenvolvimento da tecnologia possibilitou. Mais do que isso, adentram o mundo do pensamento e das visões de mundo.
Eis aí outro truísmo: o crescimento da ciência é responsável pelo aumento da adesão aos pareceres científicos na própria sociedade não-especializada – isto é, ao menos no setor cientificamente alfabetizado da população. Tal fato é assim tão evidente pois é claramente visualizado hoje e mesmo à luz da história (nas épocas “não-científicas”, não houve difusão do “pensamento científico” na sociedade [Ex.: Idade Média]; nas épocas “científicas”, deu-se o contrário [Ex.: Séculos XVII/ XVIII]; e hoje, por excelência uma época de alto desenvolvimento da ciência, há, comparativamente, um número elevado de pessoas que confiam nas capacidades da ciência).
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