Um rapper idiota (desculpe o pleonasmo, Cardoso) deu uma de esperto e “divulgou” aq existência da Terra Chata. Um bando de gente que não pára para pensar replicou isso de forma indignada, sem perceber que o que o sujeito queria conseguiu: estar na mídia. Um monte de idiotas resolveu replicar isso, enquanto que divulgadores de ciência se esforçam para levar um pouco de conhecimento, tendo suas postagens soterradas por uma avalanche de sandices.
Isso prova que divulgar ciência é complicado, pois as pessoas não querem compartilhar conhecimento, e sim maluquice.
Eu tenho certeza que as pessoas não gostarão muito de saber a minha opinião, mas desde quando eu me preocupei com isso? Bem, vamos para mais um vídeo.
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O oxigênio bem mostra como a Química está pouco se importando com o resto. Primordial para uma guinada evolutiva, o oxigênio, este sacaninha, foi o responsável pela primeira grande extinção, quando organismos fotossintetizantes começaram a produzi-lo em larga escala. Só que a Seleção Natural dá, a Seleção Natural tira. O oxigênio é um gás extremamente oxidante (d’Oh!) e, por causa disso, ataca tecidos, degrada proteínas e manda seres vivos pra vala, na paz do Nosso Senhor Design Inteligente. Tempo passou e a Seleção Natural selecionou naturalmente aqueles que tinham condições de viver em uma atmosfera rica de oxigênio.
As pessoas ainda se apegam a muitos conceitos de antigos gregos. O lado escuro da Lua, por exemplo. Como se a Lua só fosse iluminada apenas de um lado. A verdade é que sua velocidade de rotação é equivalente ao período orbital em relação à Terra. Ela tem os dois lados iluminados, mas nós sempre vemos o outro lado.
Já caiu a noite do dia 25 de dezembro. Fiquei com vontade de dar um pequeno presentinho de Natal, antes que ele acabe, se bem que eu nunca acho que acaba. Presentear e ser presenteado é algo muito legal, então eu posso fazê-lo a qualquer momento; então, escolhi o vídeo abaixo, um timelapse mostrando as luzes, naturais e artificiais, de nosso planeta.
Os martelos de Hefestos ressoam. O ribombar de suas forjas enchem de medo a paisagem circundante. O fumo sobe do topo da montanha, cujas nuvens de cinzas e gás se iluminam pelas entranhas da Terra. Um grito de vitória vem das profundezas. Mais uma armadura está pronta, com a qualidade de que só o deus das armas seria capaz de fazer. Hefestos, filho de Zeus e Hera, caído em desgraça por ser feio, tornou-se o deus dos ferreiros, artesãos, escultores, metais e da própria metalurgia. O deus da tecnologia, capaz de mil proezas com suas poderosas ferramentas. E no âmago da Terra, Hefestos trabalha em um calor inclemente, com um poder tão grande e antigo quanto o próprio mundo. Hefestos, deus dos Vulcões.
Estou aqui, sozinho. Tenho um primo distante, mas não está aqui do meu lado. Estou aqui em cima, vendo o lugar de onde vim, vendo a minha terra natal, imaginando o lugar onde nasci, onde conheci meus amigos. Eu olho pra cima e ao longe sem piscar. Seu eu tivesse lágrimas, choraria de saudade. É tão solitário aqui.
Caí de para-quedas numa pergunta que sequer foi dirigida a mim: "Qual seria o tamanho mínimo de um biodome para simular as condições de nosso mundo?" É uma pergunta interessante, mas complicada. A rigor, é muito difícil reproduzir nossa biosfera, que é a parte onde larga maioria dos seres vivos… bem, onde eles vivem e se mantém vivos.
Estamos acostumados com várias ideias, normalmente difundidas no Ensino Fundamental, com as “tias” do CA à 4ª série (ou 1º ao 5º ano; dá no mesmo). Cabral estudou na Escola Náutica de Sagres e descobriu o Brasil, Colombo foi quem descobriu a América e “homenageou” Américo Vespúcio, Gagarin disse que a Terra é azul, plantas respiram pelas folhas, o Universo é infinito, Deodoro da Fonseca proclamou a República, orcas são baleias, Mercúrio é o planeta mais quente e a Terra é redonda. Nada disso é verdade, mas o que talvez cause maior estranheza é o fato da Terra não ser redondinha como uma bola de futebol, já que todas as representações a mostram como esférica. Tentando fugir disso, muitas referências mencionam que ela é “geoide”, ou seja, não é esférica e sim um elipsoide ou, melhor ainda, “oval”.