
Nietzsche alertou para não combater os monstros temendo se tornar um deles, e que se você olhar para dentro de um abismo, o abismo olhará para dentro de você. Um perfeito exemplo disso é a escolha de quem pode e quem não pode se candidatar a vagas em universidades públicas pelo critério de cotas com análise se você tem a cor certa, as feições certas, o cabelo certo, só faltando pedir um exame de DNA. Aliás, se pedissem um exame de DNA não passariam (tanta) vergonha. E a vergonha é generalizada, como o caso da USP que negou vaga para um rapaz pardo, porque, segundo o tribunal racial, ele não é pardo e nem escocês; acho que acertaram a metade.
Avaliando suas informações antropométricas para saber se você pode comentar aqui, esta é a sua SEXTA INSANA! Continuar lendo “USP seguindo antiga tradição paulistana de avaliar quem tem e quem não tem direitos”



Anteontem eu postei sobre o quebra-quebra geral, em que um bando de idiotas – que os russos chamariam de nekulturnyi – resolveram destruir monumentos históricos para apagar o passado. O tipo de coisa que o pior dos racistas daria graças a Deus, de forma que ninguém se lembraria mais das merdas que ele fez. Eu até sugeri alguns monumentos, por sinal. Hoje, chega a notícia que a HBO Max removeu do seu catálogo o filme “E o Vento Levou…”, por motivos que ele tem negros escravos e isso é errado, pois parece que negros são estereotipados como escravos num filme que se passa na Guerra de Secessão.
Uma das coisas que mais ocupam o tempo dos professores durante as aulas é parar para dar esporro por causa da zueira tocada pelos alunos. Isso é extremamente irritante e estressante, quando o tempo deveria ser para ensinar. No mundo real, apenas ¼ desse tempo é para efetivamente ensinar, salvo se você anda drogando seus alunos, usando de hipnotismo ou coloca uma Magnum .44 sobre a mesa e diz “Do you fell Lucky, punk? Do ya?”
Em tempos de problematização, uma das formas que pessoal lacrador implica é quando alguém diz que outra etnia é composta por indivíduos todos iguais. Eu tive um colega de trabalho japa (na verdade, era descendente, mas é japa. Que se dane se você não gostou) nos sacaneava dizendo, com sotaque, que “ocidental é tudo igual, né?” (o miserável nunca tinha ido ao Japão). Hoje isso é mal-visto, tido como racismo. Bem, até poderíamos aceitar como racismo, mas isso porque somos programados para identificar gente como nós. “Pessoas como nós” é garantia que não seremos atacados pela tribo vizinha, o que faz sentido num mundo com alguns milhares de seres humanos totalmente espalhados, mas é o tipo de informação gravada em nosso cérebro.
Qual é a raiz do preconceito? Como ele ocorre? Quais são os seus efeitos. Martin Luther King foi um importante ativista pelos direitos civis dos negros. Seu assassínio chocou muitas pessoas e uma professora chamada Jane Elliot resolve fazer um experimento com seus alunos, separando-os em grupos com olhos castanhos e com olhos azuis, em que o segundo era tratado muito melhor que o primeiro.
O mundo dos floquinhos de neve, tidos assim por serem sensíveis e qualquer coisinha os ofende, é ridículo de tão patéticos que eles são. Qualquer coisa os deixa triguerizados (você leu este neologismo primeiro aqui), abalados, doidos para se encher de prozac, quando deveriam tomar um tapão na fuça para deixarem de ser idiotas.
Cotas é o tipo de coisa que eu sempre achei idiota. Não porque eu ache que pobre não pode ter acesso ao Ensino Superior. Sou um democrata, e acho que todos têm que ter chance; por isso, eu prefiro o vestibular, que é igualitário: uma prova para todo mundo. Sendo assim, era preciso um ensino que prestasse. Mas, ok, implantaram as cotas. Terão tempo de melhorar o ensino, certo? Errado! Tiveram, mas não melhoraram. Toma mais cota aí! (Entenderam por que eu sou contra?)
To Kill a Mockingbird (no Brasil, O Sol É Para Todos) é uma obra-prima de Harper Lee, lançado em 1960 e ganhador do prêmio Pulitzer. O livro gira e torno de temas complexos como racismo, estupro e preconceito. Tom Robinson, um homem negro, é acusado de estuprar uma jovem mulher branca. A ele cabe o advogado Atticus, um homem branco. O negócio não prestou, sendo Atticus e sua família acusados de serem “amantes de negros” (nigger-lovers). É um livro emblemático, apesar de ter poucos ensaios e teses literárias sobre ele.