Num dos episódios da série The Knick, o dr. John Thackery recebe a visita de um propagandista de indústria farmacêutica convidando-o para ser garoto propaganda de um novo remédio. Nessa época (início do século XX), era comum médicos emprestarem seu nome e retrato (desenhado, claro) para remédios e “remédios”, como endosso. A fórmula antiga de colocar um cara de jaleco branco na sua frente para você tomar um ad verecundiam (apelo à autoridade) pela fuça e você acreditar que aquilo realmente tem alguma eficácia. Se o doutor emprestava a sua cara, é porque era bom, né? Bem, o dr. Thackery disse que não aceitava aquilo, pois aquela bosta não curava ninguém.
Já com a fosfoetanolamina houve algo parecido, mas um tanto diferente. Não que aquela bosta cure alguém, mas é que seus idealizadores não têm o menor pudor de aparecer em público atestando a veracidade de eficácia de uma porcaria feita em laboratório mais imundo que cozinha de traficante. Enquanto essa merda não tem seus poderes curativos comprovados (rê! rê! rê!), pessoal vociferava que tinha que ter isso ao alcance do público. Eu sempre falei que tinha e era sob a forma de suplementos alimentares, mas não no Brasil. Bem, seus problemas acabaram! Já temos fosfoetanolengôdo disponível no Brasil. Aê!
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E quando Thor, filho de Odin e Deus do Trovão, encontrou sua adversária, o céu tremeu. Ela era Iansã, Senhora da Tempestade. Ventos começaram a soprar, com o rosto sacana e Eolos mostrando que ele estava ali para zuar com a bagaça. Raios cruzaram o céu, obra de Lord Raiden. Os mares revoltos de Ulmo, Senhor das Águas, lavaram a costa. O mundo ia encontrar o seu fim. Então, chega ele, grande, poderoso, de salto alto, lantejoulas e longos cílios postiços. Ele ajeita a peruca roxa, contrastando com o batom verde limão cheio de glitter, e mete as mãos nas cadeiras. E assim, o Cacique Cobra Coral, Senhor do Tempo, manda parar ou ia dar uma navalhada na cara de todo mundo.
Fanfics são essas historinhas retardadas de crianças de 5 anos que dão lição de moral em adultos, têm conceitos sobre preconceitos contra qualquer minoria e maioria, são eleitores da Dilma e/ou Aécio, denunciam golpes de Estado que seguem as leis constitucionais, são filósofas, pensadores e antenadas com ideologias de gêneros, brincam de casinha, fazem discursos e são um exemplo para sociedade, juntamente com histórias sobre Albert Einstein entre outras figuras famosas.
O Brasil tem o hábito de gourmetizar qualquer coisa. Enquanto “lá fora” fast food é comida de gente sem grana, aqui fazem festa de aniversário no McDonald’s. O Starbucks é aquela rede de fast café em que o café não é rápido, não tem gosto de café e só serve para atrair hipsters. Este ano, eles acabaram, inadvertidamente, comprando briga com as Ovelhinhas do Senhor, que só porque os copos desse ano não vêm com motivos natalinos, estão acusando o Starbucks de terem feito copos anticristãos, porque imagino que Satanás em pessoa fabricou cada copo.
O Brasil ainda está na Idade Média. Enquanto nós esquecemos cientistas e contratamos índios mágicos para controlar o tempo (sem sucesso), temos pseudociência rolando a torto e a direito, temos também uma população burra, estúpida, iletrada, inculta, imbecil, ignorante e totalmente alienada, que acha que com uns “passes” pode mudar as coisas como um passe de mágica. Médicos estudam anos a fio para saberem menos que uma tiazinha desdentada e analfabeta, que recomenda umas reza aí, mizifio.
Ok, confesso que o título da matéria não faz jus ao Meia Hora, mas estou me esforçando, ainda mais que estou de férias. Na verdade, nem era para postar algo hoje, mas depois que o
O mundo anda chato. E isso é devido a pais retardados que dão ouvidos a pedagogas alucinadas. Nada pode. Chamar atenção da criança magoa, falar bravo magoa, colocar de castigo magoa, até a mágoa magoa. Os educadores-que-nunca –lecionaram não entendem que o objetivo é magoar, mesmo; de forma que a criança tenha um vislumbre que fez caca, ou uma punição deixa de ter sentido.
A cara-de-pau de certa gente me assombra. E muito pior é a tendência brasileira retardada de bater palma pra maluco dançar, com a velha desculpinha dos ignorantes "vai que é verdade?". NÃO! Não é verdade, nenhuma porcaria de avião vai cair na porcaria da Avenida Paulista, ainda mais num lugar onde já NÃO PASSA merda de avião nenhum! Mas o brasileiro é um povo tosco. O povinho ridículo que adora´comprar jornal para ler horóscopo, os gols do campeonato e a gostosa do dia.
Quando eu era garoto, havia uma piadinha comum aqui no Rio que dizia que fim-de-semana de paulistano era ir pro aeroporto para jogar milho pros aviões, ou então pro litoral para beber água do mar e saber se ela é realmente salgada. Hoje, com a globalização e a queda de fronteiras, podemos saber dessas coisas pelo Google, mesmo.