
Você já deve ter ouvido aquela história de que, na Evolução, sempre há um preço a pagar. Tipo: ganhamos polegares opositores, mas perdemos a habilidade de viver pelados em temperaturas abaixo de 10 °C. Agora, um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, em Davis, descobriu um novo “custo evolutivo” pra nossa conta: uma mutação genética que pode ter ajudado nosso cérebro a crescer, mas que, de brinde, deixou o câncer mais esperto que nosso sistema imune.
A vilã da vez? Uma proteína com nome de chef medieval: Fas Ligand, ou simplesmente FasL. Continuar lendo “A mutação que nos deu cérebros maiores e também um câncer mais esperto”




A todo momento, imprensa corre para noticiar novas maravilhas dos “medicamentos à base de maconha”, que não necessariamente é da Canabis sativa, e sim outras espécies, daquelas sem altas concentrações de tetrahidrocanabinol, também conhecido como THC (a molécula que deixa doidão), de preferência focando em substâncias específicas, como as do grupo canabdiol. Não, fumar o jererê não lhe fará mais saudável, e agora vem aquela pesquisa que vão esbravejar dizendo que é financiada pela Big Pharma (a Big Pharma que pesquisa os canabdióis, tão amados pelo pessoal que odeia a Big Pharma).
Câncer é uma droga. Não só porque ferra com a pessoas, como joga sujo e faz de tudo para se esconder das formas de detecção. Às vezes, se detecta logo, e isso garante 80% de chances de se ver livre do Caranguejão do Mal. Em outras palavras: quanto melhor identificar quem é o bandido no corpo, fica fácil mandar o BOPE biológico sentar o dedo na eliminação do lazarento. A saída é qual? Tentar outros métodos de identificação, que é o que pesquisadores da Universidade Yale estão desenvolvendo. 
Câncer não é algo legal. Nenhum dos quase duzentos tipos dele. O de ovário é muito sério, já que é a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer do colo do útero, embora seja o mais mortal deles, com o agravante de ser difícil de ser diagnosticado. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a larga maioria dos casos de câncer no ovário é derivada das células epiteliais que revestem o ovário, sendo o restante vindo de células germinativas (vocês sabem: os óvulos) e células estromais, que são as responsáveis pela produção dos hormônios femininos na quase totalidade.