COS-01: A Teoria do Big Bang é falsa
Alegação:
A Teoria do Big Bang possui inconsistências insolúveis, como uma inesperada distribuição irregular de massa no universo e a necessidade de uma fictícia matéria escura para “ajeitar” a teoria. Muitos astrônomos pensam que ela já não é mais uma teoria válida.
Resposta:
A Teoria do Big Bang é apoiada por uma grande quantidade de evidências:
· A Teoria Geral da Relatividade de Einstein implica que o universo não pode ser estático; ele precisa estar ou expandindo ou encolhendo. Criacionistas que dizem que o universo é estático precisam antes disso provar que Einstein estava errado. Até hoje nenhum criacionista conseguiu refutar Einstein;
· Quanto mais distante a galáxia está, mais rápido ela está se afastando (lei de Hubble). Um universo que se expande implica que ele já foi muito pequeno e compacto no passado;
· O desvio para o vermelho (redshift) também é uma prova que o universo está se expandindo. O redshift é uma espécie de “efeito doppler” para a luz. Quando um objeto estelar está se afastando, sua luz tente para o vermelho. Quando está se aproximando, ela tende para o azul (blueshift). E o que vemos na prática é que quanto mais distantes estão os corpos celestes, maior é o desvio para o vermelho, não importando a direção em que se olha;
· O Big Bang prevê que a radiação cósmica de fundo deveria aparecer de forma igual em todas as direções, com um espectro de corpo negro e temperatura de cerca de 3 graus Kelvin. Nós observamos esse exato espectro de corpo negro com uma temperatura de 2,73 Kelvin, em qualquer direção que se olhe;
· A radiação cósmica de fundo é igual em até uma parte em 100.000. Há uma leve diferença devido à diferença de distribuição de massa no universo. Tal diferença foi predita pelo Big Bang, e observada na prática;
· O Big Bang prevê e explica a abundância dos elementos primordiais hidrogênio, deutério, hélio e lítio. Nenhuma outra teoria foi capaz de fazer isso;
· O Big Bang prevê que o universo muda com o tempo. Como a velocidade da luz é constante, olhar para grandes distâncias significa olhar para o passado. Vemos, entre outras coisas, que quasares eram mais comuns e estrelas eram mais azuis quando o universo era novo;
· A matéria escura não foi “inventada para ajustar a teoria”. Sua existência foi prevista pelo big bang e, apesar de não poder ser vista, ela já foi comprovada pelos efeitos gravitacionais que ela causa nos corpos celestes e na luz. Por exemplo, grandes massas de matéria escura distorcem a luz que passa por elas. Por causa disso, objetos que estão por trás dela são mais nítidos que os que não estão. A matéria escura serve como verdadeiras lentes de aumento naturais para o universo. Apesar de ainda não sabermos ao certo o que é a matéria escura, hoje em dia não há mais dúvidas quanto à sua existência.
Ainda existem problemas a serem resolvidos. Por exemplo, ainda não entendemos porque a expansão do universo está acelerando. No entanto, a teoria do Big Bang possui evidências suficientes apoiando-a, que dificilmente novas descobertas a derrubariam. Por exemplo, a teoria do universo inflacionário propõe que o tamanho do universo aumentou exponencialmente quando ele tinha apenas uma fração se segundos de existência (Guth 1997). Ela foi proposta para explicar por que o Big Bang não criou um grande número de monopolos, e também para explicar a diferença de distribuição de matéria e da radiação de fundo. A teoria do universo inflacionário é uma importante adição à teoria do Big Bang, mas ela é uma extensão, não uma substituição.
Referências:
Feuerbacher, Björn and Ryan Scranton. 2006. Evidence for the Big Bang. http://www.talkorigins.org/faqs/astronomy/bigbang.html
Ferris, Timothy. 1997. The Whole Shebang. New York: Simon & Schuster.
Guth, Alan H. 1997. The Inflationary Universe. Reading, MA: Addison-Wesley.
Harrison, E. R. 2000. Cosmology: The science of the universe. Cambridge University Press.
COS-02: Como o tudo veio do nada?
Alegação:
Cientistas não conseguem explicar de onde veio o espaço, tempo, matéria, energia e as leis da física. Dizem que tudo surgiu do nada, o que é um absurdo.
Resposta:
Algumas questões são mais difíceis de responder que outras, e a ciência está longe de encontrar todas as respostas. Mas isso não significa que não sabemos de nada, o conhecimento que temos evoluiu muito nas últimas décadas, e a tendência é aumentar muito mais.
Por exemplo, nós sabemos que o espaço surgiu da expansão do universo. Existem hipóteses que dizem que somando o potencial energético da matéria e antimatéria do universo, a energia total resulte em zero.
Outros cientistas formularam hipóteses para responder às outras perguntas que são consistentes com as observações (Hawking 2001). Por exemplo, é possível que existam outras dimensões para o tempo, e que as outras dimensões não possuam fronteiras, de modo que não haveria origem para o tempo. Outra possibilidade é que o universo esteja em um eterno ciclo sem início ou fim, onde cada big bang pode terminar com um big crunch e recomeçar um novo ciclo (Steinhardt e Turok 2002), ou em ciclos muito longos um universo pode se chocar com outro, criando um novo universo (Seife 2002).
Devemos ter em mente que nossas pobres mentes de primatas talvez não estejam preparadas para compreender as condições extremas e bizarras encontradas no universo. Indo a nível quântico, a coisa piora ainda mais, e entender como a matéria pode surgir “do nada” na verdade pode ser o menor dos problemas.
De fato, a física quântica já mostrou que partículas de matéria e antimatéria podem sim surgir do nada (vácuo quântico), e se destruírem instantaneamente. Não apenas isso, mas também que partículas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, e que certas partículas podem existir e não existir ao mesmo tempo. Ainda mais, tudo o que vemos, pegamos e sentimos como sólido, na verdade não é sólido e pode ser composto de… nada!
No fim das contas, dizer que “tudo veio do nada” pode não ser tão absurdo assim.
Vale lembrar, criacionistas não conseguem explicar absolutamente nada. Erguer as mãos para o céu e dizer que “Deus fez assim” não é uma explicação, porque não está embasada em nenhum tipo de evidência. Não elimina nenhuma possibilidade e nem mesmo uma impossibilidade. Não responde às perguntas “como?” e “porque?”, e levanta ainda mais perguntas como “qual deus?” e “de onde surgiu deus?”. No quesito explicação, os cientistas estão muito na frente dos criacionistas.
Referências:
Hawking, Stephen, 2001. The Universe in a Nutshell. New York: Bantam.
Seife, Charles, 2002. Eternal-universe idea comes full circle. Science 296: 639.
Steinhardt, P. J. and N. Turok, 2002. A cyclic model of the universe. Science 296: 1436-1439.
Hawking, Stephen, 1988. A Brief History of Time. Toronto: Bantam.
Musser, George, 2002. Been there, done that. Scientific American 286(3) (Mar.): 25-26,http://www.sciam.com/article.cfm?articleID=000D59C8-5512-1CC6-B4A8809EC588EEDF
Veneziano, Gabriele, 2004. The myth of the beginning of time. Scientific American 290(5) (May): 54-65.
COS-03: Explosões não criam ordem
Alegação:
O universo foi supostamente formado do Big Bang, porém explosões não produzem ordem ou aumento de complexidade. Uma explosão em uma cozinha não forma um bolo de chocolate, e uma explosão em um ferro-velho não forma um 747.
Resposta:
O Big Bang não foi uma explosão, foi uma expansão. Tirando o fato de que ele cresceu com o tempo, o big bang não teve praticamente nada em comum com uma explosão.
Visto que a entropia total do universo no início era mínima, talvez quase zero, por ser tão compacto, o universo possuía muito mais ordem do que possui agora.
Mesmo assim, certas explosões produzem aumento de ordem e complexidade. Explosões poderosas o suficiente podem converter carbono em diamante, uma forma mais ordenada. Pulsares são o resultado da morte violenta de estrelas supermassivas, e emitem ondas tão uniformes e ordenadas que inicialmente pensava se tratar de uma mensagem de seres inteligentes de outro planeta. E explosões nucleares em supernovas produzem elementos pesados, mais complexos que elementos leves como o hidrogênio e hélio, além de serem o berço de novas estrelas e sistemas planetários.
A comparação com o bolo de chocolate, aviões e outros objetos é risível e serve apenas para evidenciar a ingenuidade dos criacionistas, já que a evolução não depende de explosão nenhuma, e sim unicamente de reprodução, variabilidade genética e seleção natural.
COS-04: O Sol está encolhendo
Alegação:
O Sol está encolhendo a uma taxa que o faria desaparecer completamente em 100.000 anos. E ele seria grande demais e impediria a vida no passado se o ele tivesse mesmo milhões de anos de idade.
Resposta:
Essa alegação ignora completamente todo o conhecimento que temos hoje em dia sobre nascimento, vida e morte de estrelas.
Antes de tudo ele assume que essa taxa de encolhimento é constante durante toda a vida do Sol, o que não é verdade.
O Sol é uma bola de plasma superquente cujo combustível são milhões de explosões nucleares por minuto, queimando por bilhões de anos. Portanto nada mais natural que ocorram pequenas variações no seu tamanho, para mais ou para menos, além do que medições nos anos 80 significam menos de um segundo de vida na existência do Sol.
Hoje em dia conhecemos o comportamento do Sol, e seu destino final. Ele continuará queimando hidrogênio e transformando em hélio. Em cerca de cinco bilhões de anos, o hidrogênio acabará, e ele começará a queimar o hélio. Isso fará o Sol aumentar de tamanho e se transformar em uma gigante vermelha, consumindo os três primeiros planetas do sistema solar. Após todo o hélio ser consumido, o Sol não conseguirá consumir elementos mais pesados, porque ele não possui massa suficiente. Isso o fará encolher devido à força da gravidade, e se transformar em uma fria anã branca.
Referências:
Johansson, Sverker, 1998. The solar FAQ. http://www.talkorigins.org/faqs/faq-solar.html
Matson, Dave E., 1994. How good are those young-earth arguments? http://www.talkorigins.org/faqs/hovind/howgood-yea.html#proof1
Van Till, Howard J., 1986. The legend of the shrinking sun — A case study comparing professional science and “creation science” in action. Perspectives on Science and Christian Faith 38(3): 164-174.http://www.asa3.org/ASA/topics/Astronomy-Cosmology/PSCF9-86VanTill.html
COS-05: A lua está se afastando
Alegação:
A lua está se afastando da Terra, o que torna impossível que ela tenha bilhões de anos.
Resposta:
A lua está se afastando da Terra a cerca de 3,8 cm por ano. Já que a lua está a 3,85 x 10^10 cm da Terra, isso é consistente, em ordem de magnitude, com um sistema Terra-Lua de bilhões de anos.
Além do mais esse argumento está considerando que a taxa de afastamento permaneceu constante todo esse tempo, o que não é verdade. De fato, a taxa teria sido bem menor (Eicher 1976).
Já foram formuladas várias teorias sobre como a lua foi formada. Uma dizia que ela foi capturada pela Terra, porém a Terra não possui massa suficiente para capturar um corpo do tamanho da lua. Hoje a melhor teoria é a de que a lua foi o resultado de um choque violento de um corpo celeste com a Terra na época de sua formação.
Referências:
Eicher, D. L., 1976. Geologic Time. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-Hall.
Thompson, Tim, 2000. The recession of the Moon and the age of the Earth-Moon system.http://www.talkorigins.org/faqs/moonrec.html
Matson, Dave E., 1994. How good are those young-earth arguments? http://www.talkorigins.org/faqs/hovind/howgood-yea.html#proof5
Mohr, R. E., 1975. Measured periodicities of the Biwabik (Precambrian) stromatolites and their geophysical significance. In: Rosenberg and Runcorn, pp. 43-56.
Pannella, G., 1976. Tidal growth patterns in Recent and fossil mollusc bivalve shells: A tool for the reconstruction of paleotides. Naturwissenschaften 63: 539-543.
Pannella, G., C. MacClintock and M. Thompson, 1968. Paleontological evidence of variation in length of synodic month since Late Cambrian. Science 162: 792-796.
Rosenberg, G. D. and S. K. Runcorn (eds.), 1975. Growth Rhythms and the History of the Earth’s Rotation. New York: Wiley.
Scrutton, C. T., 1970. Evidence for a monthly periodicity in the growth of some corals. In: Palaeogeophysics, S. K. Runcorn, ed., London: Academic Press, pp. 11-16.
Scrutton, C. T., 1978. Periodic growth features in fossil organisms and the length of the day and month. In: Tidal Friction and the Earth’s Rotation. P. Brosche and J. Sundermann, eds., Berlin: Springer-Verlag, pp. 154-196.
Wells, J. W., 1963. Coral growth and geochronometry. Nature 197: 948-950.
Wells, J. W., 1970. Problems of annual and daily growth-rings in corals. In: Palaeogeophysics, S. K. Runcorn, ed., London: Academic Press, pp. 3-9.
Williams, G. E., 1997. Precambrian length of day and the validity of tidal rhythmite paleotidal values. Geophysical Research Letters 24(4): 421-424.
Pannella, G., 1972. Paleontological evidence on the Earth’s rotational history since the early Precambrian. Astrophysics and Space Science 16: 212-237. (technical)
Rosenberg, G. D. and S. K. Runcorn (eds.), 1975. Growth Rhythms and the History of the Earth’s Rotation. New York: Wiley. (technical)
Schopf, J. William (ed.), 1983. Earth’s Earliest Biosphere. Its Origin and Evolution. Princeton, New Jersey: Princeton University Press. (technical)
COS-06: A rotação da Terra está diminuindo
Alegação:
A fricção das marés está fazendo a velocidade de rotação da Terra diminuir. Então a Terra iria girar rápido demais para possibilitar a vida e a evolução.
Resposta:
Essa é mais uma estratégia criacionista de pegar uma taxa de variação, muitas vezes arbitrária, e considerá-la constante durante bilhões de anos, o que inviabilizaria a teoria da evolução ou a própria existência da vida.
A fricção das marés depende do arranjo dos continentes. No passado, os continentes eram arranjados de tal forma que a fricção das marés e sua conseqüente influência na rotação da Terra eram menores (Eicher 1976).
E por incrível que pareça, a velocidade de rotação da Terra em um passado distante pode ser medida de várias formas diferentes:
· Corais produzem esqueletos que possuem padrões de crescimento diários e anuais, de forma que pode ser contado o número de dias por ano ao longo do seu crescimento. Medições em fósseis de corais de 180 a 400 milhões de anos atrás mostram anos de 381 a 410 dias, com outros corais mais antigos mostrando ainda mais dias por ano (Eicher 1976; Scrutton 1970; Wells 1963; 1970);
· De forma similar, dias por ano podem ser contados observando o crescimento em moluscos (Pannella 1976; Scrutton 1978);
· Padrões de sedimentação também podem ser usados para contar dias por ano (Williams 1997).
Todos esses métodos são consistentes com uma redução gradual da rotação da Terra pelos últimos 650 milhões de anos, todos são métodos independentes de medição e nenhum sequer apóia de forma alguma uma Terra jovem de apenas alguns milhares de anos.
Referências:
Eicher, D. L., 1976. Geologic Time. Englewood Cliffs, New Jersey: Prentice-Hall.
Thompson, Tim, 2000. The recession of the Moon and the age of the Earth-Moon system.http://www.talkorigins.org/faqs/moonrec.html
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Schopf, J. William (ed.), 1983. Earth’s Earliest Biosphere. Its Origin and Evolution. Princeton, New Jersey: Princeton University Press. (technical)
COS-07: O pó da lua indica uma Terra Jovem
Alegação:
Baseado em medições de acúmulo de poeira planetária existe muito pouco pó lunar para uma lua de bilhões de anos. Cientistas da Nasa estavam com medo de que os astronautas afundassem na poeira ao chegar na lua.
Resposta:
O número alto de acúmulo de poeira (14 milhões de toneladas por ano na Terra) vem de uma estimativa preliminar que há muito tempo está obsoleta. O real acúmulo de pó cósmico é de cerca de 22.000 a 44.000 toneladas por ano na Terra e cerca de 840 toneladas por ano na lua.
A história de que cientistas estavam com medo de que astronautas afundassem no pó da lua é simplesmente mentira. Já em 1965, baseado em propriedades ópticas da superfície da lua, cientistas já sabiam que a camada de poeira não era grande. Surveyor I, em maio de 66, confirmou isso.
Referências:
Thompson, Tim, 1996. Meteorite dust and the age of the earth. http://www.talkorigins.org/faqs/moon-dust.html
Matson, Dave E., 1994. How good are those young-earth arguments? http://www.talkorigins.org/faqs/hovind/howgood-yea.html#proof2
Thompson, Tim, n.d. Is the Earth young?, http://www.tim-thompson.com/young-earth.html