O motorista para o carro. Os demais homens preparam tudo, verificam as armas, deixam tudo pronto para ação. Todos descem e andam com confiança, as armas em sacolas e não despertam suspeitas. O motorista aguarda e mantém o motor ronronando. Tiros, gritos, vozes de comando. O banco está sendo assaltado! Oh, meu Deus, chamem a polícia! Banque o herói e você vira uma peneira. Os ladrões pegam o dinheiro, dão mais tiros para deixar todos amedrontados, mas alguém tocou o alarme. Rápido! Rápido! O motorista já tinha engrenado, solta a embreagem enquanto pisa no acelerador e o carro solavanca e pula para frente, engata a segunda, a terceira, a quarta e vai em disparada com toda a polícia atrás. O motorista pega a via expressa e se dá uma perseguição frenética.
Claro, isso no mundo dos filmes. Na realidade, pega-se um… Uber.
Tom Clancy dizia que a ficção precisava fazer sentido, a realidade, não. Isso ficou bem evidenciado quando um zé ruela de Southfield, uma cidadeca no Condado de Oakland, no estado norte-americano do Michigan achou que era esperto. Era valente. Viu todos os filmes de assalto, desde Crown, o Magnífico, até 11 Homens e um Segredo. Jason Christmas (sim, é o nome dele. Vou chamar de Jasão Natalício) resolveu assaltar o Huntington Bank, sentindo aquela adrenalina dos filmes e, claro, metendo a mão numa bufunfa.
Alguém ainda fala “bufunfa”, ou só nós, os velhos?
Natalício, do alto dos seus 42 anos de pouca esperteza, pegou um Uber e foi até o banco. Pediu pra esperar, saiu, colocou uma máscara e ganhou o banco. Voltou correndo e pediu pro Uber leva-lo até a sua casa. A segurança viu o CCTV e descobriu a placa do carro e foi atrás do motorista, que viu que não ia dar boa coisa pra ele e entregou o Natalício.
A polícia foi lá e deu de cara com ele pintado de vermelho e os meganhas Michiguentos perguntaram se ele estava ferido. Não estava. Pediram para esvaziar os bolsos e a grana também estava suja de tinta vermelha. Por lá, é comum os bancos colocarem um dispositivo no meio do malote quando são roubados para explodir e emporcalhar tudo com tinta, de forma a não só inutilizar a grana coo deixar o meliante marcado.
A seguir, reportagem mostrando a esperteza do Natalício:
Pelo visto, deu certo e agora o Natalício vai ver Papai Noel nascer quadrado, chegando à conclusão que um sacão vermelhão não é garantia de presentinhos.
E ele estava com a carteira vencida, por isso pegou um uber rs
CurtirCurtir
Ele não queria cometer crime de trânsito porque aí é crime demais
CurtirCurtir