Crucifixo “espanta-criança” é removido de igreja

Janeiro tá um saco, pouco dinheiro no bolso, o 13º foi embora, contas vencendo e poucas notícias interessante… Até agora.

Ninguém duvida que os cristãos formam o conjunto religioso um tanto esquisito; afinal, eles costumam rezar pra um instrumento de tortura. Só que isso já está passando dos limites, a ponto de uma igreja na Inglaterra mandar remover um imenso (e de extremo mau-gosto) crucifixo da frente de uma de suas igrejas, porque aquela… coisa estava assustando as pobres criancinhas (muito mais que a possibilidade de serem atacadas por padres lá dentro).

Em notícia trazida por Abbadon (é incrível como esse cara consegue encontrar mais tosqueiras que eu), vinda direto da BBC (isso explica muita coisa. Em termos de tosqueira, a BBC só perde pro G1) uma escultura pertencente à igreja de St. John, em Broadbridge Heath, no condado de West Sussex, e deverá ser entregue ao museu Horsham para ser substituída por uma nova cruz de aço inoxidável.

O vigário, pastor Ewen Souter, afirmou que o crucifixo de mais de três metros de altura era uma “descrição horrenda da dor e do sofrimento que estava ‘afastando as pessoas'”. E isso eu concordo com ele. Sempre achei crucifixos uma ode ao sadismo, mas os cristãos acham aquilo lindo. Será que se o mitológico Jóquei de Jegue tivesse sido enforcado, andariam com uma corda, com um laço, pendurada num cordãozinho no pescoço? É um caso a se pensar…

Uma pesquisa feita pela igreja junto aos fiéis revelou que ninguém gostava do crucifixo, e pela imagem acima, você pode entender o motivo. Na boa, aquilo é feio pra cacete! Mais feio que o usual. Consegue ser mais feio que a situação econômica do Brasil!

“Crianças comentaram como (o crucifixo) era assustador e como aquele símbolo do lado de fora da igreja afastava as pessoas”, afirmou o pastor Ewen Souter. Ele ainda complementa:”Como um importante símbolo exterior para nós, estava afastando as pessoas ao invés de dar um sentimento de esperança e vida e do poder da ressurreição”.

Ele deve imaginar que a foto de um doente de câncer em estado terminal deve dar alguma esperança de se encontrar uma cura. Que tal?

O pastor ainda afirmou que a igreja queria expor “um retrato bíblico exato da crucificação como um momento de esperança para o mundo, e não de desespero”. Mas, mal sabe ele (ou ele tá se fazendo de idiota), que é exatamente através de ameaças, dor e desespero que o Cristianismo tem (sem acento agora) se imposto ao longo desses séculos.

Aquela monstruosidade espanta-neném que deram o nome de “escultura” foi criada na década de 60 pelo ex-presidente da Sociedade Real dos Escultores Britânicos, Edward Bainbridge Copnall, feita de resina e pó de carvão. A escultura foi retirada da igreja pouco antes do Natal e será colocada em uma grande parede dentro do museu Horsham.

Jeremy Knight, curador do museu, afirmou que a imagem do crucifixo mostra um Cristo sofrendo de dor. “Hoje esta não é uma imagem que muitas igrejas querem seguir. Eles preferem ver uma cruz vazia, na qual o Cristo já subiu aos céus”, afirmou. Se bem que eu prefiro aquela piada do tio do Sabino que vendia pregos. Bastava colocar a imagem de Jesus, com uma das mãos livres e os dizeres “Adivinhe qual dos pulsos não foi preso com Pregos Joaquim?”

17 comentários em “Crucifixo “espanta-criança” é removido de igreja

  1. :shock: Sempre apelando para os crucifixos… + agora pegaram pesado.
    Dar um sentimento de esperança e vida com essa coisa feia ai? Sempre nessa cachaça essa gente, pq não algum outro momento de jeuis? pq tem q ser crucificado? Essa imagem da uma sensação de desconforto tanto quanto a Jocelyn. Só tinha mesmo que assustar as crianças, ah, quer saber, bem feito, se elas ficarem traumatizadas, bom sinal. Serve de liçao. :evil:

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  2. É triste…..porém, engraçado ver como olhavam pra aquilo e viam “esperança”.
    Típico de quem acredita no dilúvio mesmo :mrgreen:

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    1. @Thiagu, eu olho, pra isso, e penso num cadáver ressecado, ou num corpo em decomposição!

      Aliás vou lhe dizer, existem estátus de santos, que são belas obras de arte, porém a maioria, é tenebrosa e assustadora, principalmente os crucifixos, com a imagem toda ensanguentada, cheia de chagas!

      enfim, não sei o que é pior, a múmia de hamsés aí, ou as várias imagens mutiladas, cheias de chagas, feridas, com sangue em abundância!

      Lembro da minha mãe, que vai numa igreja, com um Jesus enorme todo estropiado, e depois reclama, que eu gosto de ver filme de terror! Oras, se ela reza, para uma imagem, de alguém sendo torturado!

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  3. Que coisa mais FEIA..puta que pariu……pra que isso?se eles já sabem como seu “super-man da palestina” morreu,pra que ficar criando essas esculturas toscas??…sem noção…

    Estava no centro de são paulo (não me lembro fazendo o que) quando me deparo com um retrato meio “bisonho”..cheguei mais perto e constatei…era o rosto (supostamente de jesuiz) todo moribundo,com os olhos revirados,podre com a boca aberta……pregado na cruz…..achei nojento aquilo,e estava pregado num escritório (despachante acho)…..

    Acho que tem alguns cristãos que gostam disso……o exemplo é o filme tosco de Gibson…onde mostra o “Ilusionista da palestina” apanhando mais que São paulino na torcida do Corinthians…

    …………

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  4. Enquanto escultura acho que está ok, o artista realizou o seu trabalho.

    Mas nunca tinha pensado nisso antes, o símbolo do cristianismo é um ser humano crucificado, que coisa mais sádica, horrível!

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  5. Recentemente li em um artigo de outro blog que existem várias passagens na Bíblia que condenam a adoração às imagens.

    Em um desses, diziam que antigamente o cristão que não possuia qualquer imagem de adoração era acusado de ser ateu.

    Ou seja, desde àquela época cristãos tem necessidade de mostrar às vistas de outros o quanto realmente são cristãos. Não basta ele, cristão, acreditar. Ele precisa mostrar aos outros em que acredita.

    Isso nos leva crer que o tamanho da fé de cada cristão talvez se meça pelas dimensões da imagem que cultua, ou pela quantidade de imagens que tem em sua casa, ou então bela sua “beleza”.

    Alguns com fé de mais, outros com fé de menos. Em geral, “fe deram”.

    Uma senhora que trabalha no meu setor possui uma sala que é um verdadeiro templo. Tem desde imagens de “nossa nenhora (minha não!)” até exu-caveira, numa verdadeira salada de cultos e religiões. Ameacei (em tom de brincadeira) fazer daquela sala meu stand de tiro, e ela sem pensar duas vezes, me disse: “- deus te castiga”.
    Ela só não foi específica em dizer qual deles.

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    1. Recentemente li em um artigo de outro blog que existem várias passagens na Bíblia que condenam a adoração às imagens.

      O nome disso é Avodah zarah. Não cometerás idolatria. hehehe.

      Êxodo 20:4-5 – Não farás para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto. Eu sou o Senhor, teu Deus, um Deus zeloso que vingo a iniqüidade dos pais nos filhos, nos netos e nos bisnetos daqueles que me odeiam.

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    2. @XaparraL, isso não é diferente, da casa das minhas tias, e mãe, lá também predominam as estátuas, imagens, santinhos de todo material desde plástico até gravuras de papel, inclusive uma de minhas tias mais devota, chegou ao cúmulo e montar um pseudo altar de igreja, no quarto, eu te digo, que, nas minhas férias de infância, meu maior pesadelo era dormir naquele quarto-igreja, com aquelas imagens me “olhando”, principalmente a de uma santa, cujo nome não me lembro, mas que tinha uma expressão de desespero, e uma ferida enorme na testa, ESSA era a rainha dos meus pesadelos e medos noturnos.

      Agora, que estou crescida, essas estátua só me incomodam, quando vou visitar as véias e tropeço e disputo espaço com elas (as imagens).

      Até onde sei, um pouco do culto às imagens, veio, com os cristãos romanos, que substituiram a identidade das estátuas de seus deuses, pela identidade de Jesus, Maria, Deus, essas coisas. Outra parte, veio com a necessidade deles em adotar imagens, para os distinguir da maioria pagã, como a imagem dos peixes, da uva, do pão, da pomba, imagens essas agregadas, como sagradas, ao culto, ao longo do tempo.

      Uma coisa leva à outra e o cristianismo, apesar da proibição, tornou-se uma religião de adoração a imagens e ícones.

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      1. O culto à vagaba da Maria vem desde a época de Ísis. Basta ver a “coincidente” semelhança entre ela dando de mamar ao menino Jóquei de Jegue e a de Ísis aleitando Hórus, o cabeça de falcão (como será que ele mamava com o bicão?).

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        1. @André, ela espirrava o leite huahauaha.

          Na verdade Maria, a grande mãe dos wiccas, Ísis, o panteão feminino grego-romano e celta, é tudo a mesma coisa, as mesmas representações de faces das personalidades femininas, tonadas divinas.

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  6. Podiam colocar a imagem do “Jesus Buddy” (aquela do filme DOGMA do Kevin Smith). E outra: Alanis Morrisette é um “deus” bem melhor! heheheh

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  7. vale lembrar que alguns segmentos do protestantismo não adotaram a cruz como símbolo religioso(talvez eles gostem mais do peixe), existem também várias explicações p/ o uso da cruz….uma mais mitológica que a outra.

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  8. É um “erro” usar a cruz sem o Jesus crucificado. Lembrar os humanos da possibilidade da morte (principalmente uma morte bem horrível) é a forma de convencê-los a se juntar à causa . Existe um estudo que mostra que quando confrontados com a possibilidade de morte as pessoas se tornam mais dispostar a “atacar” os diferentes (etnia, posição ideológica etc.)

    Talvez o que está acontecendo é que já não existem grandes ameaças para os povos do lugar.

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