Irã: Nove pessoas condenadas a morte por apedrejamento

O mundo islâmico continua o mesmo. A BBC Brasil nos traz mais uma pérola que os Camelinhos de Alá iranianos aprontaram. Lá, oito mulheres e um homem foram sentenciados à morte por apedrejamento. O motivo? Adultério e outras “condutas de natureza sexual” consideradas crime no país, segundo informações da advogada e ativista de direitos humanos iraniana Shadi Sadr. O que foram as ditas “condutas”, não ficou-se sabendo. De repente, transaram com uma cabra em que puseram a foto do Aiatolá Manda-Chuva. Tem tara para tudo nessa vida…

Segundo Sadr, “os vereditos foram aprovados e eles podem ser executados a qualquer momento”. Shadi Sadr faz parte da Rede de Advogados Voluntários, que representa as mulheres no caso (não, o cara não faz parte das intenções de Sadr).

Os advogados de defesa fizeram um apelo ao chefe do Judiciário do Irã, aiatolá Mahmoud Hashemi Shahroudi, para impedir que as sentenças sejam cumpridas. O servo de Alá havia imposto uma moratória nos apedrejamentos em 2002 (algo tipo “julguei, não nego. Executo quando puder”), mas há relatos de que pelo menos três pessoas teriam sido mortas dessa maneira desde então.

A última morte por apedrejamento oficialmente registrada no Irã provocou críticas de organizações de defesa dos direitos humanos e da União Européia, como coisa que os iranianos se lixem para o que o Grande Satã pensa ou deixa de pensar.

As oito mulheres sentenciadas, com idades entre 27 e 43 anos, haviam sido condenadas por prostituição, incesto e adultério, de acordo com informações da agência de notícias Reuters. O homem, um professor de música de 50 anos, foi condenado por ter relações sexuais com uma estudante; o que mostra o azar dele, pois se fosse no Japão, ele se tornaria personagem de Hentai. Que coisa, não?

Mas no tosco Oriente Médio, a coisa não funciona assim. No sistema de lei islâmico aplicado pelo Irã, o adultério é punido com morte por apedrejamento e pegar lolitas é caso de pena de morte.

Em teoria a morte por apedrejamento se aplica a homens e mulheres, mas as advogadas dizem que na prática muito mais mulheres do que homens recebem a punição porque em geral são menos instruídas e mal representadas nos tribunais. Não, minhas caras, o fator “misoginia” não foi aventado.

Sob o código penal iraniano, homens condenados por adultério devem ser enterrados até a cintura antes de ser apedrejados (talvez para não atingirem partes… nevrálgicas o corpo). As mulheres são enterradas até a altura do peito. As pedras não devem ser grandes o suficiente para matar a pessoa de forma instantânea. Isto é, a pessoa tem que sofrer um bocadinho, só porque olhou pro marido de outra ou cometeu incesto (ela deu uns pegas em algum aborrecente? Vai saber…).

Sadr pediu apoio à comunidade internacional na sua campanha e disse já ter recebido apoio de organizações de direitos humanos. Não esquecendo que ela só estava se referindo às mulheres. No caso do mal-fadado professor, pedras nele. Não é muito diferente do Sistema Educacional do Brasil. Só que lá as pedras são pra valer.

Em suma, mais uma lindíssima prova como uma religião onde os Camelinhos e Alá mostram-se fiéis a um deus tido como clemente e misericordioso.

7 comentários em “Irã: Nove pessoas condenadas a morte por apedrejamento

  1. Caraca, coitado do Marcinho (jogador do Flamengo que se meteu numa suruba com prostitutas antes de sua tranferência pro futebol do Oriente Médio). Mal sabe o que lhe espera…

    Dizem que o pior do judaísmo é o cristianismo. Até concordo mas porra, o islamismo quase empata…

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  2. Não importa o “ismo”. O problema é o potencial insano de qualquer religião no tocante às suas práticas. Como o racional é posto fora de seus dogmas, qualquer absurdo é imaginável.

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  3. tenho a certeza k essa gente não conhece nem nunca ouviu falar da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS … :cry:

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  4. Esse é o problema de não haver separação entre Igreja e Estado: atrelar a lei a preceitos religiosos impede a evolução de toda e qualquer Sociedade. Mesmo que um determinado marido (único ofendido com a traição) resolvesse perdoar a mulher, não poderia fazê-lo, nem impedir a penalização dela.

    Há um juiz brasileiro chamado Mario Klein que atua em Israel desde 2002: relata ele que lá, os magistrados de primeira instância são engessados pelas decisões de 2ª Instância (o que limita a liberdade de decisão do juiz).

    Isso é um mal (e ocorre tb no Irã), pois engessando o Direito, engessa-se também a sociedade, em detrimento da evolução dos Direitos Humanos (já na 1ª Geração dos Direitos Humanos houve limitação do poder do grupo Social, representado pelo Estado, sobre um indivíduo).

    É um retrocesso e pode ocorrer também no Brasil, considerando o ‘andar da carruagem’: a força política dos evangélicos está crescendo e a criação de Súmulas vinculantes também é capaz de engessar o Direito aqui exercido.

    Homens, tremei!!!!!!

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  5. São pessoas como essa mentalidade que fazem da intolerância seu grito de guerra contra os “infiéis”. Se dependessem de agir por conta de suas próprias leis igualmente muitos cristãos carregariam tochas em uma mão e a bíblia na outra gritando palavras de ordem em nome de seu deus. Por vezes facões e/ou enxadas numa mão enquanto vociferariam todas as maldições decoradas escritas neste livro sórdido chamado bíblia sagrada.

    Dizer que estes líderes religiosos são medievais é pleonasmo. Talvez nem os medievais agiriam de forma tão bárbara. Ao menos na idade média havia tribunais de santo ofício para forjar um julgamento mesmo que de mentira mas muitos condenados compartilhavam da crença que se alí estavam, um deus também estavam com eles. As pessoas que não toleram aqueles que não engolem suas correntes dogmáticas ainda hoje, fazem de sua fúria a razão necessária para que tribunais sejam os seus próprios julgamentos covardes e cínicos.

    Estes religiosos têm o espírito dos líderes acádios que habitavam a antiga babilônia. A concessão que fariam para não derramarem sangue, é enterrar vivos os hereges, os apóstatas e todo impuro que considerassem como tal.
    Pedras seriam lançadas por várias mãos em conluio para matar aos poucos os que não se ajoelham por seu deus ciumento e vingativo. Não entendo como conseguem formar infernos tão horrendos em suas mentes.

    Muitas pessoas religiosas não têm a minima idéia do que seja um estado laico.Eu acredito é numa pátria livre sem submeter seus cidadãos a dogmas religiosos e mandamentos bíblicos e quero continuar tendo meu direito de livre consciência sem julgamentos religiosos. Respeitar a religião ao meu ver pára quando me deparo com cenas como uma mulher sendo enterrada e que a minha não-crença está sendo motivo de escárnio. Digo que seu deus é uma fantasia criada pelo medo dos homens tribais e ignorantes de javé e que eu jamais me ajoelharei perante um ser imaginário e irascível cujo nome provoca a turba de ignorantes aos propósitos de seus líderes com promessas vazias de céu e paraísos. Na gênese de toda religião está o ódio e a intolerância. Julgamentos com motivos religiosos é somente um retrospecto de tempos mais remotos que o medievalismo.

    Alguns conceitos de modernidade são incompreensíveis para estes fanáticos que se aproximam dos loucos com os seus delírios de salvação. Querem salvar os que não se declinam de suas convicções filosóficas. Quaisquer convicções longe de crenças religiosas é uma afronta a estes líderes que exortam as massas acéfalas e querem podar a liberdade que outros exercem e que eles não a têm.

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  6. Velho, o problema não é só a religião, a religião só diz besteira, mas aí acreditar em tudo e sair por aí fazendo merda, haja ignorância!

    O problema é que isso esconde um problema muito mais profundo, para nós é fácil falar que o problema é a religião, mas se não fosse a religião, seria um regime, veja o nazismo, o comunismo, eles não fizeram muito diferente, a gente não quer admitir, mas o ser humano é violento, e esses aí do oriente médio são machistas e hipócritas também, a religião é só um pretexto.

    Precisamos de algo “acima” de nós para justificar nossos sentimentos menos nobres, por isso, embora seja totalmente contrario a religião, sei que se um dia estriparmos esse câncer, outros vão aparecer…

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  7. Pessoas boas fazem o bem, pessoas más fazem o mal.
    Para uma pessoa boa fazer o mal é preciso adicionar religião na fórmula.

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