A principal instituição sunita do mundo, Al-Azhar, emitiu uma fatwa na qual pede para castigar segundo a lei islâmica os muçulmanos convertidos ao cristianismo, o que pode chegar a ser punido com pena de morte.
Segundo o jornal independente egípcio “Al-Dostur”, esse decreto jurídico deve ser aplicado às pessoas que se convertam ao Islã por “motivos pessoais”, como para casar com uma muçulmana, e que, uma vez casado, volte à sua antiga religião.
Apesar de a fatwa, emitida após uma instância judicial, não especificar o tipo de castigo e de o texto limitar-se a indicar que deve ser segundo a lei islâmica ou “sharia”, alguns religiosos muçulmanos disseram ao jornal que a pena para este caso é a morte.
Segundo a publicação, os tribunais egípcios julgam 148 casos de muçulmanos convertidos que querem voltar ao cristianismo desde junho de 2006.
Um advogado especialista nestes casos, Ramsis al-Nagar, disse ao periódico que a aplicação da nova fatwa será “uma catástrofe”, pois permitirá à Al-Azhar, uma instituição religiosa, impor castigos para um crime que nem sequer está contemplado pelas leis egípcias.
Como a Igreja Copta (ortodoxa de Oriente) não permite o divórcio salvo em casos excepcionais, alguns cristãos se convertem ao Islã para se separar de seus cônjuges.
Fonte: Terra
