Coisas que eu aprendi com a idade adulta

Eu estou velho, e  vi muitas coisas. Eu deixei de perceber certas nuances, certos significados. Eu poderia começar que, em Profissão Perigo, cada episódio era mal escrito, mal roteirizado e mal dirigido. A única coisa legal eram os 2 minutos do MacGyver fazendo alguma gambiarra. Mas tem outros exemplos. Exemplos de coisas que só na idade adulta eu fui perceber ou entender. Continuar lendo “Coisas que eu aprendi com a idade adulta”

Artigos da Semana 218

Este é o artigo de domingo, em que eu dou uma relembrada no que foi postado durante a semana, mas é uma lembrança amarga por saber que nossas vidas ficaram mais tristes a partir de agora e os domingos e a própria TV brasileira jamais serão os mesmos.

Os idosos que acompanharam o Sílvio por tantas décadas choram. As pessoas não muito velhas choram. A TV chora, o calendário chora. Jamais teremos algo sequer similar. E é aqui que começa o fim.

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O sábado anuncia: o domingo morreu

Eu me lembro quando era menino. Era um mundo estranho que muitos de vocês não reconheceriam. Era um mundo pré-internet. Computadores eram coisa de ficção científica. Ter acesso a todo o conhecimento da Humanidade? Só se abrisse a Barsa (é algo com um monte de folhas de papel escritas. Tinhas uns mapas de imagens. Perguntem aos seus pais). As mães preparavam “O” almoço, um almoço de domingo. Os pais estavam em casa, depois de uma semana de trabalho. Era um evento. O evento do almoço de domingo. Às vezes com avô e avó, tios, ou apenas só os de casa. Sim, vocês não sabem, o que isso significa, a geração de cada um pega o seu prato, vai pro quarto e fica no celular.

Havia outra coisa certa aos domingos: um homem. Ele trabalhava aos domingos! Um terno simples, um auditório. Microfone preso no pescoço. Um imenso sorriso. Desde a manhã até a noite, aquele homem conduzia a diversão. Jogos, divertimento, para as senhoras e senhores, moças e rapazes, meninas e meninos. Era um mundo de alegria, mas esse mundo acabou, não existe mais, já era. Se foi. Os almoços, as reuniões, os programas, o homem. Sílvio Santos morreu, e com ele morreu o domingo. Continuar lendo “O sábado anuncia: o domingo morreu”

A história da censura carola no cinema e TV parte 3

O PG-13

Até agora, vimos como o cinema e TV caíram nas garras da censura do Código Hays, da mesma maneira que os quadrinhos sofreram com o famigerado Comics Code Authority, que também acabou por influenciar o cinema e a TV. Hoje, como você bem deve saber, a larguíssima maioria dos filmes de super-heróis saem com a classificação PG-13, mas você já se perguntou o que é esse PG-13 e de onde ele veio? Bem, já antecipo que ele veio para controlar as produções de diferentes tipos de filmes, não apenas de super-heróis, mas antes vamos entender como era a classificação do cinema após o fim do Código Hays. Continuar lendo “A história da censura carola no cinema e TV parte 3”

A história da censura carola no cinema e TV parte 2

O Código dos Quadrinhos

Na primeira parte desta trilogia, vimos como os estúdios criaram um código de conduta para a produção de filmes e, para isso, chamaram um pastor presbiteriano para ser o presidente da nova comissão. Claro, que o que foi aplicado foram os princípios cristãos conservadores. Isso causou um impacto nos filmes que eram produzidos e na TV também, sendo que, inicialmente, as séries não eram bem na TV. As primeiras séries passavam nos cinemas, depois que os aparelhos de TV se popularizaram, o Código Hays se aplicou à programação televisiva também, mas essa não era a única mídia que seria impactada pelos movimentos pela moral e bons costumes. Continuar lendo “A história da censura carola no cinema e TV parte 2”

A história da censura carola no cinema e TV parte 1

O Código Hays

Eu já falei várias vezes como o PG-13 dificulta e muito contar boas histórias. O que não falei é o porquê da existência do PG-13 e de onde ele foi chocado. Vocês irão adorar a resposta, apesar de não tanto o que isso significa, e suas origens não são lá muito recentes.

As bases do PG-13 estão puramente baseadas no puro puritanismo das instituições metidas a puras, em que tinha sido infectado pela presença de líderes religiosos não muito puros. E esse movimento puritano começou quando uma mídia inovadora estava se alastrando e ficando mais acessível à população comum: o cinema. Continuar lendo “A história da censura carola no cinema e TV parte 1”

Seu santo tem pés de barro e você tem pedras na cabeça

Tá um arranca-rabo danado pelo que está acontecendo na edição deste ano no Big Brother. Globo colocou um monte de gente antenada, woke e com discurso anti-violência e anti-racismo. O resultado não poderia deixar de ser outro senão vermos o pior das pessoas. Sabem o que isso significa? Continuar lendo “Seu santo tem pés de barro e você tem pedras na cabeça”

Analisando séries e filmes de super-heróis XI

CW: A EBAL televisiva

Eu já falei que cresci lendo os gibis da EBAL. Uma época de ver gente com cueca por cima das calças combatendo o crime, lutando contra ETs malignos e qualquer coisa maléfica. Sem grandes elucubrações filosóficas. Ver gente com roupa coloridona ao estilo Jack Kirby. Uma coisa que a Marvel nunca conseguiu entregar foi uma série decente, ainda mais depois do o Feige chegou no comando. Feige ODEIA TV e muito a contragosto viu o sucesso de Agents of SHIELD. A série da Agente Carter foi excelente, mas foi cancelada. As pessoas não queriam vê-la, queriam o Capitão Pinguim, mas ele tinha entrado numa fria. Sim, é uma piada merda, mas é a MINHA piada merda, e é melhor do que qualquer uma que você faça. Continuar lendo “Analisando séries e filmes de super-heróis XI”

As idiotas programações de TV com um objetivo verdadeiro

Eu pus artigo sobre jornaleiros idiotas chamando leigos para dar palpites sobre coronavírus, pandemias, quarentenas etc. quando chamam especialistas, é apenas para seguir a máxima “tragédia vende”, sendo que informação fica em último lugar. Mas quem disse que veículos de informação servem para dar informação? Sim, eu sei que é chocante, mas veículos de informação não existem para informar, mas para vender seus produtos. Mas eu queria salientar outras coisas, que até caberiam no artigo anterior, mas eu tive um bom motivo*.

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Laugh Track – A Ciência da Trilha de Risada

O riso é uma expressão praticamente humana. Nos faz nos sentir bem e demonstramos com isso que estamos apreciando determinada situação. Por isso foram criadas as piadas, peças de comédia e isso evoluiu para programas de rádio e TV. O problema é que nem sempre as pessoas achavam engraçado, o que era ruim para programas ao vivo. Com isso foi inventado o laugh track ou trilha de risada. Aquele disco chato de gente rindo, de forma a lhe convencer que um esquete de algum programa de humor sem graça é engraçado. Pior que realmente ajuda a fazer você achar engraçado.

Mas como a laugh track começou? Por que começou? Bem, vamos ao vídeo, pois tem ciência e tecnologia por detrás disso.

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