Pesquisa comprovou: Fosfoetanolamina deu chabu. Paguem as apostas, bitches!

E para surpresa de ninguém, a fosfoetanolamina, o remédio que não é remédio, pois os próprios defensores daquela merda disseram que era para ser vendida como suplementinho alimentar, mostrou que é bem o que um suplementoalimentar: nada. Quiseram tanto os testes clínicos? Eu também. Resultado?

Nada, nadinha. Nem pensar. Resultado é que não teve resultado e aquela porcaria engana-trouxa não se mostrou útil para nada, com um ponto fora da curva. Moral da história, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) decidiu suspender esta palhaçada. Já não era sem tempo.

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Fosfoetanolamina será vendida como é: nunca como remédio

Num dos episódios da série The Knick, o dr. John Thackery recebe a visita de um propagandista de indústria farmacêutica convidando-o para ser garoto propaganda de um novo remédio. Nessa época (início do século XX), era comum médicos emprestarem seu nome e retrato (desenhado, claro) para remédios e “remédios”, como endosso. A fórmula antiga de colocar um cara de jaleco branco na sua frente para você tomar um ad verecundiam (apelo à autoridade) pela fuça e você acreditar que aquilo realmente tem alguma eficácia. Se o doutor emprestava a sua cara, é porque era bom, né? Bem, o dr. Thackery disse que não aceitava aquilo, pois aquela bosta não curava ninguém.

Já com a fosfoetanolamina houve algo parecido, mas um tanto diferente. Não que aquela bosta cure alguém, mas é que seus idealizadores não têm o menor pudor de aparecer em público atestando a veracidade de eficácia de uma porcaria feita em laboratório mais imundo que cozinha de traficante. Enquanto essa merda não tem seus poderes curativos comprovados (rê! rê! rê!), pessoal vociferava que tinha que ter isso ao alcance do público. Eu sempre falei que tinha e era sob a forma de suplementos alimentares, mas não no Brasil. Bem, seus problemas acabaram! Já temos fosfoetanolengôdo disponível no Brasil. Aê!

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Cacique Minhoquinha do Tempo agora está em terras paulistanas

Essa entraria para a conta: Paulistanos imitando. Não sei, mas exemplos devem servir para algo. Até os maus exemplos são úteis, nem que seja para servir de parâmetro do que não se deve fazer. Já que com o Bisprefeito a Fundação Cacique Cobra Coral não se criou, eles mudaram seus tentáculos para São Paulo, sob a gestão atual do Dória.

Parabéns, paulistanos, agora vocês terão o tempo controlado por entidades mágicas.

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Vítima de pseudociência morre de câncer. Mas vai que funcionasse…

A Ciência não existe de sacanagem. Fundamentalmente, a Ciência existe para proteger a Humanidade das merdas que a própria Humanidade faz. Ignorar a Ciência é se candidatar a ter sérios problemas, ou acabar de vez com os seus problemas, mas de uma forma um pouco… como direi… sofredora.

Naima Houder-Mohammed é um exemplo disso. Ela achou que esse negócio de Ciência era coisa de companhias farmacêuticas querendo explorar a população e resolveu se tratar com medicina alternativa. Darwin, o implacável, selecionou-a.

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Descoberta a cura da diabetes: Nobel a caminho. SQN!

Tem coisas que são fáceis de entender em essência, como capitalismo e desespero. Isso leva a dois princípios: burrice e esperteza. Primeiramente, as pessoas estão doentes, precisam de tratamento e o colapso que a Saúde Pública vem enfrentando piora mais ainda, com postos de saúde hiperlotados, agendamentos para o ano que vem (sério!), falta de remédios etc. já me disseram que no posto de saúde que fica no Instituto Oswaldo Cruz, com o Farmanguinhos ali do lado, falta remédios simples, como analgésicos. Isso leva pessoas a caírem nas garras de espertões, que seguem a boa receita do capitalismo: supra uma necessidade e você terá lucro. Se o socialismo de distribuir remédios não deu certo, vender curas vai muito bem, obrigado.

E quando o primeiro espertão encontrou o primeiro otário, surgiu a primeira religião, com receitas mágicas para tudo. Me isso leva muitos safados vendendo curas milagrosas. (Não, DESSA VEZ o artigo não é sobre fosfoetanolamina, é sobre outro pessoal vendendo receita mágica com promessinha furada).

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“Profissional de saúde” natureba passa a perna em paciente com HIV e se ferra

O básico do empreendedorismo é “encontre um nicho e explore-o”. O problema que a maior parte dos nichos são pessoas idiotas, e não por acaso são os mais explorados, ficando felizes da vida com isso. Não que eu ache de todo ruim, pois ninguém mandou ser burro, ainda mais esses idiotas naturebas que odeiam ciência.

Só que a Suíça não pensa assim e meteu uma multa num “profissional de saúde”. Motivo? Pouca coisa só mandou um paciente HIV positivo parar o tratamento e experimentar um método alternativo. Onde será que eu vi isso antes?

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Vidente espertona mandava mesma carta psicografada para um bando de manés

Nós queremos nos sentir especiais, achamos que tudo tem a ver conosco. Um exemplo disso é o teste criado por Bertram R. Forer, que em 1948 fez um teste com seus alunos. Ele os submeteu a um teste de personalidade. Era uma folha de papel com uma análise única e individual baseada nos resultados dos testes que estes alunos tinham feito antes. Entretanto, os alunos tinham que ler esta avaliação e avaliar o grau de acerto dessa análise, variando de 0 (muito ruim) a 5 (muito boa). Boa parte dos alunos concordou que a avaliação escrita para cada um deles era bem de acordo com o que eles pensavam de si mesmos. O problema era que o texto era igual para todos. Isso foi chamado Efeito Forer ou Falácia de Validação.

Parece que uma vidente resolveu repetir o teste de Forer e submeteu aos seus clientes cartas idênticas como se tivessem sido psicografadas pelos seus entes queridos. Esses cândidos clientes adoravam, pois estava bem de acordo com o que o ente que tinha partido desta pra melhor teria dito. As cartas eram todas iguais e a vidente estava satisfeita com sua pesquisa científica. Porque eu jamais pensaria que alguém fosse tão escroto assim para fazer isso a sério!

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De acordo com ONG que não sabe matemática, plantas produzem mais proteínas que carnes

Lembram do que eu falei ontem sobre apelo à autoridade? Pois é. Sempre acontece. Mais uma vez, fica comprovado que o Ensino Superior está muito inferior ao que deveria ser. Isso aliado a um câncer chamado ONG, que não tem fosfoetanolamina que dê jeito (mesmo porque, ela não resolve nem o que dizem resolver). De acordo com o relatório de uma ONG, devidamente publicado num periódico com revisão de pares (SQN!), bois ocupam uma área muito maior, com menor fornecimento de proteína.

Sim, um trabalho muito bom, nem que seja pra imprimir e limpar a bunda, já que ele falha em simples conceitos que qualquer criança pode comprovar.

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A Volta da Fosfoetanolamina

A novela com a fosfoetanolamina continua. Até agora, nada de testes clínicos, apenas um bando de idiotas mostrando vídeo com “depoimentos”. Ainda não entenderam que estes “depoimentos” têm tanto valor para a ciência quanto gente dizendo que transou com ETs, viu Nossa Senhora numa vidraça ou que acha que o Governo se importa com as pessoascitation needed. Para piorar, ainda tem gente se aproveitando da burrice alheia e vendendo fosfoetanolamina falsificada. E olhem que ela nem tem comprovação alguma como se servisse pra algo. Imaginem se tivesse.

Este é mais um vídeo da série Caso Fosfoetanolamina. Afinal, não poderia deixar de comentar a notícia da família de gente bem intencionada querendo distribuir fosfoetanolamina pro povão, mediante um pagamento adequado.

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Antecipando tentações pode-se reduzir comportamentos anti-éticos

Uma das perguntas mais comuns em termos de psicologia comportamental é por que pessoas boas se tornam verdadeiros FDP. Stanley Milgram já tinha feito experimentos com isso. Agora, uma série de experimentos tenta responder a pergunta: "Será possível evitar que as pessoas façam besteiras?".

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