Arqueologia no Espaço: Como velcro, cabos e gambiarras revelam os segredos da ISS

Se você já viu fotos do interior da Estação Espacial Internacional, provavelmente notou que aquilo ali não parece nem de longe com a ponte de comando da Enterprise. Nada de superfícies lisas, hologramas futuristas ou tripulação impecavelmente uniformizada desfilando por corredores minimalistas. A realidade é bem mais… digamos, intimista. Cabos pendurados por todo lado, equipamentos brotando das paredes como cogumelos metálicos, objetos flutuando em arranjos aparentemente caóticos. Não há chuveiro como o que você tem em casa, não há cozinha de verdade e não há sequer uma sala de estar onde a galera possa relaxar depois de um dia duro de ciência orbital.

É o futuro, sim, mas é o futuro que a humanidade conseguiu construir de fato, e que está prestes a completar 25 anos de ocupação ininterrupta. E o mais curioso: arqueólogos estão estudando esse lugar como quem escava ruínas antigas. Só que essas ruínas ainda estão habitadas e orbitando a 400 km de altura. Continuar lendo “Arqueologia no Espaço: Como velcro, cabos e gambiarras revelam os segredos da ISS”

Seres humanos deram rolê pelas florestas antes do que se pensava

As florestas tropicais sempre foram consideradas lugares difíceis para a sobrevivência humana. Por muito tempo, os cientistas acreditaram que nossos ancestrais não haviam habitado essas regiões até recentemente (ou “recentemente”). Mas uma nova descoberta mostra que humanos já viviam em florestas tropicais há pelo menos 150 mil anos, muito antes do que se imaginava, após terem sido encontradas evidências de seres humanos vivendo em florestas na atual Costa do Marfim. Continuar lendo “Seres humanos deram rolê pelas florestas antes do que se pensava”

O galopar pela domesticação de cavalos

Na grande tapeçaria da história humana, poucos relacionamentos foram tão transformadores quanto o entre humanos e cavalos. Das corridas de bigas da Roma antiga à cultura cowboy do oeste americano, os cavalos galoparam seu caminho para o próprio tecido de nossas civilizações. Mas quando essa parceria icônica começou? Um estudo recente está desafiando crenças antigas sobre as origens da equitação até a chegada da cavalaria. Continuar lendo “O galopar pela domesticação de cavalos”

Uma história de amor para além da vida

Há o ditado que da Terra nada se leva, mas não parece ser isso o que muitos pensam. Há quem ache que os sentimentos vão junto, e acompanham até o último suspiro e mais além. O amor é eterno enquanto dura, disse o poeta, mas, para alguns, ele se mantém vivo, ainda que depois da morte, num registro perene para a posteridade de como se amou em vida.

Algumas histórias de amor não são contadas, mas vividas. vidas longínquas no tempo, quando não se faziam registros escritos, pois a escrita ainda não havia sido inventada. Dessas histórias, nada sabemos e muito certamente nada saberemos. No máximo, temos conhecimento do seu final. Se “Foram felizes para sempre” ou “E permaneceram juntos até o fim dos dias”, ficamos sem ter a certeza de muitos, mas há registros pelos quais sabemos mito bem quando o que foi unido no amor, nem a terra, erosão ou milênios vindouros apagariam. Continuar lendo “Uma história de amor para além da vida”

A evolução de nossa urbanização

Nosso mundo está em constante mudança. Nossas cidades se espalham à medida que nós mesmos nos espalhamos pelo mundo. As áreas urbanizadas crescem e isso nos garante melhor qualidade de vida, apesar que isso implica no desaparecimento de áreas naturais. Nunca dá para atender tudo.

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Os mapas que mapeiam nossas andanças

Por onde caminha a humanidade? A rigor, não há um único lugar no planeta Terra que não tenha um vestígio da passagem de seres humanos, nem que seja um avião passando. Mas, de um modo geral, seres humanos ainda não pisaram em muitos lugares, ou até pisa, mas não com uma presença, digamos, “marcante”.

Diferentes pesquisas estudando o impacto humano no mundo acarretou a feitura de quatro modelos desenvolvidos de forma independente. Esses modelos determinam onde a humanidade deixa suas impressões digitais, cada uma usando diferentes indicadores de atividade. Com isso, ficamos sabendo de lugares que tem muito humano enxerido dando uns rolês, enquanto em outros lugares é na base do “até tem uns, mas nem é lá essas coisas”.

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Encontradas as mais antigas pegadas no Canadá, e não era Caribou Lou

Seres humanos nunca gostamos de ficar parados muito tempo num canto qualquer. Sempre adoramos perambular por aí e foi isso que acarretou pessoal sair da África para o mundo inteiro, dominando o planeta. Claro, as motivações variam de pessoa para pessoa, mesmo antes de serem o que podemos chamar hoje de “pessoas”. Mesmo em tempos d’antanho já tinha gente que adorava sair batendo perna por aí. Muito passam incólumes por eras e eras, mas tem sempre um que deixa o registro de suas viagens, como o que passou pelo Canadá há mais de 13 mil anos.

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As diferenças dos cérebros humanos e demais macacos não são apenas o tamanho

Dá para perceber bem a diferença entre humanos e outros primatas só de olhar pra eles (embora não tanto se pegarmos apenas os comentários de portais de notícia). A principal diferença está no desenvolvimento do cérebro, embora a quase totalidade do cérebro seja parecida. Parecida, mas não igual. Mas quando e em que parte do cérebro começaram as mudanças? Bem, é o que uma pesquisa pretende explicar.

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Dentes demonstram que humanos chegaram bem antes na Ásia e Austrália

A história de nossos tatatatatataravós é repleta de aventura, romance, drama e perigo. Saindo da África, nossos antepassados dominaram os quatro cantos do mundo, indo parar em todos os lugares literalmente. Pesquisas estimavam mais ou menos quando eles chegaram na Ásia e na Austrália, mas evidências arqueológicas mostram que isso pode ter acontecido muito, mas muito antes, da ordem de 20 mil anos antes. E 20 mil anos é muita coisa

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Novas pistas sobre migrações humanas nas Américas

A história de nossos avós é fascinante. Eles saíram da África e perambularam o mundo. Sim, todos somos afrodescendentes, inclusive os africanos modernos, que fizeram apropriação cultural dos árabes e passaram a usar turbantes. Muitos desse pessoal rodou o mundo e acabou vindo parar no Brasil. Hoje, pesquisadores analisam os crânios dos antigos moradores encontrados no sudeste do Brasil e estão revendo a complexa migração humana desde a África subsaariana até as Américas.

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