O condimento que defende de invasores

Eu gosto de mostarda. Não essas porcarias de 2 merréis o frasco de meio quilo. Mostarda de verdade (recomendo a Dijon). Uma pequena quantidade na boca e o sabor pungente atinge a língua e a informação que chega ao cérebro é "Delícia!". Normalmente, o sabor é derivado da enzima mirosinase, que é o nome vulgar da tioglucosiidase, que decompõem tioglucosídeos em glucose e em isotiocianatos. Esses isotiocianato ativam o canal TRPA1, que é um sensor químico responsável pela sensação de dor, e vai dar as boas novas pro cérebro que o que estamos comendo é gostoso pacas.

Os grãos de mostarda não possuem este sabor forte (nem aquelas porcarias que vem em sachês. Como eu odeio aqueles malditos sachês!), pois para este sabor aparecer é preciso que a mirosinase esteja presente. Mas por que temos variedades de mostarda tão diferentes? O que explica os diferentes sabores dos diferentes condimentos à base de mostarda? A Seleção Natural, é claro!

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CERN encontra partículas semelhantes ao Bóson de Higgs

Por que este famigerado bóson é importante? Aliás, o que é um bóson? É de comer? Bósons são partículas que possuem spins inteiros e obedecem à estatística de Bose-Einstein, por exemplo, o fóton, o glúon, o átomo de Hélio-4 e o bóson de Higgs. Isso já ajuda a elucidar muita coisa, certo? Pra mim, não. A questão é que essas partículas ajudam a explicar como o Universo é o que é, e eu não perderei meu tempo gastando bytes desnecessários para explicar cada um deles.

Detectar essas partículas não é algo fácil, ainda mais o tão falado bóson de Higgs, que em tese seria a partícula que explica porque as coisas possuem massa, a qual deforma o espaço-tempo em maior ou menor grau. Ele era uma das partículas mais caçadas pelos cientistas do CERN, que até agora não tinham achado nadica de nada… pelo menos, até agora.

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“Einstein ‘tava certo, nós estávamos errados. Mal aê!”

Para finalizar o caso dos neutrinos ligeirinhos, temos a pá de cal no sepulto das medições efetuadas pelo Opera. Se você não faz a menor ideia do que estou falando e ainda acha que Plutão é planeta, sugiro acompanhar os artigos que escrevi aqui, aqui e aqui. Eu aguardo.

Leu? Ótimo! Eu, sempre que posso, continuo acompanhando o desenrolar de assuntos controversos, ainda mais quando se pretende mudar paradigmas fundamentais e teorias científicas já muito comprovadas. Não significa, entretanto, que elas não irão mudar, pois nada na Ciência é eterna, ou ainda estaríamos tentando fabricar ratos com camisas velhas. Só que não é minha culpa se tenta-se refutar algo através de premissas erradas. E, com isso, o que vemos são verdadeiros micos pagos em várias vezes por diversos sites, e com juros! O caso dos neutrinos supraluminosos não foi uma exceção.

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A melhor explicação sobre Seleção Natural em vídeo

Hoje, enquanto estava no serviço muito ocupado (usando a internet para ver besteira e reclamar da maldita Oi/Telemar por ter me deixado 2 dias com o telefone e Velox inteiramente mortos), acabei me deparando com um vídeo produzido pelo Carlos Ruas, do site religioso Um Sábado Qualquer (<=== sarcasmo). Nele, vinha uma bela explicação, simples e ilustrada, sobre os mecanismos da Seleção Natural. O que eu chamo de Seleção Natural for dummies. Veja a seguir:

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DARPA mostra seu guepardo-robô. Natureza ri

DARPA é acrônimo de Defense Advanced Research Projects Agency (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa). Quando os soviéticos saíram na frente lançando o Sputnik, colocando a língua pra fora, os polegares na orelha e balançando os demais dedos fazendo "bléééééé", Eisenhower montou na macaca, fulo da vida, achando que os EUA tinham que ter um centro de pesquisa melhor que os garotos de Nikita Khrushchov. Como contrariar presidentes nunca foi uma ideia sensata, a DARPA foi fundada e dela sai maravilhas tecnológicas para o campo de batalha (ou não).

Eles apresentaram recentemente um robô quadrúpede bem ligeirinho, uma espécie de guepardo-robô (em inglês, chamam Cheetah e é daí que vem o nome daquele salgadinho Cheetos). Pelo menos, ligeirinho para um robô.

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Sapos venenosos apresentam sabor agridoce quando lambidos. MAS HEIN?

A Ciência, enquanto aventura humana, nos traz diariamente coisas maravilhosas. Mas, exatamente por ser humana, de vez em quando nos prega umas peças e nos traz umas notícias um tanto quanto bizarras, e veículos de divulgação científica acabamos trazendo coisas que parecem ter saído de uma ode ao mau gosto, ainda que com sabor temperadinho. Entre tais notícias temos as informações que sapos venenosos, se lambidos, apresentam sabores diferentes. Mas quem anda, em tempos de carnaval, disposto a lamber pererecas sapos?

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Do desastre que causa um desastre ainda pior

A prefeitura da cidade do Rio de Janeiro já está com o dito cujo na mão. Todo ano acontece as mesmas chuvas, com as mesmas perdas, com a mesma ação (ou inação) das autoridades. Todo ano as chuvas causam estragos, desabamentos, mortes e o máximo que as "autoridades" fazem é apelar para fundações da cobra sei-lá-das-quantas a fim de pedir, de pés juntinhos, que não chova 3 dias sem parar, independente de qualquer mágoa. O próprio ministro Aloizio Mercadante, afirmou que o governo não tem como impedir mortes neste verão e nos próximos. Se bem que agora ele mudou a conversa dizendo que fará de tudo para conter as tragédias. Políticos e suas volatilidades…

Se você pensa que isso é ruim o suficiente, tenho – não o prazer – mas o dever de lhe trazer mais más notícias (que linda construção para pessoas que não sabe escrever!): estudos indicam que não basta ter uma chuvarada se a Natureza pode nos brindar com algo pior. De acordo com cientistas, chuvas torrenciais não só levam sua casa embora como podem causar até mesmo terremotos.  A Natureza é um primor de perfeição!

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A estrela que nos guia

Por muito tempo, o Sol foi a única estrela de real importância para nós. Depois que adquirimos membros, aprendemos a caminhar pela terra e depois resolvemos nos voltar para o mar, milhões de anos que nossos primos cetáceos, percebemos que era preciso algo que nos ajudasse a enfrentar o desconhecido, que nos guiasse por terras e mares inexplorados e, principalmente, algo que nos ajudasse a voltar para casa. ao olhar para terra ou mar, vimos que não adiantava muito, pois nada nos era familiar. Portanto, olhamos para cima e vimos algo que estaria sempre ali, para nos dar conforto e a chance a promessa de segurança e um retorno garantido.

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Até um Suricato encontra seu par perfeito na Internet. E você, hein?

pumba.jpeg Pessoas diferentes separadas por quilômetros e quilômetros de fibra óptica, cabos se encontram na rede mundial de computadores e acabam achando seus respectivos pares perfeitos enquanto outros continuam solteiros aos 40 anos e moram com suas respectivas mamães – mas esses são os probloggers, então não conta ;-).

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