
O mundo de Hades tem sempre coisas a nos oferecer numa amostra da insanidade humana. São coisas que uma mente sã não consegue racionalizar, mesmo porque o Brasil não é o que se pode esperar de um reduto de pessoas sãs e racionais. Um exemplo é o excelentíssimo meretríssimo exclusivíssimo justo veríssimo juiz doutor Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, que mediante uma investigação do Ministério Público, foi descoberto como não sendo inglês e nem tem esse nome de milk-shake de obras literárias.
Na verdade ele se chama Zé ‘Duardo.
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Tem horas que eu fico com algumas dúvidas na minha cabeça. Não sei se estamos vivendo numa teocracia fundamentalista ou as pessoas simplesmente são estúpidas, mesmo, colocando a culpa na religião para não terem que dar satisfações. Não que juízes sintam alguma necessidade de se explicarem por qualquer merda que façam, como qualquer agente de trânsito pode confirmar. Agora, um juiz do Distrito Federal acha que não tem problema nenhum tratar homossexuais, de forma que acabem com esse negócio de serem gays.
Vocês podem pensar que é prerrogativa do Brasil odiar a Ciência, mas não é bem assim. Há tosqueira em todos os cantos do mundo. Um exemplo disso são os velhinhos da União europeia que, volta e meia, acordam da siesta vespertina e resolvem fazer algo, por puro enfado. Daí saem decisões como perseguir a Microsoft, exigindo que ela não disponibilizasse um navegador internet pois isso seria monopólio. Curiosamente, eles não se importaram do Linux e o MacOSX também virem com um. Isso foi legal, até que alguém falou que fica meio difícil baixar um outro navegador internet quando você não tem como acessar sites. Daí ela exigiu que a MS oferecesse todos os navegadores. O resultado foi que pessoal então continuou só usando Internet Explorer.
Há o brocardo que ainda há juízes em Berlim. Bem, em Berlim, eu não ei. Pelo menos, o Supremo Tribunal Federal mostrou, ainda que por votação quase empatada, ao menos eles têm um mínimo de bom senso, ao mandar aquela lei vagabunda que liberava a venda e distribuição de fosfoetanolamina, sem sequer passar pelo mínimo de testes científicos e muito menos liberação junto à ANVISA.
No Brasil que odeia Ciência, tudo é levado como em torneiros de futebol. Seu time não está ganhando? Chore, bata o pé, tenha chilique e corra pra Justiça. Juízes, que não entendem como Ciência funciona, nem se importam, pouco se importam com Método Científico. Eles dão o que os melhores advogados querem (pois Justiça se baseia em quem tem o melhor advogado) e o circo está armado.
Juízes, além de serem deusesCitation needed, parecem viver à parte num mundinho só deles. Ok, eles são de Humanas, a gente entende, mas tem horas que fica difícil de te defender, miga. Por causa de um problema de família, um juiz foi parar nos cafundós do Judas para averiguar a situação de uma determinada pessoa. Daí, ficou maravilhado com a capacidade dessa pessoa ao construir um abrigo dentro de um buraco, mesmo pirando na batatinha e conversando com trovões. Eu acho justo, mas será porque o tio é pancada das ideias o juizão tinha que ficar admirado?
Na sexta-feira, os juízes da Suprema Côrte dos Estados Unidos determinaram que, sim, a Constituição garante direitos civis a todas as pessoas, independente quem sejam essas pessoas. Partindo disso, o pessoal reclamou, chilicou, se rasgou todo; mas o que significa isso? Qual o paralelo que podemos traçar com Martin Luther King e a luta pelos direitos civis dos negros? É o que você vai assistir em mais um vídeo.