
O problema do jornalismo é que ele deixou de existir para dar lugar ao que eu chamo de jornaleirismo. Sabem aquela figura clássica do molequinho vendedor de jornais? Para vender mais jornais ele gritava as manchetes e quanto mais sensacionalista, mais chamava a atenção. Com isso, eles gritavam manchetes que efetivamente não estavam no jornal, inventando polêmicas que não existiam, seguidos de EXTRA! EXTRA! Isso despertava a curiosidade das pessoas e saiam vendendo os jornais, para então o bando de otários perceberem que foram enganados e o moleque ter picado a mula com bolso cheio de moedas. No dia seguinte, o processo se repetia. Com o tempo, jornais perceberam que poderiam facilitar este trabalho sem mentir (muito), bastando adequar as manchetes ou dando ao público o que o público quer: opinião de famosinhos. Celebridades sempre venderam tudo, você sabe.
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Morcegos são animais mucho lokos. E nem é só nisso: o bicho é um mamífero, voa, usa eco-localização e ainda por cima aguenta e sobrevive a vírus potencialmente mortais, bactérias filhas da puta e micróbios do caralho! Achou muito? Pois fique sabendo que eles ainda resistem ao envelhecimento e ao câncer.
Este seria uma típica ideia tão tosca que ninguém deveria ter tido. Mas tiveram. Um grupo de engenheiros, fazendo uso de suas atribuições numa de suas definições*, acharam que seria maneiríssimo ter algo que enfie um troço na sua boca e vá até a garganta. Sim, eu sei o que você está pensando, mas não é isso. É pra testar o paciente suspeito de ter coronavírus.
Estrou adepto agora de artigos que façam menção à pandemia de coronavírus, ou corona vírus, ou SARS-CoV-2, ou COVID-19, ainda mais com a brutal quantidade de gente falando bobagens sobre eficácia do uso de máscaras, álcool-gel etc. Eu já postei artigo sobre a
Por causa do coronavírus, em muitas cidades – como o Rio de Janeiro – os prefeitos determinaram obrigatoriedade de sair à rua com máscaras. Seguindo a linha “enquanto alguns choram, outros vendem lenços”, começou um festival de pessoas faturando um dinheiro vendendo máscaras de tudo que é tipo, principalmente porque as pessoas são porcas e ficam tossindo e espirrando sem nem colocar a mão na boca (o que já estaria errado), espalhando perdigotos coronguentos para tudo que é canto.
O nosso amigo SARS-CoV-2, causador da síndrome respiratória aguda grave, mais conhecido como corona vírus 2, mas carinhosamente chamado de Coronga ainda apronta das suas, fazendo seu trabalhinho sujo de mandar todo mundo pra vala evolutiva. A infecção por este miserável está tocando o terror, com alta taxa de mortalidade e velocidade de infecção alarmante.
Estamos caminhando de vento em popa para o pico de infecções do COVID-19, também conhecido como coronavírus, ou Coronga, entre os mais chegados. Para quem trabalha como profissional de saúde, a exposição é um risco constante, e por mais que se tenha EPI disponíveis (você não, Brasil) é preciso ter testes à disposição. O problema está aparecendo quando muitas decisões médicas são tomadas por causa dos testes.
Pessoal tem me pedido o máximo de atualizações sobre o Corona Virus. Eu faço o que eu posso, mas estou evitando de postar aqui por um motivo simples: essa não é minha área de expertise. Eu tenho que ler o trabalho, procurar as referências, lê-las, verificar se eu entendi corretamente, escrever um artigo de maneira de fácil compreensão e publicar. Isso consome tempo, enquanto a imprensa tem uma legião de repórteres en5trevistando especialistas como médicos, geneticistas, biólogos etc. Aceitem sempre a informação de primeira linha, que eu procuro repassar no Twitter na medida do possível.