Plínio, o Velho: Heroísmo e Tragédia na Erupção do Vesúvio

Das profundezas da Terra, a ira, o fogo e a destruição virão sob a forma de uma catástrofe. A hecatombe ceifará almas de forma violenta e horrível. É um momento que vidas se perdem e o heroísmo surge. É quando homens são separados de meninos. O momento está chegando, a população não sabe do seu violento destino. Do âmago das camadas inferiores do planeta, o filho de Júpiter e Juno, o horrendo deus que fora salvo por milagre, resolveu deslanchar a sua ira. Um homem comum estava cuidando dos seus afazeres, sem saber que as peças estavam se movendo para alçá-lo como um dos maiores nomes da História, que nem a Mitologia seria capaz de comparar, pois, ele não era filho de um deus ou semideus. Era um homem comum. Continuar lendo “Plínio, o Velho: Heroísmo e Tragédia na Erupção do Vesúvio”

A felicidade da história que não aconteceu porque não deixamos

Todos vocês estão acompanhando o desesperador acontecimento no Rio Grande do Sul, em que uma mudança climática causou uma catástrofe, os mortos estão em torno de cento e vinte pessoas, até o momento que eu estou escrevendo este texto, mas há muito mais, bem sabemos disso e ninguém vai se iludir. Quantos? Não sabemos ainda e muitos temem saber. Nós estamos testemunhando a História, como muitos dos nossos antepassados testemunharam e não estão aqui. Estamos vendo ao vivo e registrando o que quase sempre aconteceu.

Entretanto, eu estou vendo uma coisa diferente que ninguém se tocou e… eu não sei. Eu não sei classificar, pois, eu tento achar que é uma boa coisa, mas se falar isso, com essas palavras, irão me ofender, xingar e ameaçar, pelo que vou entender, claro, pois as frias letras são impessoais. De início, eu estou satisfeito de ver o que estou vendo, mas tente ler primeiro antes de me julgar. Eu preciso contar uma história… aliás, algumas histórias. Continuar lendo “A felicidade da história que não aconteceu porque não deixamos”

Divirta-se causando uma catástrofe

Todo mundo gosta de brincar de Deus de vez em quando. Seja criando um terrário, montando uma fazenda de formigas ou jogando SimCity. Claro, a melhor parte de SimCity, depois que está tudo funcionando, é você tentar destruí-la e ver os serviços de emergência. Ou então, jogar The Sims, mandar todo mundo pra dentro de um quarto e tirar as portas e janelas, ou colocar uma piscina e depois que está cheia, tira a escada.

Sim, eu acho que tenho problemas, mas você já fez isso que eu sei. Então você vai adorar esta simulação: jogar um pedregulhão em algum lugar do mundo.

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Índio Mágico avisa que vai chover em época de chuvas e tira o médium da reta

Eu já postei várias vezes sobre a Fundação Cacique Engana Trouxa Cobra Coral, que se baseia nos poderes mágicos de um fantasma de índio que diz controlar o tempo. O fato de muitas vezes ele não ter conseguido prever que ia dar ruim no clima sempre passa desapercebido. O problema é que o Cacique Minhoquinha foi longe demais. Ele SABIA que ia cair uma chuvarada monstro no Rio de Janeiro e não fez nada. No máximo, avisou ao Crivella que ia ficar chovendo na época de chuvas.

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Acharam o que sobrou da Luzia. Sabem o que isso significa?

AVISO

Parem de ler imediatamente. Não reclamem depois.

Bom, acharam os restos dos restos que era o crânio conhecido como “Luzia”, o fóssil humano nativo das Américas. Segundo o que sobrou do Museu Nacional (lamento, mas eu tenho que falar assim. O Museu foi destruído para sempre. O que vão fazer é outro museu. Alguém tem que falar a verdade), os ossos, que já não estavam tão ótimos assim, foram encontrados em estado mais deplorável, graças a uma sortuda incompetência generalizada. Se antes a caveira não estava totalmente preservada, do que tinha lá só acharam 80% (entenderam o “resto do resto”?). O anúncio foi eito ontem (19/10), mas não disseram quando encontraram a ossada.

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O Brasil não deveria ter museus ou a tragédia do Museu Nacional

O Museu Nacional foi destruído. Mal sobraram as paredes e umas pouquíssimas coleções. Tudo perdido. Tudo virou cinzas. Tudo virou lágrimas e desespero. A incompetência generalizada deste país fez com que 200 anos de Museu e bilhões de anos de história se perdessem. Começou o empurra-empurra de responsabilidades, quando, no final, ficará por isso mesmo.

Vendo isso acontecer, como sabendo que outros museus no Brasil foram destruídos por incêndios, eu mantenho a minha opinião: entreguem todos os acervos de todos os museus brasileiros e entreguem para quem tem condições de cuidar deles.

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Eulogia a uma vítima de assassinato

Eis-nos aqui. Era para ser um momento de celebrarmos, ainda com tristeza. Mas não há como. Não é uma morte que veio de causas naturais, a não ser que por “natural” você entenda o descaso patente de uma tribo burra, selvagem e ignorante. Um bando de incultos que não têm apreço pela Cultura. Ninguém pareceu se importar no estado até que as chamas irromperam. Séculos de escritos, documentos e pesquisas estão perdidos. Não adianta sequer imaginar a reconstrução física, pois o valor que lá tinha poderia ser alocado numa choupana que ainda assim seria inestimável. Talvez, numa choupana estivessem mais seguros.

Da minha janela eu vi arderem as estruturas, e vi também as chamas consumirem tudo lá. A sabedoria e cultura de vários povos virou cinza e se perdeu na suave brisa da noite, quando o Inferno parecia consumir tudo, tendo o próprio senhor do submundo decidido pela destruição irrestrita, mas eu bem sei que não foi ele. Foram homens. Simples homens mortais que pouco se importam com cultura e conhecimento, numa irresponsabilidade absurda.

Meus joelhos tremem, minhas pernas fraquejam, meus olhos marejam perante a perda incalculável que jamais poderá ser reposta.

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Cometa fidamãe quase passa o cerol em todo mundo na Terra há 12 mil anos

Imagine-se você, num dia qualquer, sem maiores preocupações além de não morrer de fome, doenças ou algum predador da mega-fauna vir te pegar. Bem, a sua sorte é que os dinossauros foram pro saco muitos milhões de anos antes, então, você está lá na sua patética vidinha com expectativa de vida de uns 18 anos, e aos 14 já estava pedindo pra morrer. Você estava pensando onde iria arrumar a próxima raiz com sabor horrível para poder comer, antes que Gronk, aquele fidamãe, roubasse sua comida. De repente, um barulho ensurdecedor! Bolas de fogo cruzam os céus e caem bem longe de você, a terra treme e algum tempo depois vem outro som mais ensurdecedor ainda. Imensas labaredas irrompem, tudo ao seu redor está em chamas… gigantescas chamas. O lance é sair correndo o mais rápido possível, pois hoje Darwin não está de bom humor e vai selecionar geral.

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Para surpresa de ninguém, nada foi resolvido no desastre do rio Doce

Em 5 de novembro de 2015, uma catástrofe aconteceu. O rompimento da barragem de Fundão, no subdistrito de Bento Rodrigues, a 35 km do município de Mariana causou o que é considerado o pior desastre industrial dos últimos anos, com que causou o maior impacto ambiental do Brasil, com toneladas de lama tóxica abalando geral. Cobraram do Sebastião Salgado e ele veio com aquele migué de mudinhas mágicas.

O que poderíamos esperar que tenha se resolvido até agora?

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Extinção do Triássico-Jurássico não mudou muito o que acontecia no oceano ou “a vida sempre da um jeito”

Na catástrofe que foi a Extinção do Permiano, no período Triássico-Jurássico (aquela que caiu um meteorão do mal, evento também chamado Triássico Tardio), mais de 50% das formas de vida foram para a vala, mas que sobrou foi o suficiente para acarretar em youtubeiros e seus comentaristas hoje (o que eu não sei dizer se foi uma boa, mas Evolução nunca significou melhoria). Entretanto, apesar da mortandade quase total, pesquisas atuais mostram que não houve mudanças drásticas na forma como os ecossistemas marinhos funcionavam. Continuar lendo “Extinção do Triássico-Jurássico não mudou muito o que acontecia no oceano ou “a vida sempre da um jeito””