Cientistas eugenistas fazem ex-soldado voltar a andar

O mundo desabou na cabeça do capitão Trevor Greene, do Regimento de Infantaria The Seaforth Highlanders of Canada. Esses caras não dizem “desculpe” depois de te mandar um pombo sem asa nas fuças. O cap. Greene estava com sua tropa em alguma aldeia de Kandahar, uma região esquecida por Deus, Jeová, Alá, Shiva, Quetzalcoatl ou qualquer outro deus da sua preferência. Durante a última reza do dia, os soldados, comandados pelo capitão Kevin Schamuhn, deram uma pausa e retiraram os capacetes e depuseram as armas para mostrar aos aldeões que eles eram amigos, brincando com as crianças.

Apesar de soldados, tinham certa ingenuidade ao não perceber quando chamaram as crianças para que ficassem longe dos soldados. Foi aí que eles foram atacados… à machadadas. Greene teve um ferimento grave, ganhando daquele povo que ele tentou ser amigo uma séria lesão cerebral. Muitos achavam que ele partiria dessa pra melhor, mas ele sobreviveu, ainda que numa cadeira de rodas. Mas poderíamos fazê-lo andar de novo? Sim, senhores. Nós podemos. Nós temos a tecnologia.

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Pesquisa lança mais luz na optogenética (sim, trocadilho)

Imaginem se pudéssemos controlar os seus genes com luz. Apenas luz. Tá, ok, não é apenas luz, mas seria legal mesmo assim. Isso pode beirar a ficção científica, mas tem sólida base científica. Isso é chamado "optogenética", em que podemos usar canais ativados pela luz, com comprimento de onda bem definido, de forma a a conseguirmos uma expressão de alguns genes. Com isso, podemos usar a optogenética para analisar neurônios de alguns animais, controlando os seus eventos elétricos e bioquímicos, modulando comportamentos. Mas antes que pergunte, não. Usar ligar uma lanterna na cara do seu cunhado não o fará ir buscar cerveja. Tente ameaçá-lo com violência física apelando para uma lanterna pesadona.

Então, vem a grande pergunta: Como a optogenétca funciona? Ninguém sabe todos os detalhes, sorry. No máximo, sabe-se que tal técnica se baseia em proteínas derivadas das rodopsinas, proteínas encontradas nas células bastonetes, encontrados no epitélio pigmentar da retina dos olhos.

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Grandes Nomes da Ciência: Katherine Johnson

Os brilhantes sapatos engraxados pisam com certo cuidado pelo assoalho. Um leve ajeito na gravata, o polegar e o indicador vão aos óculos de aros grossos, como era moda, na época, cabelos engomados e firmes como as camisas bem passadas. Os dois jovens engenheiros foram até a senhora já entrando na meia idade, cabelos bem arrumados e um olhar inquisitivo. Aqueles engenheiros tinham a mais moderna tecnologia, os mais avançados computadores, mas eles confiavam mais naquela senhora.

Katherine Johnson foi a mulher por trás de levar e trazer de volta os homens da Apollo 11. Uma das maiores matemáticas que a NASA já teve.

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O absurdo medo ludita da Inteligência Artificial

No alvorecer da Revolução Industrial (você aprendeu isso no colégio), o mundo mudou a forma como encarava os sistemas de comércio e produção. O que você não estudou foi como isso mudou a vida dos trabalhadores, que já não era lá essas coisas, mas ficou muito pior. Surgiu algo que já se conhecia há muito tempo, mas começou a se espalhar: A Automação. Surgiu, então, a figura de Ned Ludd, a quem se atribuiu o ataque a uma fábrica de meias, destruindo as máquinas. Todos os ataques desse gênero ficaram conhecidas como obra de seus seguidores: os luditas. Hoje, o termo "ludita" é relacionado a pessoas que têm aversão à tecnologia. Qualquer tipo, já que "tecnologia" não quer dizer "computadô", meus pobres ignorantes.

A bola da vez é a Inteligência artificial (IA). Um monte de gente mostrando-se preocupadas com o advento do que poderia ser um Skynet ou algo semelhante. Curiosamente, não o seu Manoel da padaria, mas pessoas que estão intimamente ligadas às modernas tecnologias. Afinal, o que temos a temer?

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Amputados controlam próteses de forma inconsciente

Diferente de Deus, a Ciência não odeia os amputados, não importando o que o japa filosófico diz. O que a Ciência odeia é ver tanta tecnologia não sendo aplicada, mas cientistas resolvem isso rapidinho. É uma questão de tempo e dinheiro, e algumas empresas têm de sobra, como a Össur, cuja página brasileira diz que é uma empresa líder mundial em sistemas não-invasivos de ortopedia que oferece tecnologias avançadas e inovadoras dentro dos campos de próteses, órteses e materiais terapêuticos. Em outras palavras, faz próteses.

Muitas empresas fazem próteses, mas a Össur (será que eles pensaram que acabaria num trocadilho em português?) desenvolveu uma prótese que recebe ordens direto do cérebro.

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Cebola pode ser a chave para feitura de músculos artificiais

Músculos são um problema sério. São eles os responsáveis por fazermos força (isso que você pensou, inclusive). O problema é que suas propriedades como contração e relaxamento não são imitados por outros materiais, e algumas lesões destroem os músculos e nem sempre eles podem ser reconstruídos. De acordo com meus consultores técnicos (obrigado, doutor), perdendo muito tecido nem sempre tem como reconstruir. Algumas vezes, faz-se enxertos de músculos que estiverem dando sopa. Não o da bunda, pois ele é essencial para a estabilidade do quadril. Sendo assim, o melhor seria apelar para músculos artificiais. Será possível?

Talvez a resposta esteja na gloriosa cebola, conhecida por qualquer professor de Ciências para ensinar sobre células. Mas o que tem a cebola com as calças?

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Milagre: Mães cegas conseguem “ver” seus filhos ainda não nascidos

Oh, quem foi o responsável por este milagre?

1) Pastor Jesuíno Bacamarte, da igrejinha "Jesus é Nóis!", em Nova Iguaçu.
2) Um monte de monges budistas orando.
3) O pessoal formado em Filosofia e Sociologia.

Ah, desculpe. Foi a Ciência mesmo. Que bosta, né? Que merda poder dar às mães a capacidade de "ver" os seus filhos que ainda não nasceram, quando essas mães são cegas e jamais poderiam ver um monitor de um aparelho de ultrassonografia.

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Moléculas orgânicas complexas são encontradas em estrela-bebê

Como diria Isaac Asimov, criacionistas fazem soar como se uma "teoria" fosse algo que você sonhou após ter ficado bêbado a noite toda. Uma das mais idiotas desculpas para Evolução ser uma mentira, na cabeça deles, é que não temos sistemas complexos e, por isso, a vida jamais seria possível sem alguém ficar puxando as cordinhas. Isso, por si só, já mostra a ignorância desse pessoal, já que Evolução não tem nada a ver com origem da vida.

De qualquer forma, algumas substâncias naturalmente se polimerizam, formando substâncias mais complexas, como o formaldeído que produz o paraformadeído. Mas será que poderíamos ter substâncias mais complexas se formando fora da Terra? Não só podemos, como agora temos evidência de substâncias orgânicas se formando em discos proto-planetários, o que eu chamo de "planetas-bebê".

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Amputado controla mão biônica por método não invasivo

Próteses para amputados, aqueles que Deus odeia, existem aos montes. Muitos respondem com o simples pensamento, abrindo e fechando a mão, movendo os dedos dos pés etc. Temos próteses em que você baixa o arquivo necessário e imprime numa impressora 3D. Conseguimos avanços a cada dia. Sejam para soldados voltando da guerra, seja para crianças que nasceram com alguma má formação.

As próteses mais maneiras precisam ser conectadas aos fisicamente aos nervos do paciente, de forma que seu cérebro passe as informações até o membro (não, não este). Mas e se pudéssemos fazer isso de modo não-invasivo?

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Hemodiálise é Ciência de Foguetes, sim!

Vocês aprenderam na escolinha de tia Teteca que os rins filtram o sangue. O sangue ruinzão entra, é filtrado e sai sangue bão, com as impurezas e toxinas indo parar no seu glorioso xixi. Você tem dois rins e se cuidar bem deles, os terá por muito tempo. Se a sua função renal cair, existem tratamentos e até mesmo se suas capacidades de filtração estiverem a 50%, você pode viver uma vida (quase)normal. Por isso que pessoas com apenas um rim podem viver bem. Entretanto, quando a função renal cai abaixo disso, meu filho, você tá com um problemão, e quando chega a 10 ou 20%, você é mandado pra hemodiálise. Algo demorado e nada confortável.

Com tecnologia aeroespacial, uma equipe interdisciplinar de pesquisadores do Reino Unido projetaram uma fístula arteriovenosa com melhores padrões de fluxo (sem capacitores) de sangue, de forma a salvar mais vidas de pacientes.

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