Robôs, arte e celeumas atuais

Acompanhei uma conversa hoje sobre uso de Inteligência Artificial para produzir arte. Já um monte de gente falou isso. É arte mesmo? Já ganharam prêmios em concursos usando imagens geradas por IA; ganhou, mas não levou. Todo mundo está discutindo isso. O Cardoso já postou isso. Tá, todo mundo está falando disso, com a mesma discussão de sempre, mas eu estava pensando por outro lado. Como definir o que é arte e como diferenciá-la do que não é arte, apenas meras imitações ou engodo?

O que faz arte ser arte e se sobressair?

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Não olhe agora, mas a Virgem Maria está pagando peitinho

A iconografia cristã tem horas que é… como direi?… curiosa. Entre várias iconografias esquisitas, dessa vez vamos citar a iconografia de Maria, mãe de Jesus, mostrada amamentando. Esse tipo de iconografia é chamado Virgo Lactans ou Madonna Lactans (em latim), Madonna del Latte (em italiano), Γαλακτοτροφούσα (em grego, Júnior!) ou Млекопитательница (em russo). Em português, o termo é Virgem Amamentando, mesmo, e foi uma temática muito em voga durante a Idade Média, representando Maria como uma mãe, e Jesus apenas como um bebê como outro qualquer. Continuar lendo “Não olhe agora, mas a Virgem Maria está pagando peitinho”

Os detalhes escondidos na Capela Sistina

Todo mundo que visitou a magnífica Capela Sistina fica embevecido com as pinturas lá. A capela foi uma encomenda do Papa Sisto IV, em 1471, contratando vários artistas para decorá-la, como Sandro Botticelli e Pietro Perugino. Em 1508, Rafael Sanzio foi convidado para pintar afrescos, mas ele viu que seria uma trabalheira e empurrou a bola para Miquelângelo Buonarroti, que não era pintor, mas escultor. Miquelângelo relutou, mas acabou aceitando, e demorou um bocado para pintar tudo, muitas vezes ficando quase de cabeça para baixo em andaimes de madeira, a uma altura de cerca de 13 metros, e isso no século XVI, o que era praticamente suicídio. Mike não morreu e sua obra está para a posteridade até hoje. Continuar lendo “Os detalhes escondidos na Capela Sistina”

Museus de Viena abrem conta no Onlyfans para você ver nudes

Todo mundo sabe que Internet is for porn. Alguns provedores de conteúdo fingem que não é assim, ainda mais os de redes sociais, vivendo um misto de carolice com buscas de ganhar dinheiro, mas sem querer desagradar todo mundo. Isso leva a situações engraçadas e trágicas quando redes como Instagram e Facebook banem contas que colocam fotos explícitas, como a que abre este artigo.

Sim, obras de arte como esculturas e pinturas. O que se faz, então? Ora, parte-se pra repositório de peladezas, ué: o Onlyfans.

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Os magníficos modelos anatômicos de marfim

O marfim é um maravilhoso, lindo e fantástico material para se fazer obras de arte e joias. O problema dele: é obtido por meio de presas de elefantes, dentes de hipopótamos e dentes de narvais (aquilo que parece um unicórnio, é um dente). Ele foi o responsável por mandar muitas espécies – principalmente de elefantes – à extinção, e seu comércio é atualmente proibido, salvo para obras de artes antigas, o que abre um precedente pra vagabundo deitar e se esbaldar. No caso do Brasil, em 2017, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei 7332/17, que proíbe qualquer forma de comércio ou transporte de marfim e de queratina existente nos chifres de animais em extinção. Recebeu parecer favorável e a lei está na dança das cadeiras esperando o que vão decidir, já que está aguardando designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O marfim era usado para uma miríade de peças magníficas, mas não falarei delas de um modo geral e sim de um caso particular. Imaginem que se encomendava peças anatômicas detalhadas feitas de marfim. Mas quando eu falo “detalhadas” eram detalhadas MESMO, com direito a órgãos internos e até bebês no útero da mãe. Continuar lendo “Os magníficos modelos anatômicos de marfim”

Racistas miseráveis pressionam para apagar conquista de mulher negra

Anteontem eu postei sobre o quebra-quebra geral, em que um bando de idiotas – que os russos chamariam de nekulturnyi – resolveram destruir monumentos históricos para apagar o passado. O tipo de coisa que o pior dos racistas daria graças a Deus, de forma que ninguém se lembraria mais das merdas que ele fez. Eu até sugeri alguns monumentos, por sinal. Hoje, chega a notícia que a HBO Max removeu do seu catálogo o filme “E o Vento Levou…”, por motivos que ele tem negros escravos e isso é errado, pois parece que negros são estereotipados como escravos num filme que se passa na Guerra de Secessão.

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As Cores do Império Mugal

Império Mugal foi um Estado existente entre 1526 e 1857, que chegou a dominar quase todo o subcontinente indiano. A designação “mugal” parece ter sido apenas atribuída durante o século XIX e deriva de mongol, denotando a ascendência direta de Gengis Khan de seu fundador, Babur.

Sua arte é fina e fui muito apreciada por nomes com  Rembrandt, que se baseou nas cores e trabalhos dos artistas do referido império, cuja técnica ele reproduziu em seus próprios trabalhos. Mas, como eram as cores do império Mugal? Como era a sua arte, em detalhes?

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Como eram feitos os daguerreótipos

Você curte a sua máquina fotográfica atual ou usa o celular para registrar fotos. Hoje é na base do clica e tá pronto, mas antes era muito mais trabalhoso. O processo de daguerreotipia era trabalhoso e pros padrões atuais o resultado era péssimo, mas era o que se tinha na época e virou uma febre.

Daguerreótipos foram a forma que nossos tatatataravós encontraram para registrar a si mesmos e seus entes queridos, e só o esforço e trabalheira para preparar eram pensados para registrar momentos muito especiais.

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Uma brilhante história sobre os óculos

Acabei de me sentar para escrever. Bem, eu não conseguia ler direito o que aparecia na tela. Tive que pegar meus óculos, pois, eu fui premiado com miopia, hipermetropia e astigmatismo, já que meus olhos são fruto de um maravilhoso design de um projetista inteligente. Esses meus óculos são ótimos e eu os adoro. Suas lentes de resina inquebrável ficam escuros mediante presença de radiação ultravioleta, e sua camada anti-reflexiva ajuda a não ver a minha cara refletida na face interior da lente, o que dificultaria ver algo em ambientes claros. A armação é leve, com hastes bem firmes e resistentes (ainda não comprei uma armação de titânio, mas esta quebra bem o galho). Entretanto, o que eu tenho empoleirado sobre meu nariz funciona da mesma maneira que os óculos que meu pai usa, que meus avós usavam, que os anteriores a eles usavam. Que muitos dos antigos usavam.

Ajeitem suas lentes de leitura, para mais um Livro dos Porquês, que envolverá muita História e sobre assuntos que você não faz ideia que possam estar relacionados (e talvez nem estejam, mas aqui a vontade e o pensamento é o poder. Estou acordando suas mentes para o grande saber!)


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