Como borrões falsos, chá e cara de pau enganaram a elite do mundo da arte

E hoje falaremos sobre o maravilhoso mundo do mercado da arte, aquele grande teatro onde senhores de paletó e lencinho no bolso no bolso fingem entender o significado de um retângulo vermelho pintado sobre um fundo um pouco menos vermelho, enquanto sussurram “genial” com lágrimas nos olhos e dólares nas mãos. Pois bem, prepare seu lencinho de linho egípcio: porque alguém pintou um monte de rabiscos falsos, assinou como se fosse Pollock ou Rothko, vendeu por milhões e enganou gente demais que deveria saber mais. Continuar lendo “Como borrões falsos, chá e cara de pau enganaram a elite do mundo da arte”

A belíssima Venus Italica

Eu acho fascinantes as esculturas, ainda mais esculturas de verdade, não aquelas nojeiras de “arte moderna” quando apresentam fios emaranhados e chamam de “arte”. Um escultor que pouco se fala na mídia de uma maneira geral é Antônio Canova, um escultor italiano nascido em 1º de novembro de 1757, considerado como o maior dos artistas neoclássicos. Uma das suas obras de arte é a Venus Italica, cuja primeira versão foi terminada em 1802, mas Canova fez outras variações.

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O livro místico de Leonhard Thurneisser

Você conhece o astrolábio, do grego strate… digo, do grego ἀστρολάβος, o “tomador de astros”. Segundo fontes discordantes, o astrolábio teria sido inventado por Apolônio de Perga (240 A.E.C. – c. 190 A.E.C.) ou Hiparco de Nicéia (190 A.E.C. – c. 120 A.E.C.). Sendo um ou sendo outro, o astrolábio com certeza tem mais de 2 mil anos, sendo uma espécie de calculadora analógica para decodificar uma série de observações astronômicas, pesquisar uma área ou calcular a latitude e o tempo. Continuar lendo “O livro místico de Leonhard Thurneisser”

Robôs, arte e celeumas atuais

Acompanhei uma conversa hoje sobre uso de Inteligência Artificial para produzir arte. Já um monte de gente falou isso. É arte mesmo? Já ganharam prêmios em concursos usando imagens geradas por IA; ganhou, mas não levou. Todo mundo está discutindo isso. O Cardoso já postou isso. Tá, todo mundo está falando disso, com a mesma discussão de sempre, mas eu estava pensando por outro lado. Como definir o que é arte e como diferenciá-la do que não é arte, apenas meras imitações ou engodo?

O que faz arte ser arte e se sobressair?

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Não olhe agora, mas a Virgem Maria está pagando peitinho

A iconografia cristã tem horas que é… como direi?… curiosa. Entre várias iconografias esquisitas, dessa vez vamos citar a iconografia de Maria, mãe de Jesus, mostrada amamentando. Esse tipo de iconografia é chamado Virgo Lactans ou Madonna Lactans (em latim), Madonna del Latte (em italiano), Γαλακτοτροφούσα (em grego, Júnior!) ou Млекопитательница (em russo). Em português, o termo é Virgem Amamentando, mesmo, e foi uma temática muito em voga durante a Idade Média, representando Maria como uma mãe, e Jesus apenas como um bebê como outro qualquer. Continuar lendo “Não olhe agora, mas a Virgem Maria está pagando peitinho”

Seu nome nas tábuas da vida

Como demonstrar seu respeito e admiração? Como honrar uma memória? São perguntas difíceis, para as quais eu mesmo não tenho resposta. Agora imagine alguém que resolveu homenagear os moradores de uma casa e seus vizinhos de forma delicada, gentil, mas arquitetonicamente perfeita.

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Os detalhes escondidos na Capela Sistina

Todo mundo que visitou a magnífica Capela Sistina fica embevecido com as pinturas lá. A capela foi uma encomenda do Papa Sisto IV, em 1471, contratando vários artistas para decorá-la, como Sandro Botticelli e Pietro Perugino. Em 1508, Rafael Sanzio foi convidado para pintar afrescos, mas ele viu que seria uma trabalheira e empurrou a bola para Miquelângelo Buonarroti, que não era pintor, mas escultor. Miquelângelo relutou, mas acabou aceitando, e demorou um bocado para pintar tudo, muitas vezes ficando quase de cabeça para baixo em andaimes de madeira, a uma altura de cerca de 13 metros, e isso no século XVI, o que era praticamente suicídio. Mike não morreu e sua obra está para a posteridade até hoje. Continuar lendo “Os detalhes escondidos na Capela Sistina”

Museus de Viena abrem conta no Onlyfans para você ver nudes

Todo mundo sabe que Internet is for porn. Alguns provedores de conteúdo fingem que não é assim, ainda mais os de redes sociais, vivendo um misto de carolice com buscas de ganhar dinheiro, mas sem querer desagradar todo mundo. Isso leva a situações engraçadas e trágicas quando redes como Instagram e Facebook banem contas que colocam fotos explícitas, como a que abre este artigo.

Sim, obras de arte como esculturas e pinturas. O que se faz, então? Ora, parte-se pra repositório de peladezas, ué: o Onlyfans.

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Os magníficos modelos anatômicos de marfim

O marfim é um maravilhoso, lindo e fantástico material para se fazer obras de arte e joias. O problema dele: é obtido por meio de presas de elefantes, dentes de hipopótamos e dentes de narvais (aquilo que parece um unicórnio, é um dente). Ele foi o responsável por mandar muitas espécies – principalmente de elefantes – à extinção, e seu comércio é atualmente proibido, salvo para obras de artes antigas, o que abre um precedente pra vagabundo deitar e se esbaldar. No caso do Brasil, em 2017, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços aprovou o substitutivo ao Projeto de Lei 7332/17, que proíbe qualquer forma de comércio ou transporte de marfim e de queratina existente nos chifres de animais em extinção. Recebeu parecer favorável e a lei está na dança das cadeiras esperando o que vão decidir, já que está aguardando designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O marfim era usado para uma miríade de peças magníficas, mas não falarei delas de um modo geral e sim de um caso particular. Imaginem que se encomendava peças anatômicas detalhadas feitas de marfim. Mas quando eu falo “detalhadas” eram detalhadas MESMO, com direito a órgãos internos e até bebês no útero da mãe. Continuar lendo “Os magníficos modelos anatômicos de marfim”

Racistas miseráveis pressionam para apagar conquista de mulher negra

Anteontem eu postei sobre o quebra-quebra geral, em que um bando de idiotas – que os russos chamariam de nekulturnyi – resolveram destruir monumentos históricos para apagar o passado. O tipo de coisa que o pior dos racistas daria graças a Deus, de forma que ninguém se lembraria mais das merdas que ele fez. Eu até sugeri alguns monumentos, por sinal. Hoje, chega a notícia que a HBO Max removeu do seu catálogo o filme “E o Vento Levou…”, por motivos que ele tem negros escravos e isso é errado, pois parece que negros são estereotipados como escravos num filme que se passa na Guerra de Secessão.

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