A desconfortável situação do finado jornalismo

Eu gostaria de falar sobre uma coisa que existia há muito tempo, mas que hoje caiu no esquecimento: jornalismo. Não existe mais jornalismo, pelo visto, e isso é ruim. Ruim, mas não é de hoje. A verdade, como eu sempre digo, é que as pessoas cometem um sério erro; elas acham que veículos de informação existem para informar. Não existem. Veículos de informação existem para dar lucro aos seus investidores.

Noticiários são um os mais desinteressantes programas para a população em geral, e isso não é só no Brasil. Há muito tempo, eles entenderam o que atrai as pessoas: previsão do tempo (não muito) e crimes, daqueles bem sangrentos. As pessoas adoram ver a desgraça alheia.

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Domus aurea, a casa dourada de Nero

A luz entra difusa pelas janelas estreitas. A brisa suave corre pelo ambiente e faz as velas bruxulearem, e a luz explode em uma miríade de brilhos dourados, iluminando deuses, heróis e ornamentos. Um suave abrir de portas e um som de passos quebram a calma, mas não a majestade do lugar. As sandálias de couro finíssimo ressoam sobre o chão de mosaicos e o teto abobadado e totalmente decorado testemunham um deus passando… ou ao menos era assim que ele se via.

As mãos para trás, o senhor daquele lugar olha a obra terminada e, no salão central, assente com a cabeça em sinal de regozijada aprovação. Aquela, sim, era uma casa. Aquele, sim, era um palácio. Algo digno de um rei, de um imperador, de um deus. De finalmente um ser humano poder morar. Continuar lendo “Domus aurea, a casa dourada de Nero”

Yasuke, o samurai negão responsa

O homem sereno está sentado sobre os calcanhares. Seu rosto está tranquilo e ele medita. Ao seu lado, uma katana. Este homem é um guerreiro, um comandante militar, um homem de honra e hábil no manuseio da espada. Este homem é um samurai. Ao olharem para ele, seus inimigos sentem curiosidade e terror. Terror por ser um guerreiro vigoroso e hábil. Curiosidade por ele não ser japonês, mas um negro africano. Continuar lendo “Yasuke, o samurai negão responsa”

A história esquecida não divulgada

Como sabem, eu chutei o pau da barraca faz tempo. Não dou mais atenção o que vocês querem ou não querem que eu escreva. Vocês dizem gostar do meu blog, mas como eu já mostrei várias vezes, gostam, na encolha e não muito. Não compartilham, não falam dele. Se eu fosse preferir, prefiro muito mais os idiotas que me odeiam. Esses sim fazem boa propaganda.

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Jornaleiros surtados fora de controle

Nada como o bom jornaleirismo raiz que faz tudo para conseguir cliques e compartilhamentos com as maiores insanidades possíveis. Aquele puro suco de estupidez para conseguir métrica em rede social e mostrar para investidores acaba em coisas constrangedoras como…

Como algo digno da SEXTA INSANA!

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Quando comeram, espancaram e enforcaram um político. Não nessa mesma ordem

Este foi um caso que aconteceu nos Países Baixos, apesar de todo mundo chamar de Holanda, mas quando falam Holanda, não é bem Holanda, ok? São os Países Baixos, ainda que o caso tenha acontecido na Holanda, a província. A República dos Países Baixos foi estabelecida depois que sete províncias holandesas (pois é, o gentílico é esse. Mais para frente eu volto a este assunto) se revoltaram contra o domínio espanhol, no evento do chamado Guerra dos 80 anos. Com isso, as províncias de Groningen, Frisia, Overijssel, Guelders, Utrecht, Zelândia e… Holanda formaram uma aliança em 1579 – no que foi chamado União de Utrecht – e mostraram o dedo médio para a Espanha, declarando sua independência em 1581 por meio do “Ato de Abjuração”. Continuar lendo “Quando comeram, espancaram e enforcaram um político. Não nessa mesma ordem”

O segredo da paz e felicidade em redes sociais

Todo mundo reclama que redes sociais (qualquer uma delas) nesta época eleitoral se tornam um saco. Toda maldita eleição é a mesma coisa! E nem é por causa dos candidatos e sim por causa dos fanboys, gado de políticos; e não importa qual político, a fanboyzada é tudo a mesma coisa, porque gado é gado. Só muda quem toca o berrante. Sem falar a turma da “denúncia” que fica denunciando gente e só faz dar palco para alguém que eles não gostam. A timeline vira a versão digital de uma fossa séptica.

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Político indiano bebe água do rio jurando que estava limpa. Não estava

Religião é uma coisa, e sempre fonte de idiotices, ainda mais quando alguém quer provar uma coisa e se ferra por causa disso. E pode ser a religião que for. Se você pensa que eu estou falando do Cristianismo, errou redondamente. A bola da vez é o pessoal dos turbantes: os Sikhs. A história desta semana é que o atual ministro-chefe do Punjab, Bhagwant Singh Mann, resolveu provar (literalmente) que as águas de um determinado rio sagrado estão em muito bom estado e totalmente potável. Para tanto, pegou um copo e bebeu a água do rio.

Foi pro hospital.

Bebendo na fonte da loucura do mundo, esta é a sua SEXTA INSANA! Continuar lendo “Político indiano bebe água do rio jurando que estava limpa. Não estava”

Coisa de Nazista: Partido de Esquerda alemão defende distribuir metanfetamina a viciados

Na linha “amigo, me ajuda a te ajudar”, pessoal da Canhota Chucrute resolveu que a Alemanha está com muitos problemas para ficar se preocupando com coisinhas de pouca importância como metanfetamina. Dessa forma, o Die Linke (também chamado Linkspartei ou Partido de Esquerda, o que prova que alemães têm pouca criatividade para escolha de nomes), deveriam liberar um programa tipo Minha Metanfetamina Minha Vida.

Vendo um unicórnio cor-de-rosa dançar polca em cima da minha estante, esta é a sua SEXTA INSANA!

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Artigos da Semana 110

De todos os artigos que eu postei esta semana, dois me chamaram a atenção. Primeiro, o que fala do ex-morador de uma casa que sabia que ela seria demolida mas resolvera fazer uma singela homenagem aos ex-moradores, colando sobre as paredes tiras com os nomes de cada pessoa que passara ali. Uma mini viagem no tempo. Outra viagem neste sentido foi postar sobre o Hino de Nikkal, uma peça de música de muito, muito tempo, com um manualzinho de como posicionar as mãos nas cordas da lira e tocá-la. É uma história a ser contada, ouvida e sentida.

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