Você tá lá falando com a cremosa (ou o boy, seja lá qual for a sua preferência) pelas redes sociais, papo vai, papo vem, um mostra aquilo, o outro mostra aquilo outro, os dois aquilos ficam em plena exposição. Ou vai ficar de conversa no whatsapp e manda aquele nude du neida. Você acha que está sendo muito muderno, né? Sua tataravó achou que você é fofo, ainda mais se ela for Sarah Goodridge, a menina sapeca.

Sarah Goodridge foi uma pintora norte-americana nascida em 5 de fevereiro de 1788. Em 1820, Sarah foi morar com sua irmã Eliza, em Boston, e começou a receber aulas e pintar retratos em miniatura. Pessoal parece que gostou muito do trabalho dela, já que Sarinha ganhou uma bela quantidade de dinheiro, que foi suficiente para sustentar a si mesma e sua família por várias décadas.

Uma das principais obras de Sarah Goodridge, e que por sinal a tornou muito conhecida, foram os retratos do político Daniel Webster. Se você for só um pouquinho malicioso, dará uma risadinha pelo canto da boca e diria “aí tem”. E tinha!

Webster ficou viúvo, e pelo que contam, Sarinha achou tolamente que iria se casar com ele. Como toda periguete, resolveu apelar, e do alto dos seus 40 anos, em 1828, pintou uma das suas obras mais conhecidas: Beauty Revealed (Beleza Revelada), um autorretrato sob a forma de uma miniatura em aquarela sobre uma peça de marfim. Nele, podemos ver um par de arredondados, firmes e maravilhosos seios nus da referida artista, com as dimensões de 6,7 por 8 centímetros (o retrato. Imagino que os seios fossem deliciosamente maiores).

Webster parece ter gostado muito pois manteve consigo o retrato, que foi passado pros descendentes, e a obra só foi vendida num leilão em 1980, e desde 1991 está no Metropolitan Museum of Art, em Nova York.

Por sinal, não adiantou muito, já que Webster se casou com outra mulher; muito mais rica, a propósito. Nesse ínterim, trocou dezenas de cartas com Sarah, e você tem que ser muito ingênuo para achar que não rolou nada entre os dois enquanto ele era casado com cada esposa.

Quando a visão de Sarah já não era a mesma e já não conseguia fazer mais miniaturas, se aposentou em 1851. Dois anos depois, em 28 de dezembro de 1853, Sarah Goodridge artista, livre, doidivanas e apaixonada faleceu. Ela estava com 65 anos e nunca se casara, vivendo para sempre o amor que tinha por Daniel Webster, que sempre guardou uma parte de Sarah, sob a forma de uma pequena obra de arte vinda de uma travessura.