Imagine você estar mineirando (no sentido de trabalhar em uma mina e não tomando uma cachacinha em Belo Horizonte) e de repente encontra uma bola esquisita. Ao examinar mais de perto, viram que aquilo era um esquilo, mas não um esquilo comum. O Scratch ali é realmente da Era do Gelo, um esquilo mumificado que morreu enquanto hibernava há cerca de 30.000 anos.
O defunto pertence a um esquilo do Ártico (Urocitellus parryii), e foi encontrado em 2018, Hester Creek, uma mina de ouro perto de Dawson City, localizada na região de Klondike, no território de Yukon, não muito longe da fronteira com o Alasca. Ele ficou lá no permafrost por milhares de anos, entrando em processo de mumificação natural e quase passa desapercebido, já que não passava de uma bola de pêlos congelada. Deram o nome de “Hester” ao defunto de esquilo, mas eu ainda vou continuar chamando-o de Scratch. Quero nem saber!
Ao ser levado para ser analisado, ninguém deu nada por aquilo, até que, após uma inspeção mais detalhada, os pesquisadores avistaram os pezinhos e garras do esquilo, bem como suas orelhas e cauda. Então, mandaram pro raio-X e o que viram viu…
Antes de escanear o animal, eles temiam que as imagens não ficassem claras; talvez o cálcio dos ossos tivesse se deteriorado durante um período tão longo de tempo. Mas seus raios-X revelaram que o esqueleto do Hester, digo, do Scratch estava maravilhosamente intacto.
Os paleontólogos suspeitam que a bola de pêlos era jovem, mas infelizmente não sabemos como o Scratch bateu as botas. Saudades Eternas do Manny e seus amigos.
Agora, nosso amiguinho mumificado estará sendo bem tratado num museu, que é o lugar dele, como diria o dr. Jones (júnior).
Um comentário em “Encontraram o Scratch, e ele tinha entrado numa fria”