Eu estava pensando no meu amiguinho hoje, no meu chapa, e pensei como as pessoas tem tido animais de estimação desde longos milênio. A rigor, os pets fazem parte da Humanidade desde os tempos antigos, e os egípcios não foram exceção. Animais de estimação no Egito Antigo eram companheiros amados e até mesmo mumificados após a morte. Os cães eram os animais de estimação mais populares no Egito Antigo, por sua referência direta ao deus Anúbis, mas gatos e outros animais também eram companheiros do pessoal do Nilo.

No Antigo Egito, os animais de estimação não eram apenas mantidos como companheiros, mas também tinham um significado espiritual. Como falei, os cães eram mumificados e enterrados na mesma câmara funerária que seus donos.

Os egípcios acreditavam que os cães poderiam protegê-los de espíritos malignos, então, os egípcios os mantinham por perto para proteção, ainda mais que tinha que ser rico para pagar pela mumificação da família toda e do doguinho, e se o cara tinha essa grana toda, essa grana toda precisava ser protegida.

Não apenas isso, acreditava-se que os cães eram mensageiros entre humanos e deuses, fornecendo proteção contra espíritos malignos. Os animais de estimação, de uma maneira geral, não eram vistos apenas como animais, mas também como símbolos de lealdade e fidelidade aos deuses. Como tal, eles desempenharam um papel importante na cultura egípcia durante séculos.

Só para vocês terem uma ideia, a prática de mumificar os doguinhos era tão popular que hoje temos mais múmias de cães encontradas no Egito do que humanos! Um dos motivos é que ninguém saqueava os restos mortais do doguinho. Com ESTE espírito, ninguém queria papo.

Os animais de estimação eram muito valorizados no Egito Antigo, e em alguns túmulos foram encontrados múmias de animais de estimação, como gatos, macacos e até mesmo crocodilos, mas o pessoal do Nilo também mantinha outros animais como pássaros, íbis, gazelas e hipopótamos. Havia até cemitérios para animais de estimação.

Os egípcios também usavam seus animais de estimação para cerimônias religiosas ou oferendas aos deuses. No geral, os animais de estimação desempenharam um papel importante na cultura e na sociedade egípcia antiga.

Os cães eram um caso à parte, pois eram os animais de estimação mais populares. Os cães eram mantidos como companheiros, guardas e caçadores, e até mumificados e enterrados em túmulos junto com seus donos. Os cães eram animais de estimação preferido por reis, nobres e trabalhadores. Embora nem todos os animais antigos tenham recebido nomes, mais de 75 nomes de cães foram identificados e geralmente se referem à cor ou ao caráter do cão.

Que os donos cuidaram de seus cães nesta vida é evidente pelos papiros veterinários descobertos do antigo Egito, como é o caso do Papiro de Kahun.

Kahun foi antiga cidade egípcia no que hoje é a cidade de Al-Fayyūm. Foi erguida para os superintendentes e trabalhadores empregados na construção da pirâmide vizinha de Al-Lāhūn, construída por Sesostris II (que reinou entre 1844 e 1837 A.E.C.), tendo sido abandonada quando a pirâmide foi concluída, tendo deixado vários registros arqueológicos, como suas ruas regulares, construções bem-acabadas e muita cerâmica de diferentes lugares, como Creta e Chipre. Não apenas isso, foram encontrados lá os mais antigos papiros sobre diferentes assuntos, como direito e dos negócios, administração, matemática, medicina e medicina veterinária.

A maior parte dos textos remonta a 1825 A.E.C. e eles geralmente cobriam a extensão do Reino Médio do Egito. Entre os papiros médicos, o da medicina veterinária destaca-se por ser único entre os outros, pois foi provavelmente o primeiro texto documentado discutindo a medicina veterinária na África antiga.

Animais de estimação sempre estiveram conosco. Cães, principalmente. Nós não os escolhemos. Eles nos escolheram para compartilhar as alegrias, tristezas, comida, abrigo, a vítória da caça, o luto pela perda seja de um ou outro. Os Antigos sabiam disso e eternizaram seus amigos para que hoje os vejamos como um só: tutor e pet.