A mamute de 40 mil anos que virou mensageira molecular da pré-história

Imagina a cena: você morre em uma tempestade de neve na Sibéria há 40 mil anos, ainda jovem, seus músculos contraindo pela última vez antes do frio eterno do permafrost te abraçar como um freezer horizontal gigante. Quarenta milênios depois, um bando de cientistas suecos decide bisbilhotar suas últimas atividades celulares como se fossem detetives moleculares investigando uma cena de crime congelada. Pois é exatamente isso que aconteceu com Yuka, uma mamute pequenina que queria vo… nah, ela só queria brincar, mas deu ruim para ela, e milhares de anos depois, em 2010,  seu corpo foi descoberto no nordeste da Sibéria. Continuar lendo “A mamute de 40 mil anos que virou mensageira molecular da pré-história”

Como dinossauros viraram múmias de 66 milhões de anos

Imagine morrer de sede no meio de um leito de rio seco, seu corpo ficar ali torrando no sol do Cretáceo por uma ou duas semanas, e então – ÇURPRAISE, MODAFÓCA! – uma enchente repentina te enterra sob toneladas de sedimento. Parece o roteiro do tipo Premonição, com aquelas mortes desagradáveis, certo? Pois bem, para alguns sortudos Edmontosaurus annectens, um dinossauro do tamanho de um ônibus e com bico de pato, essa sequência trágica de eventos acabou sendo o bilhete dourado para a imortalidade científica. E agora, 66 milhões de anos depois, paleontólogos da Universidade de Chicago estão usando esses cadáveres mumificados para finalmente responder àquela pergunta que você nunca soube que tinha: como eram realmente os dinossauros quando estavam vivos, com toda sua carne, pele escamosa e… cascos? Continuar lendo “Como dinossauros viraram múmias de 66 milhões de anos”

A descoberta do fogo em meio ao gelo

Olhando a vastidão gelada e desolada da minha janela no Rio de Janeiro, com temperaturas glaciais de 21ºC, eu fico imaginando viver em um mundo coberto por gelo, no qual o fogo não era apenas uma ferramenta de sobrevivência, mas também um símbolo de engenhosidade e progresso. Durante a Idade do Gelo, entre 45.000 e 10.000 anos atrás, nossos tatatatatatatataravós enfrentaram desafios extremos para dominar o uso do fogo. Mas como foi o domínio do fogo em condições tão adversas.

É o que uma pesquisa propõe responder por meio de uns cantinhos queimados há muito, muito tempo! Continuar lendo “A descoberta do fogo em meio ao gelo”

Encontrado tataravô peruano do Zé Jacaré

O deserto de Ocucaje, no Peru, é um lugar fascinante. Esse deserto era um lugar de encontro de criaturas marinhas extraordinárias: baleias que caminhavam, golfinhos com rosto de morsa, tubarões com dentes do tamanho de um rosto humano, pinguins de penas vermelhas, preguiças aquáticas. Ocucaje guarda segredos de um tempo em que não era uma imensa paisagem árida, mas sim um ambiente exuberante, quente e úmido, repleto de vida. E foi nesse cenário, há cerca de 10 milhões de anos, que um jovem crocodilo deslizou por rios em busca de peixes, um predador eficiente e adaptado à vida aquática; mas a tragédia se abateu sobre ele e nosso amigo réptil nunca mais voltou.

Agora, o fóssil desse nosso amigo rastejante emergiu das areias desérticas, oferecendo um vislumbre fascinante sobre um passado do Peru! Continuar lendo “Encontrado tataravô peruano do Zé Jacaré”

Mamífero sai na porrada com dinossauro, ganha, mas não leva

Você pode achar que dinossauros eram lagartos fidaputas, enquanto mamíferos ficavam fugindo, se escondendo pelos cantos. Se para você um dinossauro é um T-rex, até faz sentido este pensamento, mas devemos lembrar que muitos eram do tamanho de galinhas. E sim, Jurassic Park mentiu pra você e velociraptors não eram daquele tamanho.

Para ficar evidenciado que nem todo dinossauro é badass, temos o incrível fóssil de um mamífero atacando um dinossauro, cravando-lhe os dentes no momento que acontece seu destino final. Continuar lendo “Mamífero sai na porrada com dinossauro, ganha, mas não leva”

Neandertais também sabiam fazer fogo e curtiam braseiro

Todo mundo sabe que numa disputa pela sobrevivência, quem detém as melhores habilidades ganha; a isso soma-se a tecnologia, não só em feitura, como manuseio. Quem é senhor da melhor tecnologia, tem larga vantagem. Costumam alegar que os neandertais perderam a competição pros Homo sapiens pelo fato desses últimos dominarem o fogo, enquanto os neandertais eram broncos e não eram capazes de produzir, manter e dominar o fogo. Sim, faz total sentido pensar isso, só que recentes descobertas mostram que pode não ser bem assim, e neandertais sabiam se virar muito bem com o fogão. Mesmo porque, ainda não havia micro-ondas e nem… AIRFRYER!

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Cientistas fazem tomografia de um crânio de ave de parentesco coladinho com dinossauros

Todo mundo que frequentou um colégio decente, lê Ceticismo.net ou, melhor ainda, as duas coisas, sabe da clara ligação entre aves e dinossauros, ainda mais que dinossauro gigantão era coisa rara e o velociraptor boladão era pouco maior que uma galinha. Uma galinha MUITO mau-humorada. Obviamente, os defensores do mito chamado “Criacionismo” querem sempre mais e mais provas, apesar de mais e mais provas serem mostradas (o que só vale para um lado. Eles nunca provam o PUF! UM ELEFANTE!). bem, se querem mais privas, ok, toma mais provas: o Ichthyornis dispar. Sim, temos mais fósseis deste antigo pássaro.

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Os Amonites

Os amonitas eram formados pelo povo filho de Amom que habitava a área ao leste do rio Jordão, de Gileade e do mar morto, no que hoje é a Jordânia, cuja capital (hoje, Amã) formava um conjunto das principais cidades. Claro, você deve estar pensando se eu cometi um erro de grafia no título, mas, não. O assunto não é sobre os povos semíticos de um trecho da Palestina do século IX, e sim sobre moluscos cujos primeiros exemplares surgiram no período Devoniano Tardio, em torno de mais ou menos 360 milhões de anos, tendo ido para a vala junto com os dinossauros na extinção do Cretáceo-Terciário.

(não pergunte por que eu fiz isso. eu mesmo não sei)

No meio de uma floresta, um mamífero mostra o dedo médio para todos eles.

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Pesquisadores encontram carrapatão velho que mordeu dinossauros

Eu sei que você achou maneiro aquele lance de mosquitos no âmbar, extraindo deles o sangue de dinossauros que foram picados e assim libera um T-rex atrás de jipes. Apesar do leve fundo de verdade, 90% é pura ficção; e o fundo de verdade é que sim, consegue-se ter mosquitos bem preservados em âmbar, mas não é só eles.

Menos glamouroso que o filme e o livro, cientistas estudam outro tipo de bicho que ficou preso no âmbar depois de ter chupado (ÊPA!) os dinossauros. NO caso, o animal em questão são carrapatos.

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Descoberto mais um tatatatataravô dos dinossauros

“Convergência” é o nome que se dá ao processo evolutivo em que duas espécies distintas – até mesmo de classes diferentes – acabam convergindo para alguma característica semelhante. Um perfeito exemplo são os golfinhos (mamíferos) e tubarões (peixes), que possuem morfologia externa semelhante, ainda mais que ambos vivem no mar, e qualquer diferencial que propicie uma vantagem hidrodinâmica garante o almoço ou escapar de ser o almoço. Por convergência, eles acabaram com um formato bem parecido.

Agora, uma recente pesquisa mostra um outro exemplo de convergência que ocorreu, com um réptil mais velho que a sua sogra e mais velho que dinossauros, sendo que estes últimos apresentaram características bem semelhantes. Parentes?
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