Katherine Johnson alcança a imortalidade aos 101 anos

Hoje é segunda-feira de carnaval, mas apesar de toda festa e folia, alguns olhos ficaram marejados. Levantados de suas tábuas e réguas de cálculos, algumas pessoas fecharam os olhos e fizeram um minuto de silêncio, pois sua musa inspiradora. Entendam, eu sou do tempo que “musa” não era uma dona seminua siliconada, mas alguém que inspira ações e produções nas artes e ciências. Um exemplo deste tipo de pessoa é Katherine Johnson, aquela que ajudou a mandar o Homem à Lua e voltar em segurança.

Infelizmente, mrs. Johnson resolveu misturar-se com os éons numéricos do Espaço-Tempo, falecendo aos 101 anos de uma vida bem vivida e plena de realizações.

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Aprenda a fazer o fazer o melhor café do mundo usando matemática e falta do que fazer

Existe uma raça de gente insuportável que enche o saco de todo mundo: são os “especialistas”. Pode ser em qualquer coisa, como enólogos, por exemplo. Eno-chato é um nojo de criatura. Certa vez chamaram um monte de eno-chato para testar uns vinhos. Entre as observações sobre o “om amadeirado e as notas frutadas”, o que eles estavam provando mesmo era o velho conhecido Sangue de Boi.

Outra classe insuportável são os metidos a baristas. O vagabundo não toma café, despeja um arsenal de bobagens sobre o tom do café, mas se bobear, não diferencia o café arábica do cacete a quatro com aquele sabor horroroso do Starbucks com café Capital. Pelo menos, o Café Capital é honesto e não se oferece como algo com requinte a um preço carérrimo. É ruim, mas é honesto.

Mas agora, matemáticos resolveram como fazer o café perfeito: usando equações matemáticas (e não será com Báskhara, que efetivamente serve pra algo).

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Grandes Nomes da Ciência: Emmy Noether

Assim, senhora. Muito, muito bom. Um pouco mais pro lado. Pode olhar um pouco pro lado? Sim, assim. Olhe, senhora, acho que se colocar a mão no encosto dessa cadeira ficará melhor. Sim, tá lindo. Não respira.

Emmy está ali, imponente, reta, com um olhar calmo, a boca entreaberta, mas é a resolução em pessoa. Lhe disseram que ela não poderia fazer coisas. Ela não deu bola, fez o que não poderia ser feito. Lhe disseram que não alcançaria nada de muito relevante. Hoje seu nome é pronunciado com respeito e admiração. No tempo que mulheres eram parte do adereço de casa, ela mostrou seu lugar no vasto mundo dos números. Infinitos, racionais, belos e fascinante.

Hoje é dia 23 de março e é dia de Emmy Nother.

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Grandes Nomes da Ciência: Sophie Germain

A saia farfalha enquanto o som dos sapatos soam pelo assoalho. O corpo empertigado, bem modelado pelo espartilho, lhe dá aparência altiva, mas sua altivez vai mais além. O verdadeiro mérito vem do que está acima do corpo, dentro da cabeça. Os passos levam a ilustre dama a virar à esquerda, depois, á direita. Ao chegar, foi recebida tanto como espanto, como admiração. Ela era simplesmente a primeira mulher a pisar por seus próprios méritos, e não como acompanhante, na mais prestigiada instituição francesa: O Institut de France.

Essa é a história da responsável por grandes feitos, desde o entendimento dos números até a construção da Torre Eiffel. Seu nome é Sophie Germain.

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Grandes Nomes da Ciência: Simon Stevin

O homem com roupa estranha e gola esquisita está de pê, no campo molhado. O vento faz farfalhar sua capa. Os pés molhados não esfriam seu ânimo. Olhando a construção, e sentindo que o vento é seu amigo, mas o barulho ensurdecedor de madeira batendo agride sua autoestima, seu bom gosto e sua técnica.

O homem sabe que pode resolver aquilo. Ele resolve, usando talvez a mais inútil de todas as coisas à primeira vista. Ele com seu cérebro, o homem usa os poderes frios dos números para fazer milagres.

O homem é Simon Stevin, e se Simon diz pros números “Ajudem-me”, os números fazem o que Simon mandou.

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Francês calcula número pi com 2,7 trilhões de dígitos

Esta notícia pode ser de incrível inutilidade, mas é legal mesmo assim. :D

Fabrice Bellard é cientista da computação, nascido em Grenoble, França, e é bem conhecido (dos nerds da área) por ter sido o fundador dos projetos FFmpeg e QEMU. Ele também desenvolveu uma série de outros programas, como um gráfico 3-D para um compilador C compacto, o Tiny C Compiler (o TCC).

Como cientistas assim não sossegam, ele resolveu fazer… bem, ele não resolveu… ele fez! Ele conseguiu calcular o valor do número pi (π) até quase 2,7 trilhões de dígitos, 123 bilhões de dígitos a mais do que o recorde anterior, usando um computador comum, gastando para a empreitada exatos 131 dias para completar o cálculo e checar o resultado. Só armazenar esta nova versão do número pi é necessário mais de um terabyte de espaço no disco rígido. Na boa, o cara é fera! Continuar lendo “Francês calcula número pi com 2,7 trilhões de dígitos”