
Os límpidos olhos cinzentos contemplam o momento. Empertigado em seu traje de gala, o corpo ereto, as costas firmes, o queixo decisivo. Seu nome é chamado junto com seus companheiros. Passo a passo, eles entram no local da cerimônia e seus movimentos são registrados graças à sua maior invenção, seu trabalho, suas pesquisas. Um daqueles homens era o homem mais velho a receber o prêmio Nobel até então, e o prêmio recebido – apesar da injustiça cometida no dia – é mais do que merecido, pois sem a referida pesquisa, o mundo como você conhece não existiria.
O idoso que entrou contava com 97 anos de idade ,a época e é um revolucionário, mas um revolucionário de verdade, não algum adolescente com camisa imunda e cheiro de 5 dias sem banho. O homem é John Goodenough, e sua pesquisa é boa o suficiente para dizermos que ele mudou o mundo. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: John Goodenough”

Peixes-robôs nem são mais novidade. A não ser site de notícias brasileiros que acharão isso aqui o supra-sumo da inovação, quando o que é realmente destaque são os detalhes, e não o peixe em si. Agora, imaginem um peixe-robô com algo semelhante a sangue. Aí é uma bela inovação, certo? Não, não é sangue-sangue, mas algo que em princípio seria bem semelhante, se os detalhes não diferissem. Mas quem quer um sistema robótico 100% semelhante a um ser vivo?
Se vocês me acompanham há muito tempo, devem ter lido vários artigos sobre epilepsia. Alguns tratamentos com medicamentos, outros usando optogenética. Entretanto, para os casos bem graves, a ciência não descobriu um medicamento ou tratamento realmente efetivo. Ainda estamos tateando no escuro, mas parece que agora estamos perto do interruptor; ou, pelo menos, estamos indo até ele.
Um dos maiores problemas da Alemanha foi a Primeira Guerra Mundial. Eles começaram a ficar sem amônia, que é muito legal para produzir fertilizantes, mas também explosivos. Os aliados começaram a limitar o recebimento de salitre do Chile até esgotar de vez a fonte. Então, Fritz Haber desenvolveu o processo de síntese da amônia, tendo sido auxiliado por sua esposa Clara Immerwahr. Este processo é o chamado Haber-Bosch e praticamente extrai da atmosfera hidrogênio e nitrogênio do ar para produzir a amônia, de fórmula NH3. Só que aí tem outro problema: O nitrogênio é muito estável e se gasta grande quantidade de energia para promover a reação. As moléculas de nitrogênio e hidrogênio devem ser aquecidas a uma temperatura entre cerca de 350 e 550ºC, a uma pressão estúpida de 149,7 a 347 atm (1 atm é a pressão atmosférica ao nível do mar), com a presença de catalisadores à base de ferro. Ou seja, é uma bosta!
Os dois homens descem ao interior da Terra para explorá-la e tirar suas riquezas. Ao chegar nas profundezas, os homens caminho para o trabalho. Sim, eles têm medo, mas também têm esposas e filhos. Eles precisam do dinheiro. Mais e mais eles adentram ao túnel. Há algo estranho no ar pesado. O carvão está logo ali adiante, mas tem algo errado. Nas mãos, uma lanterna com uma chama bruxuleante. Logo eles percebem o que tem de errado: gás. Uma garra gelada segura suas espinhas, já que o gás emanado é altamente inflamável e a chama da lanterna ia fazer tudo aquilo explodir. Eles param e esperam a morte em meio a chamas… mas nada acontece.
Vamos ser honestos: combustíveis fósseis são uma droga, mas é o melhor que temos até agora. A densidade energética compensa os danos, já que as alternativas (que também são poluentes) apesar de serem mais baratas, nem sempre são mais eficientes. Fala-se muito em carros elétricos, o que é lindo se a eletricidade fosse produzida pelo bater de asas de fadinhas e transportada por crinas de unicórnios. O carro a álcool é excelente, apesar de não tão eficiente e mesmo assim causa problemas: emissão de CO2 , embora não tendo os problemas das outras emissões, o gás carbônico já ajuda a causar um belo problema em termos climáticos.