É um erro comum achar que o Brasil é um país laico. Ele não é laico, nem é teocrático. O Brasil carece de uma classificação própria. O Brasil é o Brasil. A prova disso é a total falta de noção em todos os 3 Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Os dois primeiros é por culpa da população burra que os elege, mas e o Judiciário? Nós não elegemos juízes (não que se o fizermos será algo melhor).
Resultado? Mais uma vez (frise-se) uma carta psicografada foi usada durante um processo de homicídio e foi o bastante para livrar a cara do réu.
Continuar lendo “Carta psicografada é usada em julgamento, mas o Brasil é laico”

Uma das historinhas mais divertidas da Bíblia é quando Salomão apartou briga de lavadeiras que estavam indo nas vias de fato para saber de quem era o filho. O rei jogou um migué que ia cortar a criança ao meio e dar a metade para cada uma. Uma disse "tamos aí", enquanto que a outra (de cabelo cheio de laquê e com a cara cheia de maquiagem) diz que Jacó Caldero de Almeida Santiado devia ser entregue à outra. Salomão estufou o peito que nem pombo, afiou os bigodes e ajustou seu pince-nez dizendo "minha filha, o filho és teu". É uma história babaca, pois se fosse verdade, as duas continuariam a disputa e mãe de verdade lutaria até à morte. Assim são as mitologias.
Advogados são criaturas que fugiram do mundo de Qward, no universo de anti-matéria. Advogados vivem num mundinho próprio, onde as leis que usam são aquelas que suas mentes acham que valem, como no caso do 2 + 2*. Eles são tão bitolados que se dizem "estudantes de Direito", apesar do contra-senso. Quando se coloca o fator religioso, então, temos a insanidade beirando níveis épicos, como o caso de um estudante de advocacia (que nunca fará nada direito na vida) resolveu entregar um TCC sobre como Jesus é um cara maneiro e é importante para os presos.
Se tem duas coisas que realmente infinitas é a ignorância boçal das pessoas e a estúpida ideia que querer aparecer. O Universo, sabe-se, não é infinito. Quando alguns desses idiotas usam terninhos lindinhos e enchem a boca (não nesse sentido) para dizer que são advogados, temos o vislumbre do desastre.
Recentemente, o exame unificado da Ordem dos Advogados do Brasil ganhou, novamente, espaço no noticiário nacional. Problemas relacionados com a prova prático-profissional deste último (2010.2) alimentaram a chama da discórdia entre os bacharéis que dividem opiniões. Em meio a indignação dos acadêmicos e dos recém-formados ressurge a questão: Por que o exame de ordem é importante para a sociedade?