|
AVISO Parem de ler imediatamente. Não reclamem depois. |
Bom, acharam os restos dos restos que era o crânio conhecido como “Luzia”, o fóssil humano nativo das Américas. Segundo o que sobrou do Museu Nacional (lamento, mas eu tenho que falar assim. O Museu foi destruído para sempre. O que vão fazer é outro museu. Alguém tem que falar a verdade), os ossos, que já não estavam tão ótimos assim, foram encontrados em estado mais deplorável, graças a uma sortuda incompetência generalizada. Se antes a caveira não estava totalmente preservada, do que tinha lá só acharam 80% (entenderam o “resto do resto”?). O anúncio foi eito ontem (19/10), mas não disseram quando encontraram a ossada.
Continuar lendo “Acharam o que sobrou da Luzia. Sabem o que isso significa?”

O Museu Nacional foi destruído. Mal sobraram as paredes e umas pouquíssimas coleções. Tudo perdido. Tudo virou cinzas. Tudo virou lágrimas e desespero. A incompetência generalizada deste país fez com que 200 anos de Museu e bilhões de anos de história se perdessem. Começou o empurra-empurra de responsabilidades, quando, no final, ficará por isso mesmo.
Eis-nos aqui. Era para ser um momento de celebrarmos, ainda com tristeza. Mas não há como. Não é uma morte que veio de causas naturais, a não ser que por “natural” você entenda o descaso patente de uma tribo burra, selvagem e ignorante. Um bando de incultos que não têm apreço pela Cultura. Ninguém pareceu se importar no estado até que as chamas irromperam. Séculos de escritos, documentos e pesquisas estão perdidos. Não adianta sequer imaginar a reconstrução física, pois o valor que lá tinha poderia ser alocado numa choupana que ainda assim seria inestimável. Talvez, numa choupana estivessem mais seguros.
“Era uma vez um homem que teve um sonho: Ir até alua, colocar os pés lá e voltar em segurança”. Isso até podia ser início de algum seriado dos anos 80 (bem, quase isso), mas foi Kennedy, não por amor à Ciência ou ao espírito aventureiro, mas para mostrar pros soviéticos que se eles podiam mandar o Homem à Lua, eles podiam meter um ICBM no meio do Kremlin quando quisesse. 
Nosso mundo é chato, sem graça, sem mistérios ocultos ou corporações malignas. Queremos ter explicações para tudo, e quando se recorre à Ciência, do alto de sua humildade ela não tem medo de dizer quando não sabe.
Lá pelas tantas, vocês já devem estar até o pescoço com água, lama ou de notícias sobre o temporal apocalíptico que arrasou as cidades da região serrana do Rio. Vale lembrar aquela frase mais do que batida: Crônicas de uma tragédia anunciada. Entra ano, sai ano e a coisa é sempre a mesma. Frentes frias, alta umidade, chuvas torrenciais e desmoronamentos. Todos se unem em oração, lamentos pelos quatro cantos do pais e nada é feito pra resolver o problema. Não adianta chorar o leite derramado se continuamos segurando a jarra de forma errada e o leite continuará caindo de novo e de novo.
De acéfalos eu não espero grande coisa em termos de ideias e argumentação. Tais idiotas só servem de escárnio e alvo de chacota. Mas quando lidamos com pessoas mais, digamos, esclarecidas (se é que realmente o são) falando merda, devemos puxar o freio de mão e dizer: WHAT PORRA IS THIS? Falo isso pois em