Rios muy amigos botando gás carbônico pra fora e ferrando nossa vida


à meia-noite eu vou aquecer o seu planeta!

Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que havia uma espécie de cofre subterrâneo onde o carbono antigo dormia em paz, intocado há milênios. Um descanso digno, protegido por camadas de solo, rochas e otimismo geológico. Mas acontece que esse carbono resolveu acordar, bocejar e, de forma nada discreta, dar um pulinho nos rios — e, de lá, voltar direto para a atmosfera em forma de CO₂. Sim, senhoras e senhores, o passado voltou. E está no ar.

Um estudo mostrou que mais da metade do carbono que os rios liberam na atmosfera não é material orgânico fresquinho, recém-chegado da decomposição de folhinhas caídas, como se imaginava. Não. É carbono velho. Muito velho. Tipo aposentado há milênios, do tipo que veio de camadas profundas do solo ou de rochas que vêm sendo intemperizadas desde quando mamutes ainda estavam de pé. Continuar lendo “Rios muy amigos botando gás carbônico pra fora e ferrando nossa vida”

O rio que empurra o gigante para o céu

O majestoso Monte Everest, o pico mais alto do mundo, sempre foi um símbolo de grandeza e desafio. No entanto, o que muitos não sabem é que sua altura imponente pode ser influenciada por algo aparentemente insignificante: um simples curso d’água. O rio Arun, com sua força erosiva, está esculpindo a base da montanha e, paradoxalmente, empurrando o Everest ainda mais alto. Essa interação fascinante entre a água e a rocha revela como até mesmo os elementos mais poderosos da natureza podem ser moldados por forças sutis e inesperadas.

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Para resolver tragédia do rio Doce, chamaremos cientistas, SQN!

A República Federativa de Banânia tem sérios problemas. Esses problemas começaram quando Cabral chegou aqui como emissário do Rei (não, ele não frequentou a Escola de Sagres nem poderia, já que ela não existiu) e Pero Vaz de Caminha pede um emprego pros parentes no final da sua famosa carta que falava das vergonhas de fora das índias. Com o passar do tempo, criamos medo,. aversão, raiva, ódio e caímos no sofrimento para com a Ciência. O Brasil é o país que odeia Ciência, cientistas e qualquer coisa que esteja minimamente ligado ao conhecimento.

Depois do desastre catastrófico que aconteceu no município de Mariana, MG, transformando a cidade e adjacências em algo digno de filme pós-apocalíptico que faria Mad Max parecer representar uma caixinha de areia num parquinho. Dessa forma, o que podemos fazer para resolver a situação? Chamar as maiores mentes científicas do país, como engenheiros (de todas as áreas) biólogos, botânicos, ecologistas (de verdade, com formação e não abraçadores de árvores), químicos, médicos e outros profissionais técnicos, certo?

Busca por água acelerou Evolução Humana

Eu sempre digo que a Seleção Natural dá, assim como tira. E, assim como hoje, água sempre foi um problema, a não ser que você seja um daqueles que acredita na revista Sentinela em campinhos verdejantes, pessoas (brancas) bem vestidas, rechonchudinhas e bebês de olhinhos tão claros quanto o do Nosso Senhor Jesus. Buscar água sempre foi um problema, ainda mais quando você está perto da praia e o motivo você sabe (ou deveria saber) o por quê.

A capacidade de nossos ancestrais para se movimentar e encontrar novas fontes de água subterrânea durante períodos extremamente secos foi um fator-chave para a nossa sobrevivência e aparecimento e evolução da espécie humana.

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Por que as águas dos rios Negro e Solimões não se misturam?

Desde pequenos aprendemos fatos básicos de Geografia. Sabemos que o ponto mais alto do Brasil é o Pico da Neblina, como seus 2.993 metros de altura. Sabemos que ele fica no Amazonas, que também é o maior estado brasileiro, o qual também abriga o maior rio em volume de água do mundo, o Amazonas, o qual alguns dizem ser o maior rio em comprimento, embora a maioria concorde que o mais longo é realmente o Nilo (thanks, Raccoon).

Você sabe, porque frequentou colégio, que o Rio Amazonas só recebe este nome depois do encontro como o Rio Negro e o Rio Solimões. E também já ouviu falar que a água dos dois rios não se misturam. É verdade ou farsa do colégio? Só o Livro dos Porquês para responder!

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