Marinheiros, amuletos e o medo do oceano

Enquanto os livros de história celebram os heróis de pólvora seca, os conquistadores dos sete mares e os impérios que dominavam os oceanos com bandeiras flutuando ao vento, quem realmente enfrentava o capeta líquido dia após dia eram os marinheiros. Esses sim merecem um capítulo à parte; não por bravura, mas por desenvolverem uma verdadeira mitologia flutuante pra lidar com um ambiente que cuspia tormentas com a frequência de um adolescente em crise. Continuar lendo “Marinheiros, amuletos e o medo do oceano”

Quando um fazendeiro Norueguês tropeçou na Netflix da Era Viking

Imagine a cena: é agosto de 1904, você é um fazendeiro norueguês cavoucando o próprio quintal porque… sei lá. Parece que isso é comum por lá. Cartas para a Redação. Bem, o cara lá fuçando o quintal bate a enxada em algo que claramente não era raiz teimosa, nem pedra, nem papel ou tesoura. Era madeira! Madeira muito, muito antiga. Knut Rom, nosso protagonista involuntário desta história, provavelmente teve o mesmo sentimento de quem encontra uma pasta perdida no computador e descobre que ela contém todos os memes raros dos últimos dez anos. Só que, no caso dele, a pasta continha mil anos de história viking condensados em 22 metros de carvalho esculpido que faria qualquer cenógrafo de Game of Thrones ter um ataque de inveja.

Rom havia acabado de descobrir o navio de Oseberg. Continuar lendo “Quando um fazendeiro Norueguês tropeçou na Netflix da Era Viking”

A jornada moderna pelas desafiadoras rotas vikings

O inclemente vento açoita ferozmente as velas de linho rústico, enquanto o rangido das madeiras ancestrais se curvam e protestam contra o turbulento mar. O céu nublado é refletido nas águas frias da Noruega e se põe contra o bravo guerreiro que não sente medo, e a vontade de vencer desafia Njörd, o deus do mar. A bordo de um pequeno barco, sem tecnologias que  vikings desconheciam, como um GPS, sem motor, sem nem ao menos um café quente, o homem conta com toda a sua coragem, sua vela… e, com sorte, o bom humor de Thor antes que ele decida testar seus trovões. Continuar lendo “A jornada moderna pelas desafiadoras rotas vikings”

A aventura no mar em um timelapse

Eu já postei timelapses de viagens de navio antes. Parecem todas iguais, mas não é bem assim. Ainda há aquele senso de aventura. O mar à sua frente, o desconhecido aguardando. Mesmo com as atuais tecnologias de navegação, sempre é um risco, tudo é um risco.

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15 dias de aventura no oceano

Eu já postei um timelapse do JeffHK, em que ele passa um mês no mar, a bordo de um navio cargueiro. Me lembrei disso hoje e pensei: por que não postar mais um vídeo dele? Bem, o vídeo a seguir mostra duas semanas de filmagem ininterrupta,  em que se produziu 62 mil arquivos com um total de 1600 GB, junto com 500 GB de arquivos de vídeo renderizados para combinar neste vídeo. E fiou muito legal!

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O naufrágio do navio romano num documentário

De manhã, eu estava vendo a série Tesouros Perdidos de Roma, da National Geographic, no Mickey+. Achei meio caótico, já que cada episódio traz muitas pesquisas simultaneamente, num intervalo de menos de 50 minutos, mas ok. Achei um bom programa, com a qualidade visual da NatGeo. mas identifiquei um problema no segundo episódio.

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Navegar é preciso. Registrar em vídeo mais ainda

Imagine-se viajando por longo tempo pelo mar, indo de porto em porto. Bem, esta é a vida de uma tripulação de navios de carga. O mar aberto, cruzando vários oceanos, diferentes portos, enfrentando climas muito diferentes, tempestades, noites enluaradas, tempestades elétricas, diversos nascer e pôr do Sol, a lua cheia iluminando tudo. Um quê de aventura, de magia, de solidão, de mistério, de excitamento, de tédio. Um pouco do que nossos antepassados passaram ao desbravar rotas nunca antes imaginadas. Continuar lendo “Navegar é preciso. Registrar em vídeo mais ainda”

Belyanas: os imensos navios que não eram bem navios

Eu gosto da Rússia pelo seu pragmatismo e exagero, muitas das vezes justificado. O modo russo de ser acaba nos fazendo olhar para eles e perguntar-nos “mas como é que pode?”. São russos, você não pergunta. Um exemplo disso são as belyanas, em russo: беляна. Esta palavra deriva do termo belyi (белый) que significa “branco”. Eram imensos navios construídos para transportar madeira. Continuar lendo “Belyanas: os imensos navios que não eram bem navios”

Pau velho inglês mostra os segredos dos antigos fazedores de barcos

Eu gosto de coisa velha (não a ponto de querer algum enlace carnal com yo momma, pois não vamos exagerar). Imaginem que descobriram um incrível barco de madeira muito, mas muito, mas muito antigo. Imaginem que esta madeira tem cerca de 8 mil anos, e este barco não era nada pequeno. Pensaram? Imaginem que maravilhoso e que histórias ele teria para contar. Seria mágico e se bobear, parte da história mitológica de alguma religião.

Não, não ESTE barco. Estou falando de uma embarcação encontrada na Ilha de Wight, que fica a sul de Southampton e a leste de Yarmouth, Inglaterra.

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A Ciência do Submarino de Garrafa PET

Você conhece aquela experiência do submarino na garrafa PET. Alguns usam um vidrinho, outros uma tampa de caneta. Normalmente, fala-se que aquilo demonstra o Princípio de Pascal, o que está correto, mas esqueceram outros efeitos que estão ali presentes e merecem ser demonstrados e explicados.

Aqui veremos os efeitos que aparecem num simples subir e descer de um frasquinho. Agarrem seu Newton de pelúcia e nos acompanhem.

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