
Quando você vai ao médico hoje, existe um acordo tácito sobre o que esperar: exames de sangue, talvez uma receita de antibióticos, no máximo uma recomendação para cortar o glúten. O que definitivamente não está no cardápio é um exorcismo, uma consulta astrológica ou a informação de que você precisa adiar o tratamento porque uma deidade está passeando pela sua coxa esquerda neste dia; mas nem sempre foi assim. E para entender o quão diferente as coisas já foram, precisamos voltar mil anos no tempo e atravessar o planeta até chegar ao Japão do período Heian. Continuar lendo “Gengibre, exorcismo e uma deidade viajante no seu corpo: o kit médico do Japão Medieval”







Todo mundo quer um bichinho de estimação. Quando eu era criança, pedi pro meu pai um animalzinho para eu brincar e fazer companhia. Ele me perguntou se eu queria um cachorro, um gato ou um periquito (aquário eu tinha e ainda tenho até hoje). Eu disse que não, que queria um escorpião daqueles pretões do deserto. Bem, meu pai não me deu meu bichinho querido, perguntou se eu era maluco e fiquei traumatizado pelo resto da vida.
Japa que é japa não vive sem testar coisas onde nenhum ser humano (normal) jamais esteve. Em termos de robótica, eles sempre andam surpreendendo (ou surpreendendo de forma negativa,
Eu nasci no condado de Armagh, no Ulster (o que normalmente chama-se erroneamente de Irlanda do Norte), no ano de Nosso Senhor de… bem, não interessa. Vim para o Brasil ainda bem pequeno e tenho direito a 3 nacionalidades e provavelmente uma quarta (história muito longa que eu não contarei. Morram de curiosidade!). Sou mais brasileiro que muitos de vocês, desculpem. Falo e escrevo corretamente, sei os hinos (Nacional, da Bandeira etc.) e servi nas Forças Armadas. Tive uma boa formação moral, o que é mais importante que todos os diplomas que eu conquistei. Ainda assim, tenho vergonha de morar aqui, de dizer que sou brasileiro e ver a expressão de reprovação, muitas vezes merecida. Eu queria morar no Japão, ser japonês. O Brasil começou errado e continua errado. Quando na carta de Pero Vaz de Caminha, ao relatar o descobrimento (aka tomada de posse), ele pede favores do Rei aos seus familiares. O corporativismo e nepotismo começaram aí.