Quando Júpiter cuspiu asteroides no Sistema Solar Interior

Imagine que você é um vizinho pacato em um bairro residencial quando, de repente, o sujeito da casa ao lado decide reformar o quintal e, no processo, acidentalmente joga pedras no seu telhado por anos e mais anos a fio e você sequer tem como reclamar pois o vizinho é bem maior que você. Agora multiplique essas pedras pelo tamanho de montanhas, adicione velocidades absurdas, e troque o vizinho chato por Júpiter, o planetão gigantão que, há 4 bilhões de anos, decidiu que seria uma excelente ideia fazer uma pequena reorganização no Sistema Solar. Continuar lendo “Quando Júpiter cuspiu asteroides no Sistema Solar Interior”

O corpo safado que fez a Terra levar ferro

Estrelas (entre elas o nosso Sol), são basicamente formadas por hidrogênio e hélio. Naquela imensa fornalha termonuclear, núcleos se fundem produzindo elementos cada vez mais pesados. Dependendo do tamanho da estrela, elas podem explodir sob a forma de supernovas, espalhando todo o seu material estelar. Quanto maior a estrela, mais núcleos pesados são formados. Hidrogênio se funde em hélio, que podem se fundir formando lítio, boro e carbono. Estrelas de massa realmente alta (para padrões de estrelas, e nosso Sol nem é tão grande assim) irão iniciar a queima de núcleos de carbono e estender mais a sua existência. As de massa ainda maior irão também fundir neônio depois de usar o carbono e assim por diante. Isso até produzir ferro, então, tudo muda. A síntese de núcleos mais pesados a partir do ferro absorve ao invés de liberar energia, e a estrela começa a esfriar. Com o tempo, este nucleozão de ferro comporá asteroides. Estes asteroides são capturados pela gravidade terrestre e cruzam os céus; então, recebem o nome de meteoros. Quando caem no chão, a rocha formada é chamada de “meteorito”.

Pronto, resumi bem a origem do ferro no planeta. Já posso abrir uma cerveja porque meu trabalho está feito, certo?

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A superfície quebrada da Terra e quem foi seu causador

Você aprendeu no colégio sobre placas tectônicas, e como elas moldaram os continentes ao longo dos milhões de anos. Seus chiques e afastamentos mudaram e mudam a geografia do planeta, ainda que não seja facilmente observável, já que elas se movem na ordem de alguns poucos centímetros ao ano. Há muito tempo, a casca externa da Terra se partiu em pedaços, que agora chamamos de placas tectônicas; isso todo mundo sabe. A grande pergunta é: como?

Bem, é o que um novo estudo abordando as origens das placas tectônicas procura responder.

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Oxigênio demonstra como um choque fez a Lua ser criada

Todos nós sabemos que a Lua tem luz própria, pois é um luzeiro, surgida no quarto dia da Criação para iluminar a noite, o que mostra que ela é mais foda que o Sol, que Deus deixou para iluminar o dia, que já era claro lá pelo primeiro dia da Criação.

Se está na Bíblia, é verdade. O problema é que o mundo natural é ateu-satanista e insiste em ter evidências do contrário. Sabemos que com fatos pode-se provar qualquer coisa, mas agora vestígios de isótopos de oxigênio demonstram que a teoria do grande choque entre a Terra e um imenso corpo celeste deu origem à Lua.

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Lembranças da infância terrestre

A Terra foi formada há estimados 4,54 bilhões de anos, assim como os demais planetas do Sistema Solar. Lamento, pessoal, mas eu tinha que reafirmar isso. Podem chorar à vontade.

Muitos alegam que não há registros disponíveis desse início, mas a Ciência sempre surpreende (principalmente aos idiotas que a subestimam). Um grupo de pesquisadores norte-americanos acaba de descobrir a mais antiga amostra de que se tem notícia: Trata-se de um veio rosado de rochas na costa leste da baía de Hudson, ao norte de Quebec, no Canadá, que análises geoquímicas confirmaram ter 4,28 bilhões de anos. A idade supera em pelo menos 250 milhões de anos as rochas mais antigas até então conhecidas. Continuar lendo “Lembranças da infância terrestre”