Como flores coevoluem com polinizadores

Evolução, você sabe, seleciona aqueles que estão melhor adaptados de forma a viver por mais tempo e gerar descendentes. Você pode pensar que isso é algo solitário, mas não é, pois enquanto você está evoluindo (você, espécie. Não necessariamente você, você), outra espécie também está. Se você depende da outra espécie. Serão selecionados os que, juntos, evoluírem de forma a um ajudar o outro. Este é o conceito de Coevolução, em que a pressão seletiva favorecerá duas ou mais espécies que adquirirem capacidades que beneficiem ambos. Caso contrário, um vai pra vala evolutiva.

Um perfeito exemplo disso são insetos polinizadores e flores. Alguns insetos são ótimos para polinizar, desde que sejam atraídos. A pressão seletiva selecionará a flor que melhor atender ao polinizador. Tem flores, por exemplo, que têm cheiro de carne podre, o tipo de coisa que abelhinha fofa odeia, mas moscas adoram, como acontece com a flor-cadáver (Rafflesia cantleyi).

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Descobertos os fósseis mais antigos de flores

Estamos acostumados a ver plantas com flores e sem flores. Normalmente, as pessoas acham que é tudo planta e planta é tudo igual, mas isso está longe da verdade. A diferença entre uma planta sem flores e uma planta com flores são vários milhões de anos de evolução biológica. Flores e frutos foram tão importantes que criou-se uma denominação exclusiva para essas plantas: angiospermas. Até agora, achava-se que plantas com flores só apareceram há coisa de 130 milhões de anos, no período Cretáceo, mas um fóssil encontrado mostra que já existiam flores muito antes disso.

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Halo azul em flores facilita a vida de insetos polinizadores

Abelhas são incríveis animais que adaptaram-se muito bem e estão prontinhas a competir pela vida. Para tanto, é preciso ter certas capacidades x-abelhas, como conseguir enxergar em ultra-violeta, por exemplo. Por outro lado, é extremamente interessante às flores serem polinizadas, pois isso garante reprodução da espécie. Sendo assim, quanto mais facilitar o trabalho das abelhas, mais garantida será a polinização. Por isso que à luz ultra-violeta elas são tão chamativas.

Agora, pesquisadores descobriram que várias espécies de flores comuns possuem cristas de nanoescala na superfície de suas pétalas; a vantagem disso é mudar como a luz interage ali, acarretando um chamativo padrão de cor que varia conforme a direção que se olhe. Continuar lendo “Halo azul em flores facilita a vida de insetos polinizadores”

Europa tem redução de 12% na população de abelhas melíferas

As pessoas tendem a não perceber um problema, por mais diminuto que pareça. Um caso desses é o desaparecimento de abelhas melíferas, em que um estudo internacional demonstra que o número de colônias já caiu quase 12% em dezembro do ano passado. Entre março a julho de 2015, fez muito frio na Noruega, Escócia, Suécia, Dinamarca e Irlanda, com temperaturas médias variando entre 12,8 e 14,4 °C. Deve-se lembrar que nessa época, é primavera no hemisfério norte, ou seja, fez mais frio do que deveria, e Madrasta Natureza não está preocupada se seres vivem ou morrem.

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Na hora de fazer “filhotinho”, até plantas jogam sujo

Todos sabemos que animais fazem de tudo para conseguir gerar descendentes, nem que seja fazer o outro competidor de otário, puxando a calça curta pra baixo na frente da menina ou saindo na porrada com cabo de vassoura (vídeo not safe for piriguete). E, claro, as plantas não estão livres disso. Elas não passam de facínoras, maníacas e psicopatas. Um exemplo seria as figueiras, que usam o tronco de outras árvores para crescer e, quando chegam lá em cima, abrem suas folhagens. Ela fica bela e feliz em sua fotossíntese e a que ficou pra sempre na sombra que se dane. Essa forma de desenvolvimento é conhecida como "hemiepífito" e essas variedades de figueiras recebem o apelido carinhoso de "figueira mata-pau".

Mas a Seleção Natural tem uma irmã também malévola: a Seleção Sexual, e nem mesmo plantas escapam dela. MUAHAHAHA!!!

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Flor-defunta rouba genes de seu hospedeiro

Vemos o mundo lindinho da natureza, como campos verdejantes, flores silvestres de enebriante perfume e plantinhas cuja flor tem cheiro de gente morta. Todo o tempo. É o caso da Rafflesia cantleyi, mais conhecida como flor-cadáver porque ela tem cheiro… bem, tem cheiro de carne podre, o que atrai muitos insetos que servirão como agentes polinizadores.

Se o mundo fosse ético, com unicórnios pulando pra lá e pra cá e todas as plantinhas sendo regadas pelos teletubbies, a R. cantleyi estaria ali,m fazendo sua fotossíntese na paz do Senhor. Só que ela é uma flor parasita, ou seja, vive às custas de outra planta. Além disso, descobriu-se que esta coisa fedorenta não só vive sem pagar aluguel, como ainda rouba genes de seu hospedeiro. Mas isso não era uma coisa que só onívoros antiéticos fazem?

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Flores devem ser proibidas nos hospitais?

Não é de hoje que a presença de flores em hospitais gera uma certa contovérsia. Alguns acham que a água dos vasos formam um belo resort para bactérias, enquanto outros argumentam estupidamente que as flores nas cabeceiras das camas competem com os pacientes pelo sagrado oxigên. Será mesmo que as flores são criaturinhas malévolas que representam riscos para a saúde dos pacientes?

Na Inglaterra, está havendo sérios debates sobre isso, a ponto de Giskin Dia e Naiome Carter, do Imperial College London analisarem a literatura e conversar com pacientes e funcionários no Royal Brompton Hospital e do Chelsea & Westminster Hospital sobre suas atitudes em relação a flores. Seus resultados foram publicados no British Medical Journal, com revisão por pares. Continuar lendo “Flores devem ser proibidas nos hospitais?”

De onde vieram todas as flores?

Ao longo de sua vida, Charles Darwin se cercou de flores. Aos 10 anos, ele anotou todas as vezes que uma peônia nasceu no jardim de seu pai. Quando comprou uma casa para criar sua própria família, transformou o quintal numa estação de campo botânica, onde realizou experimentos com flores até sua morte. Porém, apesar de sua íntima familiaridade com as flores, o cientista certa vez escreveu que a evolução delas era um “abominável mistério”. Continuar lendo “De onde vieram todas as flores?”

Flores mudam de cor, e retornam à cor original para avisar seus horários de abertura

Muitos seres vivos possuem capacidade de camuflagem e mimetização. A grosso modo, podemos dizer que camuflagem é quando o animal/planta muda a sua cor, afim de se confundir com o ambiente. Mimetização é quando eles se fazem passar por outra coisa, afim de enganar seus predadores, ou mesmo afugentá-los. O camaleão é um exemplo de camuflagem, como o polvo. O bicho-pau confunde-se com gravetos, fazendo-se passar por um simples galho, enquanto que asas de algumas borboletas parecem ser os olhos de um bicho maior.

Plantas dependem de fatores externos para se reproduzirem, como água, vento ou agentes polinizadores, como abelhas e borboletas. Acontece que as belas criaturinhas precisam ser atraídas e como quem comanda é a Seleção Natural, as plantas que conseguiram uma adaptação que por mero acaso conseguiam atrair os insetos, de modo que eles se servissem do néctar, se “sujassem” com o pólen e, ao ir pra outra flor, fecundavam-na, se reproduziram mais, gerando mais descendentes e assim por diante. Mas, seria o caso de algumas trocarem de cores, de modo que isso fosse uma vantagem? A resposta é sim! Existem plantas que trocam de cor, indicando assim a que horas suas flores abrem. Continuar lendo “Flores mudam de cor, e retornam à cor original para avisar seus horários de abertura”