Bem-Vindos à Ciência

Eu conheço um lugar onde o Sol nunca se põe. É uma montanha que fica na Lua. É tão alta que, mesmo que a Lua gire, a luz do dia nunca se apaga. Eu conheço um lugar em que o Sol nunca brilha: Fica nas profundezas do oceano. Uma fenda na crosta onde substâncias químicas escapam e o calor faz com que a água quase atinja 100 ºC. Isso mataria uma pessoa instantaneamente, mas existem criaturas lá, extremófilos, que conseguem sobreviver. Eles se alimentam de enxofre que vem da fenda, metabolizando e excretando ácido sulfúrico.

Eu conheço um lugar onde a temperatura é de 15 milhões de graus e a pressão lá lhe esmagaria a um ponto microscópico. Este lugar é o núcleo do Sol.

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Tratando da imundície que nós não vemos

Meu primeiro computador era um 586 — 133MHz, com 8MB de memória e HD de 1 GB. Veio junto um monitor CRT de 14 polegadas (aspas são símbolos normatizados para segundos de arco), um teclado (101 teclas) e um mouse de bolinha (não, não tinha kit multimídia, pois a grana não deu). Depois comprei uma impressora HP 680. Hoje, eles não estão mais comigo. O que aconteceu com eles? Eu sinceramente não me lembro mais. A melhor alternativa é o lixo mesmo. A impressora eu sei que graças à Light, uma sobrecarga deu fim a ela, junto com uma geladeira, 2 radio-relógios e meu video-cassete. Estou esperando pela indenização até hoje, mas naquela época eu não tinha dinheiro para pagar advogado. Que fim levou tudo aquilo? A geladeira eu consertei e o vídeo eu dei para um técnico amigo meu, em troca de um pichulé, e os rádio-relógios foram ofertados num ritual cármico junto à COMLURB. O que aconteceu com o micro, com monitor, teclado etc? Não deve ter sido diferente dos rádio-relógios.

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