Deixem-me explicar, antes de tudo, o que é um tarólogo. Tarólogo lhe recebe para uma sessão. Você faz perguntas, ele abre algumas cartas e, mediante a interpretação da ordem que saem as cartas, lhe diz o que está acontecendo, o que aconteceu e o que provavelmente acontecerá. Isso posto, e sabendo que você é chegado ao Método Científico, a conclusão meio que óbvia é "Se eu pedir que as cartas sejam viradas novamente, terá que dar a mesma coisa". O futuro ainda pode ser alegado como mutável, mas o presente e o futuro passado como ficam?
Depois de ter explanado, vamos à notícia. Uma trambiqueira e seu marido foram ver a Rainha de Copas nascer quadrada no xilindró, depois que foram presos por estelionato em Águas Claras, região administrativa do Distrito Federal (aprendi na Wikipédia). Eu aqui estou com sentimentos conflitantes sobre isso.
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É fácil pegar um mentiroso. Basta deixá-lo se afogar na própria mentira, até que ele mesmo vê que não há como sustentá-la e foge como ratos de um navio afundando. Claro que na incrível necessidade de acreditar em coisas fantásticas, como sacis, santas chorando e crente capaz de provar a existência de algum milagre, vemos pessoas desistindo do raciocínio mais óbvio, justificando o injustificável; e é por isso que muitos ainda acreditarão nos poderes mágicos do Cacique Minhoquinha, digo, Chefe Ororo Coral, digo, Funcação Xavier para Médiuns Ladrões, digo, Fundação Cacique Cobra Coral, que alega poder controlar o tempo e volta e meia estabelece “parcerias” com a prefeitura do Rio de Janeiro.
Desde o dia 31 de dezembro do ano passado está chovendo. A prefeitura, ciosa do seus deveres para com a população – e respeitadora com o dinheiro dos impostos – faz o que sabe fazer melhor: merda. Entra ano, sai ano e é sempre vem aquela palhaçada de contratar a infame Fundação Cacique Cobra Coral (como o nome é muito grande, chamemos de Chefe Minhoquinha). Só que, ao que parece, ele não anda muito bom das pernas, digo, do tacape ou seja lá o que ele use para controlar algo que ninguém controla.