AmazonFACE: o reality show climático

Nos últimos anos, o noticiário virou um boletim médico do planeta. O paciente, claro, é a Terra: febre alta, desidratação, inflamações generalizadas e um histórico de descuido que beira o suicídio assistido. Ondas de calor, secas prolongadas, enchentes catastróficas e um El Niño cada vez mais atrevido. E, no meio desse caos, paira a pergunta que ninguém quer encarar de frente: até quando a Amazônia vai aguentar?

Enquanto políticos discursam em cúpulas climáticas e empresas anunciam “neutralidade de carbono” com entusiasmo digno de comercial de xampu, um grupo de cientistas resolveu fazer algo mais direto: testar o futuro. Literalmente. Continuar lendo “AmazonFACE: o reality show climático”

Rios muy amigos botando gás carbônico pra fora e ferrando nossa vida


à meia-noite eu vou aquecer o seu planeta!

Durante muito tempo, os cientistas acreditaram que havia uma espécie de cofre subterrâneo onde o carbono antigo dormia em paz, intocado há milênios. Um descanso digno, protegido por camadas de solo, rochas e otimismo geológico. Mas acontece que esse carbono resolveu acordar, bocejar e, de forma nada discreta, dar um pulinho nos rios — e, de lá, voltar direto para a atmosfera em forma de CO₂. Sim, senhoras e senhores, o passado voltou. E está no ar.

Um estudo mostrou que mais da metade do carbono que os rios liberam na atmosfera não é material orgânico fresquinho, recém-chegado da decomposição de folhinhas caídas, como se imaginava. Não. É carbono velho. Muito velho. Tipo aposentado há milênios, do tipo que veio de camadas profundas do solo ou de rochas que vêm sendo intemperizadas desde quando mamutes ainda estavam de pé. Continuar lendo “Rios muy amigos botando gás carbônico pra fora e ferrando nossa vida”

As mudanças sazonais do CO2

O CO2 é um gás que afeta absurdamente o clima global. Assim, é muito importante monitorá-lo, e mapear os dados de forma a termos uma visão tridimensional de alta resolução das concentrações globais deste gás.

O vídeo mostra dados de 1 de setembro de 2014 até 31 de agosto de 2015. A visualização foi criada usando a saída do sistema de modelagem GEOS, desenvolvido e mantido por cientistas da NASA. A altura da atmosfera e da topografia da Terra foram verticalmente exageradas e aparecem aproximadamente 400 vezes acima do normal para mostrar a complexidade do fluxo atmosférico.

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Pesquisa estuda como usar CO2 para gerar eletricidade

Vamos ser honestos: combustíveis fósseis são uma droga, mas é o melhor que temos até agora. A densidade energética compensa os danos, já que as alternativas (que também são poluentes) apesar de serem mais baratas, nem sempre são mais eficientes. Fala-se muito em carros elétricos, o que é lindo se a eletricidade fosse produzida pelo bater de asas de fadinhas e transportada por crinas de unicórnios. O carro a álcool é excelente, apesar de não tão eficiente e mesmo assim causa problemas: emissão de CO2 , embora não tendo os problemas das outras emissões, o gás carbônico já ajuda a causar um belo problema em termos climáticos.

Bem, não podemos violar as leis da Química e da Física, mas as pessoas esquecem que não há nada que um químico não resolva, como usar as próprias leis da Química para reverter esse quadro.

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Altos índices de gás carbônico podem aumentar tamanho dos crustáceos

O aumento de gás carbônico (CO2) na atmosfera não causa apenas intensificação do efeito estufa (não confunda efeito estufa com aquecimento global). O aumento da concentração de CO2 afeta a química dos oceanos também, produzindo maior quantidade de ácido carbônico (H2CO3) e, de quebra, pode fazer com que alguns crustáceos se tornem maiores e mais fortes, conforme sugere pesquisa da Universidade de North Carolina em Chapel Hill.

A descoberta pode ter implicações importantes para a cadeia alimentar marinha (além de nos dar a sensação que algum alien do Distrito 9 apareça para dar um “olá”). Continuar lendo “Altos índices de gás carbônico podem aumentar tamanho dos crustáceos”