Mulheres da Geração X não largam os ultraprocessados (e você não tá longe disso)

Todo mundo passou anos sabendo (coloque as aspas você, eu estou com preguiça) que comida industrializada é prática, moderna e até saudável; cof cof… então, acaba descobrindo, décadas depois, que esse cardápio era menos um estilo de vida e mais um convite elegante ao vício.

Se você acha que essa coisa de “vício em comida” é papo de autoajuda ou teoria furada de quem tá de dieta, temos mais uma ótima para adicionar ao plantel: pesquisadores da Universidade de Michigan descobriram que mulheres 50+ cumprem mais critérios clínicos de dependência em ultraprocessados do que gerações mais velhas. E não é pouco: é como se fosse um vírus sutil, silencioso, que ninguém avisou que estava chegando e que agora aparece de repente no laudo científico. Continuar lendo “Mulheres da Geração X não largam os ultraprocessados (e você não tá longe disso)”

Darwin indiano chama mais um por brincar com cobra

O TikTok foi uma das melhores invenções da humanidade… pelos motivos errados. Esse laboratório a céu aberto da estupidez humana onde a Ciência de Darwin ganha episódios em tempo real. É a plataforma onde receitas de bolo com Coca-Cola viram PhD em Gastronomia, onde rebolar de shortinho vira carreira promissora e onde enfiar o pescoço numa cobra venenosa é confundido com “conteúdo de qualidade para toda família”.

Se você ainda tinha dúvidas de que a evolução humana deu uma paradinha para tomar um cafezinho, é só dar uma passadinha no TikTok às 3h da manhã. É como um National Geographic dirigido por quem cheirou muita cola no colégio e apresentado pelo Zé do Caixão. Continuar lendo “Darwin indiano chama mais um por brincar com cobra”

E com vocês o prêmio IgNobel 2025

A 35ª Cerimônia Anual do Prêmio Ig Nobel foi realizada na noite de quinta-feira, 18/09, pela revista Annals of Improbable Research, na Universidade de Boston, em Massachusetts. Os prêmios não são pra qualquer um: eles celebram pesquisas que, à primeira vista, parecem saídas de algum filme do Adam Sandler, mas que, no fundo, cutucam o cérebro humano pra pensar “peraí, isso faz sentido?”. O lema oficial? “Pesquisas que fazem as pessoas rirem e depois pensarem”. Porque, vamos combinar: em um mundo onde estudos sérios custam fortunas pra provar que gatos ronronam pra manipular humanos, o Ig Nobel é o alívio cômico que a Ciência merece.

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Religiosa resolve seus problemas arrancando ladrilho para Chá de Entulho Santo

Para vocês que ainda insistem em fingir surpresa com a estupidez humana e tentar encontrar lógica onde só existe vazio neuronal, dessa vez, se vocês tiverem vergonha na cara, irão acordar finalmente e descobrir que a Humanidade inventou uma nova forma de dizer “sou imbecil, sim, e farei todo mundo descobrir isso”. A bola da vez aconteceu em Canindé, uma cidadeca nos cafundó do coitado do São Francisco, no interior do Ceará; uma cidade imensa com impressionantes 3.032,39 km² de área (o município de São Paulo tem 1.521 km²), com 74 mil (e não milhões, claro) habitantes. Deve ser um lugar maravilhoso, pois seu vizinho deve estar a dois dias de viagem de você. Mas só isso, mesmo.

Neste recantinho maravilhoso, uma multidão de gênios decidiu prover tratamento médico a si mesmos por meio de algo bem… alternativo: que arrancar ladrilhos de uma estátua de São Francisco e transformá-los em chazinho com a expectativa de curar doenças. Ladrilhos, pessoal. Material de construção. Virando bebida medicinal! Continuar lendo “Religiosa resolve seus problemas arrancando ladrilho para Chá de Entulho Santo”

Walter Summerford: o homem que virou para-raios humano

Se você acha que tem azar na vida, prepare-se para conhecer Walter Summerford, um sujeito que transformou o ditado “o raio não cai duas vezes no mesmo lugar” numa piada de muito mau gosto do Universo. Este major britânico conseguiu a proeza de ser atingido por raios com mais frequência que político muda de partido, e olhe que estamos falando de um período em que a meteorologia ainda engatinhava e ninguém ficava grudado no celular consultando aplicativos de previsão do tempo. Continuar lendo “Walter Summerford: o homem que virou para-raios humano”

A academia mais cara do Universo (literalmente)

Enquanto você está aqui embaixo discutindo se vale a pena pagar R$ 150 por mês numa academia que tem uma esteira quebrada desde 2019, a 408 km de altura, sete astronautas acabaram de protagonizar o episódio mais surreal de “Malhação no Espaço” que já se viu. Na Estação Espacial Internacional, onde uma única flexão custa aproximadamente o PIB de um país pequeno em combustível de foguete, o pessoal da Expedição 73 decidiu que exercitar-se não é apenas questão de saúde, é literalmente questão de sobrevivência da espécie. Continuar lendo “A academia mais cara do Universo (literalmente)”

O anatomista que viu um bolo onde nascem bebês

Se você pensava que nomear crianças já era complicado, imagine nomear órgãos humanos. No século XVI, o anatomista italiano Matteo Realdo Colombo enfrentou exatamente esse dilema ao se deparar com aquela massa carnuda e circular que conecta mãe e bebê durante a gravidez. E sabe o que ele viu? Um bolo. Literalmente. Não é que o homem estava com fome na hora do batismo científico; ele simplesmente decidiu que aquele órgão se parecia muito com uma placenta, o famoso bolo italiano feito de camadas de queijo e mel. Assim nasceu uma das palavras mais estranhas da medicina: placenta. Porque às vezes a Ciência é só uma questão de perspectiva gastronômica. Continuar lendo “O anatomista que viu um bolo onde nascem bebês”

A inusitada viagem transcontinental dentro de uma caixa

Você sabe, a Austrália é um grande deserto, com alguns poucos lugares habitados; mas, em 1964, a Austrália era bem pior, portanto, era preciso levar mais gente pra lá. Tenha isso em mente quando falamos de um dos períodos mais ambiciosos de sua história migratória. O programa “Populate or Perish” (“Povoar ou Perecer”), concebido pelo governo de Ben Chifley em 1945 e implementado pelo Primeiro-Ministro da Imigração, Arthur Calwell, transformou o país numa terra de promessas para mais de 1,5 milhão de britânicos no pós-guerra. Conhecidos como “Ten Pound Poms” – uma referência às dez libras que pagavam pela passagem subsidiada –, esses imigrantes formaram uma das maiores migrações planejadas da história moderna.

Entre eles estava Brian Robson, um galês de 19 anos de Cardiff, que havia embarcado no programa de imigração assistida com os olhos brilhando de expectativas. O problema foi encontrar a realidade australiana e, apesar da propaganda oficial que pintava a Austrália como uma terra de oportunidades infinitas, onde o sol brilhava eternamente e os empregos abundavam, não era bem assim. Nunca é bem assim nesse tipo de promessa. E daí, Brian resolveu voltar para casa… numa caixa num fedido compartimento de carga. Continuar lendo “A inusitada viagem transcontinental dentro de uma caixa”

Bebum idiota compartilha cerveja com elefante (e nem era cerveja decente)

Não há nada que impeça um bebum de fazer bebunices, não importa quais. Bastou o cara entornar algumas que fica em órbita e comete o melhor do pior da insânia. É sempre fascinante ver como a humanidade consegue equilibrar feitos extraordinários, como descobrir a penicilina e mandar o Homem à Lua, e ao mesmo tempo consegue demonstrações épicas de cretinice, tipo despejar cerveja goela abaixo de um elefante.

Hein? Pois é, um espanhol resolveu que o Jotalhão merecia curtir uns momentos de relax e uma happy hour paquidérmica e dividiu uma cervejinha com ele, para emputecimento dos conservacionistas.

Manguaçando ao passo do elefantinho, essa é a sua SEXTA INSANA! Continuar lendo “Bebum idiota compartilha cerveja com elefante (e nem era cerveja decente)”

As pontes que fizeram ratinhos andarem

Há momentos na ciência em que a realidade supera qualquer roteiro de ficção científica, e não é preciso nem invocar viagem no tempo ou aliens. Às vezes, basta uma impressora 3D, algumas células-tronco e uma pitada daquele otimismo científico que faz pesquisadores passarem madrugadas no laboratório. Na Universidade de Minnesota, esse impossível acaba de ganhar patas… literalmente. Ratos que tinham a medula espinhal completamente cortada voltaram a caminhar.

Os pesquisadores de Minnesota tiveram uma ideia fascinante: Se quando se tem um trecho de estrada separado por algum obstáculo natural, constrói-se uma ponte. Por que não imprimir uma ponte? E não qualquer ponte; uma inteligente, microscópica, que literalmente ensina células como crescer no lugar certo, como um GPS celular de alta precisão. Continuar lendo “As pontes que fizeram ratinhos andarem”