
Há pessoas que entram para a história pela glória, outras pelo talento, e umas poucas pela pura teimosia. Jean-Henri Latude, o sujeito mestre em escapadas, Senhor do Engodo, praticamente o Loki francês. Um cara que resolveu colecionar fugas de prisão como quem coleciona Funko Pop, mas péssimo em consumar seus planos e se autossabotar. Durante 35 anos, este homem entrou e saiu da Bastilha com uma frequência que faria inveja aos funcionários do prédio, protagonizando uma das histórias mais absurdas do Antigo Regime francês. Continuar lendo “Jean-Henri Latude: o gênio da fuga que era péssimo em ficar livre”

A magnífica estátua equestre de Luis XV, esculpida por Edme Bouchardon, demorou muito tempo para ser feita. Ela foi esculpida ao longo de vinte anos, numa técnica fantástica, tendo sido instalada na Praça da Concórdia, em frente ao Champs-Élysées, em 1763. Foi destruída em 11 de agosto de 1792, em plena Revolução Francesa.
Vejam, distintos leitores, a bela moça da gravura ao lado. Sim, gravura; em sua época ainda não tinha sido inventada a fotografia. O suave delinear do pescoço descendo até ombros claros. Um meio-sorriso maroto da aristocracia. Um queixo um tanto desdenhoso, digno de sua mocidade, ornamentando por um cascatear de cabelos ondulantes, encimados por um chapéu de plumas, como era moda daqueles dias.