Quando a Pepsi prometeu dar um avião de combate em troca de tampinhas (ou quase isso)

O marketing corporativo vive numa corda bamba fascinante entre o genial e o catastrófico. De um lado, temos campanhas lendárias que definem décadas, como o “1984” da Apple ou a família Volkswagen dos anos 60, que transformaram produtos em ícones culturais. Do outro extremo, encontramos desastres épicos que se tornam estudos de caso sobre como não fazer propaganda. Como foi o caso da Jaguar e sua propaganda… esquisita e que envelheceu pior que leite no sol.

Entre esses dois extremos existe um território pantanoso onde habita a grande maioria das campanhas publicitárias: as promoções. Elas não deveriam ser problemáticas, mas aí entra em cena executivos ambiciosos decidem que ser esquecível não é uma opção. Quando departamentos de marketing começam a flerte com o extraordinário sem consultar adequadamente o jurídico, quando a criatividade atropela o bom senso, e quando uma simples campanha promocional se transforma numa bomba-relógio legal esperando para explodir na cara da empresa. E isso acarreta uma promoção em que você poderia ter um avião de guerra. Continuar lendo “Quando a Pepsi prometeu dar um avião de combate em troca de tampinhas (ou quase isso)”

Está solitário em Tóquio? Contrate um acompanhante (não esse)

Só no Japão certos conceitos são trazidos à realidade. Imagine que você seja daqueles mais introvertidos, pouco sociáveis, mas deseja ser visto com um amigo. Não sei por que alguém sente a necessidade de ser visto como alguém com um amigo, ainda mais que geral está pouco se fodendo pros que estão em volta, ainda mais no Japão.

Claro, se não se tem um amigo, o que se faz? Aluga um. Continuar lendo “Está solitário em Tóquio? Contrate um acompanhante (não esse)”

Liminar corta asinhas da ANVISA e a impede de fazer o seu trabalho

Uma das coisas que as pessoas pouco sabem (mas se perguntar sobre BBB, estão antenadíssimas) é que o Brasil tem uma das melhores leis de vigilância sanitária do mundo. A ANVISA, na medida do possível de um órgão do governo, bate em cima de tudo, desde frigorífico vagabundo até a situação de medicamentos. Se você acreditou naqueles manés da fosfoetanolamina, saiba que a ANVISA não cai nessa de liberar remédio a torto e a direito, como foi o caso da suspensão da importação do remédio Cassodex, já que sua linha de produção não é exclusiva. Imaginem com a Big Pharma controlando pesadamente a ANVISA, o que ela não faria se tivesse livre dos capitalistas opressores.

O problema é que sempre tem o dedinho governamental para dar um balão nas coisas. Assim, uma liminar derrubou as exigências da ANVISA para importação de R$ 20 milhões em medicamentos.

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