
A criança brinca no quintal enquanto pai trabalha. A mãe na porta sorri e o pai, atarefado, olha pra criança e fala para ela sair dali. Mas era uma criança, o que mal ela poderia fazer? De fato, ela não fez mal nenhum, e continuou a brincar até que resolver saltitar pelas obras do pai, um oleiro. O pai estava fazendo blocos que serviriam de cobertura para uma laje e os deixou para secar para depois serem cozidos. Pulando por entre as peças, a criança erra o salto e pisa inadvertidamente sobre uma delas, e como o barro ainda estava mole, sua marca, sua impressão, ficou no bloco. O pai briga com a criança, a mãe corre e diz para ele se acalmar, pois, era apenas um bloco de barro e ninguém iria perceber, ninguém iria se lembrar.
Mas passados quase 2 mil anos, nós sabemos, nos lembramos. Continuar lendo “A “arte” de uma criança que nos ensina Historia”


Presente tanto em casas de ricos quanto nas de pobres, em muros de casas e de presídios, em hospitais e quartéis. Não saberíamos, hoje, realizar nenhuma construção sem o auxílio dele, o cimento. Na Grécia e Roma antigas, as construções eram feitas com pedras (em geral mármore, mas que dependia da edificação em questão) unidas por argamassa, consistindo em cal extinta – hidróxido de cálcio, Ca(OH)2 – misturado com areia e água, formando uma massa espessa. Exposta ao ar, essa mistura vai perdendo a água e solidifica-se ao absorver o CO2 da atmosfera formando carbonato de cálcio (CaCO3). Contudo, este processo é muito lento. Só para se ter uma idéia, alguns edifícios romanos de mais de 2000 anos possuem núcleos de cal extinta que não tinha reagido ainda no interior da argamassa. Que coisa, não?