
Eu adoro certos conceitos lindos que são maravilhosos enquanto conceitos, mas isso só dura até chegarmos no quesito MUNDO REAL. Um exemplo é que o Brasil é um Estado Laico. Eu nem falo de crucifixos em tribunais, pois aquilo lá não faz a menor diferença. Se colocar uma mandala indiana, ninguém vai passar a adorar vacas. Se bem que eu adoro vacas. Sob a forma de contra-filé, no churrasco. Eu me preocupo muito mais com o protecionismo a igrejas (seja legal ou tributário) do que com a bosta de um crucifixo num tribunal. Juízes não serão mais éticos removendo a decoração.
Agora, para melhorar mais ainda o conceito de Estado Laico, um projeto de lei visa que todas as rádios públicas toquem músicas religiosas, do contrário estará violando a constituição e blábláblá. Continuar lendo “Brazilzão Laico tem lei obrigando a tocar música religiosa nas rádios”

Jairo Magalhães e o prefeitosco do município de Guanambi, que você só sabe que fica na Bahia porque eu estou dizendo, mas se eu lhe der um mapa do referido estado, você jamais será capaz de encontrar este lugar (se bobear, não encontra nem a Bahia). Ao assumir a prefeitura, Jairo, como bom fanático religioso que é, entregou o comando a Jesus, que além de bicho-grilo carpinteiro, ainda tem que tomar conta de uma cidade. Tadinho do Nazareno!
Tudo bem, não vivemos num Estado Laico. Distribui-se Bíblias, impõe-se ensino religioso, isenta-se igrejas de todos os tidos de todos os impostos. E você, seu idiota, é arroxado cada vez mais com impostos estapafúrdios e tarifas de água (que água?), luz e combustíveis dando tchauzinho lá da estratosfera.
A Itália sempre foi um país meio doido, onde prefeitos completamente malucos criam leis insanas. Lá, até pouquíssimo tempo, era considerado quintal do Vaticano, o qual mandava e desmandava. A Itália só conseguiu sua independência política no início do século XX, relegando o Império do mal a um cubículo territorial, mas de grande dinheiro e poder, não só temporal, mas político também.
Muito se discute sobre a presença de símbolos religiosos em tribunais. Essa questão é importante, pois na verdade não são simplesmente símbolos religiosos, mas apenas símbolos religiosos cristãos ou, melhor dizendo, apenas símbolos religiosos da Igreja Católica Apostólica Romana – que não são os mesmos símbolos da Igreja Católica Ortodoxa Russa, ou Grega ou outra “católica”, muito menos protestantes ou neo-pentecostais (favor não confundir as duas coisas).
Até que enfim, uma notícia sobre algo inteligente que os americanos fizeram: A Corte de Apelações Federal americana, em total respeito aos princípios de laicidade que a Constituição dos Estados Unidos prega, determinou que um treinador de futebol americano (sabe aquele futebol que a bola parece um caroço de azeitona? Pois é) estava terminantemente proibido de se ajoelhar e rezar com sua equipe.