Pareidolia e o Vale da Estranheza

pareidoliaA pareidolia é o fenômenos de ver e ouvir coisas que não estão lá. Trata-se meramente de nossa capacidade de reconhecimento que entra em curto e queremos ver coisas que, em princípio, não estão lá. Mas, as semelhanças fazem com que façamos ligações mediante nossa vivência. Assim, pessoas vêem Jesus em torradas, monstros em explosões e santas em vidraças.

Aliado a isso, algumas vezes temos sensações desconfortáveis, onde não gostamos do que vemos ou mesmo o repudiamos, à medida que alguma coisa tenta ser algo, mas não consegue chegar perto. É o Vale da Estranheza.

O presente artigo esmiuça nossa herança evolutiva, correlaciona a nossa capacidade de reconhecermos rostos desde nosso nascimento, e como isso nos influencia ao ver o mundo que nos cerca.

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Freud não explica (quase) nada

Por Reinaldo José Lopes

É irônico que um especialista em demolir ídolos, um sujeito que esmigalhava idéias pré-concebidas lambendo os beiços, feito gourmet, tenha ele próprio virado um monstro sagrado. Refiro-me, claro, a Sigmund Freud, o pai da psicanálise. O problema com a canonização de Freud é simples. Assim como não dá para negar a importância do psiquiatra vienense na história das idéias do Ocidente (e, por favor, leia “história” como se a palavra estivesse escrita com neon e letras garrafais), também é inegável que o grosso do que ele propunha como explicação da mente humana é… bem, porcaria. Pronto, falei.

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SPORE – Simulador de criaturas baseado na Evolução

Spore é um jogo idealizado pelo mesmo criador do SimCity (e toda a família Sim), Will Wright. Longe de projetar e administrar uma cidade ou de simular uma “vida” (para mim, é uma brincadeira de casinha no computador), Spore é um pouco mais ambicioso: ele é um simulador de vida totalmente diferente.

Enquanto que você tinha que levar uma vidinha comum, trabalhando, comendo, dormindo, indo pra balada etc, os personagens já estavam feitos, criados (mas não do barro). No Spore o desafio é muito diferente, pois ele está sujeito à implacabilidade da Seleção Natural. Continuar lendo “SPORE – Simulador de criaturas baseado na Evolução”

A virose dos vírus

Classificação de nova espécie descoberta no Reino Unido suscita controvérsia entre especialistas. Nem mesmo os vírus estão livres de adoecer por virose. Um trabalho publicado na semana passada na revista Nature mostra que um vírus gigante conhecido desde 2004 pode contrair infecção causada por um vírus 15 vezes menor que ele. A criaturinha descoberta por cientistas franceses e norte-americanos em uma torre de refrigeração no Reino Unido recebeu o nome de Sputnik.

O vírus infectado pelo Sputnik pertence ao grupo dos mimivírus e tem 750 nanômetros de diâmetro (um nanômetro equivale a um milionésimo de milímetro, ou ainda, 10–9 metros). Ele geralmente infecta a ameba Acanthamoeba polyphaga, um protozoário facilmente encontrado no solo. Para que esse vírus seja infectado pelo Sputnik, é necessário que ambos estejam no interior da ameba, caracterizando um processo que os virologistas chamam de coinfecção. Read more »

Por que Darwin rejeitou o Design Inteligente

Um dos sinais de uma teoria científica verdadeiramente revolucionária é o fato de demorar muito para ser aceita pela maioria das pessoas. Foi apenas recentemente que o Vaticano admitiu ter errado na infame condenação a Galileu, em 1633, por sua defesa da teoria de que a Terra gira em torno do Sol. Do mesmo modo, hoje, 150 anos após primeiro serem publicadas, as teorias de Charles Darwin continuam a suscitar hostilidade em muitos países, devido à rejeição por Darwin da idéia de que a vida manifesta um propósito inteligente.

É irônico o fato de que o próprio Darwin, em certa época, esteve fascinado pela teoria de que todas as espécies surgem em função de um design inteligente – a mesma teoria que, mais tarde, ele procurou eliminar da ciência em seu livro “A Origem das Espécies” (1859). Read more »

O ornitorrinco

Responda rápido: O que tem bico que nem ave, rabo de castor, olhos de toupeira, pé de pato, veneno nas esporas, anda que nem réptil, é peludo, coloca ovos semelhantes aos do lagarto e é mamífero? A resposta é a foto do rapazinho aí do lado e é uma grande dor de cabeça para os criaburricionistas e defensores do DI (Design Intelijumento). Se bem que há quem ache que caracóis são ótimos exemplos de uma obra de arte de um projetista tão inteligente que cria um animal que defeca na própria cabeça, mas isso é secundário.

O nosso amiguinho da foto é um ornitorrinco (Ornithorhynchus anatinus) e é uma das maravilhas da Evolução. Queira a crentalhada ou não, o ornitorrinco demonstra claramente que ele possui parentesco com diversos animais. O estudo sobre nosso amigo bicudo tem revelado muitas descobertas interessantes. Aqui aprenderemos um pouco mais sobre ele. Read more »

O mais antigo morcego conhecido

morcego.jpgMalditos cientistas! Olha só o que arrumaram desta vez: descobriram que morcegos nem sempre tiveram a capacidade de usar seu sonar, porque a sua morfologia (a forma de seu corpo) impedia tal coisa. Tal descoberta foi feita graças ao achado de um fóssil de um morcego primitivo, que por sinal, deve estar fazendo muito criaburricionista se rasgar de raiva.

A antiga dúvida sobre o que veio nos morcegos foi a capacidade de voar ou a ecolocalização é antiga e motivou calorosos debates científicos, tendo sido objeto inclusive do célebre A origem das espécies, de Charles Darwin. A isso deve-se adicionar que realmente eles não são, e nunca foram aves. Mais um prego no caixão do livrinho mágico chamado Bíblia.

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Pessoas de olhos azuis têm mesmo ancestral

blue_eye.jpgTodas as pessoas com olhos azuis teriam o mesmo antepassado comum, sugere um estudo realizado por cientistas genéticos da Universidade de Copenhague, na Dinamarca. Segundo os especialistas, uma mutação ocorrida num gene de apenas uma pessoa há cerca de 10 mil anos teria alterado a produção da melanina – pigmento que dá cor aos olhos, pele e cabelo – na íris.

“Isso indica que a mutação ocorrida em apenas uma pessoa foi transmitida para todas as outras subseqüentes que têm olhos azuis”, diz o estudo, publicado na revista especializada Human Genetics. Variações na cor dos olhos – castanhos, verdes e cinzas – podem ser explicadas por quantidades diferentes de melanina na íris, mas a cor azul conta apenas uma pequena quantidade do pigmento, afirmam os especialistas. Continuar lendo “Pessoas de olhos azuis têm mesmo ancestral”

Baleias descendem de animal terrestre do tamanho de um quati

A análise de fósseis encontrados na Índia lança uma nova hipótese para o surgimento dos cetáceos. Esse grupo de mamíferos marinhos, do qual fazem parte as baleias e os golfinhos, teve como ancestral mais próximo um animal terrestre herbívoro do tamanho aproximado de um quati, que viveu há 48 milhões de anos e passava grande parte de seu tempo na água, provavelmente para fugir de situações de perigo.

Os cetáceos surgiram cerca de 50 milhões de anos atrás no sul da Ásia, mas seu ancestral terrestre permanecia um mistério. Acreditava-se que o grupo dos hipopotamídeos (no qual se incluem os hipopótamos) seriam os parentes mais próximos desses mamíferos marinhos. Mas a família Hippopotamidae tem apenas 15 milhões de anos e seu primeiro registro na Ásia data de 6 milhões de anos atrás. Continuar lendo “Baleias descendem de animal terrestre do tamanho de um quati”

Coral fóssil polonês explica a evolução desses organismos

Os corais são uma das maravilhas da natureza, como bem sabe quem teve a oportunidade de mergulhar nas regiões em que eles formam recifes. Não é por menos: essas áreas compreendem uma enorme biodiversidade e compõem um dos ecossistemas marinhos mais ricos e complexos. Estimativas indicam que algo em torno de 30% das espécies que vivem nos mares de hoje – como lulas, ouriços-do-mar, moréias, polvos e muitas outras – estão diretamente associadas aos corais.

Também no passado os corais tiveram grande importância. O registro mais antigo já encontrado da existência desses seres data do Ordoviciano, há cerca de 450 milhões de anos. Continuar lendo “Coral fóssil polonês explica a evolução desses organismos”