Eu gosto muitos dos meus órgãos. Todos eles. Do piano, nem tanto. O coração, diferente dos rins e pulmões, não vem em duplicata. Parou, ferrou! E quando pára, dá muito ruim (mas não tão ruim quanto o acordo ortográfico, que eu resolvi ignorar). Massagem cardíaca é bom, excelente, mas o melhor mesmo é o coração estar batendo direito, no ritmo certo. Quem concordava com isso era o médico John Alexander MacWilliam, que em 1889 publicou no British Medical Journal suas experiências na aplicação de um impulso elétrico diretamente a um coração humano em assistolia. O procedimento chocante causou uma contração ventricular e o coração voltou a bater, deixando todos eletrizados. A imagem que vocês veem acima é a de um dos primeiros marca-passos comerciais. Sim, era um trambolhão que o paciente carregava (nos braços, claro, com os sensores entrando no peito).
Hoje, temos aparelhos bem menores e mais eficientes, como este da direita. Leve e mais confortável. Uma maravilha, certo? Pois é, marca-passos sao ótimos, mas têm um sério problema: baterias.
Como ainda não inventaram nada capaz de violar as Leis da Termodinâmica so porque você é bonito, aparelhos precisam funcionar por energia que lhes é cedida. Mas e se o próprio corpo pudesse fornecer esta energia de alguma forma?
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