Uma selfie perseverante

Há quem diga que Marte é um deserto morto e sem graça. Bom, aparentemente até deserto tem senso de humor, porque enquanto o rover Perseverance tentava fazer uma selfie decente para comemorar seus 1.500 dias marcianos (ou sols) de passeio pela Cratera Jezero, um pequeno vórtice de poeira resolveu fazer uma aparição especial; sim, um legítimo Saci Espacial no fundo da foto.

O Universo pode ser cruel, mas tem timing. Continuar lendo “Uma selfie perseverante”

Artigos da Semana 256

Esta foi uma semana de crimes, de perversão, de loucuras. Criminosas cabeludas, gatos traficantes, capivaras escoltando bandidos, castelos mentirosos e… bem, teve divulgação cientifica, mas ninguém é de ferro e precisamos colocar algo que as pessoas não gostem para que as façam refletir.

O que eu não sei. Vão lá ver o que eu postei na semana enquanto tento descobrir.

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O mistério de Maiden Castle: a batalha que nunca aconteceu

Durante quase um século, a narrativa era clara: em algum momento sangrento do passado, guerreiros britânicos lutaram bravamente — e em vão — contra as legiões romanas que invadiam a ilha. Seus corpos, encontrados em um antigo cemitério em Maiden Castle, no sul da Inglaterra, teriam sido vítimas de uma batalha épica. Mas e se essa história não for exatamente verdadeira?

Uma nova pesquisa conduzida por arqueólogos da Bournemouth University lançou luz sobre esse episódio lendário e revelou algo surpreendente: os mortos de Maiden Castle não caíram em um único confronto dramático contra os romanos, mas sim ao longo de várias décadas, vítimas de uma série de conflitos internos. Continuar lendo “O mistério de Maiden Castle: a batalha que nunca aconteceu”

O presidente que trolou o traficante pé de chinelo

Algumas histórias são tão absurdas que com certeza só podem ser verdade, já que nem com todo LSD do mundo se pensaria num roteiro como a história que eu irei contar hoje. Ela fala de um presidente, assessores de marketing, um plano de governo, um pessoal envolto com um passado não muito legal e um bucha de canhão. Essa é a história de um saco de crack, um presidente e um traficante burro feito uma porta que caiu numa armadilha das mais toscas. Continuar lendo “O presidente que trolou o traficante pé de chinelo”

Grandes Nomes da Ciência: Mariângela Hungria

A mulher que enverga a roupa branca olha pelas lentes de seus óculos a peça de vidro. Uma simples peça de vidro com tampa. Dentro daquela peça de vidro que também tem uma tampa de vidro tem… coisas… coisas vivas. Minúsculos seres que farão a diferença no mundo. Seres responsáveis por alimentar países, erguer nações, acabar com a fome. A mulher do jaleco branco pousa a peça de vidro que é o pequeno universo que ela ajudou a criar, mas ela não é uma mulher qualquer. É alguém paciente, convicta, insistente, e por longas décadas ela logrou o seu intento. Não, ela não é uma mulher qualquer, ela é uma cientista. Ela é Mariângela Hungria. Continuar lendo “Grandes Nomes da Ciência: Mariângela Hungria”

Equívocos comuns sobre castelos medievais

Quando você pensa em um castelo medieval, o que vem à sua mente? Torres imponentes, cavaleiros com armaduras brilhantes, salões escuros iluminados por tochas e espadas cruzadas nas paredes? Essa imagem é irresistível… e mentirosa

A verdade sobre os castelos medievais é muito mais diversa, surpreendente e, em muitos casos, bem diferente do que o cinema, os livros e as séries nos fizeram acreditar. Eu sou André e farei o favor de acabar com seus sonhos de infância mostrando que tudo o que você acha que sabe sobre castelos é mentira.

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Artigos da Semana 254

Esta é a semana da maluquice. É gente implicando com manguaça e colocando a culpa em entidades mágicas, é mel que deixa pessoal doidão, é vagabundo enriquecendo com bonecas, apelando pro hate de um monte de desocupados, tem anel queimado e teve até a história de quando levaram o cérebro de Albert Einstein para dar um rolê e não devolveram.

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Quando sequestraram o cérebro de Albert Einstein

O Professor estava em seu trabalho, absorto com números, equações e as complexidades do Universo. Em seu âmago, o Professor travava uma luta contra si mesmo, apesar de estar alheio a essa guerra. Uma guerra que ele iria perder, mesmo tendo ajudado a vencer outra guerra há anos jogada no passado. De repente, em meio a uma lancinante dor, o Professor cai prostrado, e então o mínimo de consciência do que estava ocorrendo passou pelo seu prestigiado cérebro, mas essa informação não durou muito tempo por lá, já que ele caiu na inconsciência.

O professor foi levado correndo ao hospital e lá exalou seu último suspiro; entretanto, sua história não acabaria ali, pois outros cientistas resolveram que era demais perder a oportunidade de aprender mais, embora a ética soasse como algo mais sendo uma barreira do que uma norma. Assim, mãos pecaminosas fizeram um trabalho medonho e o que jamais deveria ter sido feito acabou sendo feito. Continuar lendo “Quando sequestraram o cérebro de Albert Einstein”

Quando a Grã-Bretanha da Idade do Bronze comercializava com o Mediterrâneo

O estanho era o mineral essencial do mundo antigo. Era essencial fundi-lo com o cobre para produzir o bronze, que por muitos séculos foi o metal preferido para ferramentas e armas. No entanto, as fontes de estanho são muito escassas – especialmente para as cidades e estados da Idade do Bronze, em rápido crescimento, ao redor do Mediterrâneo Oriental.

Embora grandes depósitos de estanho sejam encontrados na Europa Ocidental e Central e na Ásia Central, os minérios de estanho mais ricos e acessíveis encontram-se, de longe, na Cornualha e em Devon, no sudoeste da Grã-Bretanha. No entanto, tem sido difícil comprovar que esses depósitos britânicos tenham sido usados ​​como fonte para os povos do Mediterrâneo Oriental. Assim, por mais de dois séculos, os arqueólogos têm debatido sobre onde as sociedades da Idade do Bronze obtinham seu estanho. Continuar lendo “Quando a Grã-Bretanha da Idade do Bronze comercializava com o Mediterrâneo”

O lado alucinante do mel

Nem todo mel adoça, ao contrário do que você possa pensar (e não estou falando de produto adulterado). Ao contrário do que o paladar está acostumado — aquele toque suave e dourado que acompanha o chá ou se espalha sobre torradas — existe uma versão um tanto quanto inusitada que sorrateiramente nos traz tanto o fascínio quanto perigo. Chamado popularmente de “mel louco”, este produto exótico tem uma história marcada por rituais, intoxicações e batalhas vencidas sem espadas. Continuar lendo “O lado alucinante do mel”