
Os olhos bem delineados com Kohl negro estão fixos. Mais uma gota! Um suave agitar do frasco. O brilho nos castanhos olhos e um torcer no lábio fino, delicado, mas decidido mostra que sua dona está satisfeita. A mistura revolve no frasco e um espírito benévolo desliza para o ambiente trazendo a leveza, a magnífica onda de olor. A fina corrente de ouro traduz o status daquela mulher que fecha os olhos, deixando aparente a belíssima cor azul do lápis lazúli em suas pálpebras. Sim, está perfeito. As narinas se abrem e inalam a maravilha que produzira e aquela mulher se ergue num farfalhar de sua túnica rica em brocados e detalhes em ouro manda um dos seus servos registrar em um tablete de argila a sua conquista. Ela produzira a magia em forma de perfume, cujo aroma enfeitiçaria todos que sentissem reconhecendo-a como a mais grandiosa de seu tempo.
Ela, Tapputi, a primeira química da história!
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