USP seguindo antiga tradição paulistana de avaliar quem tem e quem não tem direitos

Nietzsche alertou para não combater os monstros temendo se tornar um deles, e que se você olhar para dentro de um abismo, o abismo olhará para dentro de você. Um perfeito exemplo disso é a escolha de quem pode e quem não pode se candidatar a vagas em universidades públicas pelo critério de cotas com análise se você tem a cor certa, as feições certas, o cabelo certo, só faltando pedir um exame de DNA. Aliás, se pedissem um exame de DNA não passariam (tanta) vergonha. E a vergonha é generalizada, como o caso da USP que negou vaga para um rapaz pardo, porque, segundo o tribunal racial, ele não é pardo e nem escocês; acho que acertaram a metade.

Avaliando suas informações antropométricas para saber se você pode comentar aqui, esta é a sua SEXTA INSANA! Continuar lendo “USP seguindo antiga tradição paulistana de avaliar quem tem e quem não tem direitos”

Theodor Morell: o charlatão pessoal de Hitler

O empertigado homem caminha pelos corredores. Sua arrogância prussiana o precedia, seus passos são decididos, todos ali o respeitam… e o temem; não tanto por quem ele é, mas por causa de quem ele é íntimo, de quem era seu paciente. De quem um país inteiro temia, ainda mais por causa da sua neurastenia e distúrbios psicológicos. O homem empertigado tinha sido escolhido a dedo, apesar de métodos pouco ortodoxos, apelando para algo chamado “tratamentos alternativos”, sendo um profissional pouco qualificado e de reputação duvidosa. Mas não importa. O homem que ali caminha é médico de Adolf Hitler. Continuar lendo “Theodor Morell: o charlatão pessoal de Hitler”

A cobra ainda está aqui

No apagar das luzes de 2019, quando o fantasmas da pandemia estava rondando até se tornar uma desgraça, eu postei um artigo chamado A cartinha de uma cobra. Ali, eu disse que não ia me render. Disse que eu não ia ser extinto passivamente; e se alguém não quisesse ler o meu blog e nem quer retuitar porque é um maldito covarde, eu não dou a mínima. e continuo não dando. Ainda estou aqui.

Continuar lendo “A cobra ainda está aqui”

Uma boa lembrança

Era uma vez um velhinho. Ele saía na noite de Natal presenteando as pessoas. Não o tipo de presente que você acha que era, seja lá qual for o que você esteja pensando. Ele ia de casa em casa para cumprimentar os vizinhos. Seu nome era João, bom português, uma alma pura como todas as obras puras podem ser. Eu me lembro dele. Grossas sobrancelhas, um bigode branco, cabelo cortado à escovinha, uma barriga protuberante.

Esse era o Vovô João, como eu e meus irmãos chamávamos quando éramos crianças. Continuar lendo “Uma boa lembrança”

Peta avisando que perus também são gente, esquecendo que certas gentes adoram perus e outras aves de duplo sentido

Peta é aquela organização vegan, e como todo vegan é… bem, o Peta é o Peta, e en quanto não coloca mulheres gostosas nuas na rua tentando nos convencer a não comer carne, o que só nos faz querer ir naquelas carnes, está passando vergonha falando groselhas e agindo feito débil mental, principalmente nas redes sociais.

Nem farei frase de efeito, pois toda vez que se menciona Peta, é uma SEXTA INSANA.

Continuar lendo “Peta avisando que perus também são gente, esquecendo que certas gentes adoram perus e outras aves de duplo sentido”

Feliz dia daquele que combate a sede no mundo

Sede é um problema sério no mundo. Indo pela luz fria das definições, a sede seria tão-somente a maneira do cérebro avisar que você está desidratado, já que não está bebendo água o suficiente, mas é mais que isso. O grande problema é que já passou da marca do bilhão de pessoas que não possuem acesso a água potável, enquanto apenas cerca de 15% da população mundial dispõe de água potável suficiente. Continuar lendo “Feliz dia daquele que combate a sede no mundo”

Universidade britânica apresenta sua pós em macumbaria gringa

A vida acadêmica é cheia de coisas estronhas e eskésitas. Ser professor é literalmente fazer mágica pro salário durar até o fim do mês e quando chega o fim de ano, tem que tirar notas pros alunos de dentro de uma cartola ou de onde sai o escudo do Bátema. Mas aprendizado não é bagunça e o certo é ir numa faculdade de feitiçaria. Hogwartz? Não, a Universidade de Exeter, que ter curso de Ciências Ocultas e Letras Apagadas.

Fazendo mágica com minha vara de condão, esta é a sua SEXTA INSANA! Continuar lendo “Universidade britânica apresenta sua pós em macumbaria gringa”

O mundo invisível do interior de sapatos observado pelo poder da Era Atômica

A família risonha entra saltitante na loja. O pai, a mãe e o filhinho. Eles entram de mãos dadas e o vendedor, com terno bem alinhado, o espera com um sorriso maior ainda. O filho iria provar novos sapatos, era um evento! Papai pede pelo melhor par, mamãe, com cabelos bem arrumados, fica extasiada na seção de feminina. O filho olha pro sapato e escolhe, papai orgulhoso prepara a carteira, mas a mãe, preocupada como só as mães podem ser, indaga se aquele sapato seria o ideal, ao que o vendedor estufa o peito e diz com orgulho que a modernidade da ciência iria auxiliá-los. Ele apresenta o aparelho e com ele conseguirão ver através dos sapatos, das meias e até da pele como estará o pé do pequeno petiz. A mãe leva a mão à boca, seria seguro. O pai ri, pois é óbvio que seria seguro, completamente seguro, disse o pracista. E assim, ele mostra de forma indolor como o sapato se adequava ao párvulo que lá estava. Sem dor, sem perigo. Todos estavam completamente seguros ao ver as imagens.

Mas eles estavam enganados. Terrivelmente enganados. Continuar lendo “O mundo invisível do interior de sapatos observado pelo poder da Era Atômica”